tag:blogger.com,1999:blog-53029057284885465342024-03-05T01:12:47.376-03:00ORIUNDI BRASILE<b>Um blog para difundir e aprofundar temas da presença italiana no Brasil, bem como valorizar o Made in Italy. Um espaço para troca de informações e conhecimento, compartilhando raízes comuns da italianidade que carregamos no sangue e na alma. A italianidade engloba a questão das nossas raízes italianas e também reserva um olhar para a linha do tempo, nela buscando e resgatando uma galeria de personagens famosos ou anônimos que, de alguma forma, inseriram seus nomes na História do Brasil.</b>Eduardo Fiorahttp://www.blogger.com/profile/12176291173151427439noreply@blogger.comBlogger493125tag:blogger.com,1999:blog-5302905728488546534.post-60389518544924849942012-12-26T15:30:00.001-02:002012-12-26T16:35:18.388-02:00Gastronomia: legado na serra <img src="webkit-fake-url://01BB4534-B3C2-42BB-B959-9D3E71054F4E/imagejpeg" />
<br />
<div class="page" title="Page 8">
<div class="layoutArea">
<div class="column">
<br />
Foto. <a href="http://www.groupon.com.br/ofertas/vale-do-sinos/cantina-candido-valduga/526567">http://www.groupon.com.br/ofertas/vale-do-sinos/cantina-candido-valduga/526567</a><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11.000000pt;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11.000000pt;">Nem sempre se dá importância à cozinha como força de contribuição no
processo de integração entre etnias e, no caso da cozinha do imigrante, na
transformação do cardápio dos gaúchos. A mentalidade mais difundida da nobreza
europeia era de que há uma separação, quase intransponível, entre a cozinha e a sala.
A cozinha é o lugar dos servos, a sala é o espaço nobre.
</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11.000000pt;">O imigrante, num primeiro momento, fundiu a cozinha e a sala num só ambiente.
O fogão era o centro, especialmente, nos tempos frios, recuperando seu significado
original de lareira, o lar. Entretanto seu cardápio, comandado pela polenta, sentia-se
sem coragem de sair dos limites da mesa doméstica. Ter um cardápio que oferece a
polenta como prato principal não garantia nenhum prestígio para o imigrante, aliás, era
um motivo de chacota. Não era novidade ouvir expressões como, gringo polenteiro, ou
alemão batata, para os alemães. Mas o futuro iria mudar</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11.000000pt;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11.000000pt;">em breve. A história já
mostrara que comidas populares, aproveitando as sobras das mesas do patrão,
acabaram por tornar-se pratos característicos de uma cultura. Assim foi com a feijoada,
a parrijada ou o churrasco,
</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 11.000000pt;">Portanto, num segundo momento, a arte culinária do imigrante passa a se
expandir e entrar em cardápios de restaurantes e churrascarias, antes, porém chegou
</span><span style="font-size: 11.000000pt;">com a invenção do galeto de “primo ca</span><span style="font-size: 11.000000pt;">n</span><span style="font-size: 11.000000pt;">to” dando origem às galeterias, as herdeiras
</span><span style="font-size: 11.000000pt;">das tradicionais passarinhadas, e arrastando consigo a indispensável polenta, embora
não aquela cortada com o fio, mas recebendo o tratamento da fritura ou em fatias com
cobertura de queijo.
</span></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11.000000pt;">Na realidade, não se pode esconder que a cozinha do imigrante italiano, na
penúria da Itália, era muito limitada. Os recursos disponíveis consistiam de verduras,
tubérculos e derivados de cereais, milho e trigo. Uma grave ausência de proteínas
animais. Esta situação fez com que a alimentação, já nos primeiros tempos, melhorasse
com a elaboração de produtos lácteos, especialmente, queijo, e a produção de
variados embutidos de origem suína. Nos dois casos, as técnicas, ainda que
rudimentares, foram passadas, como era costume, de pai para filho. Da medida que o
acesso fácil aos ingredientes, os tradicionais pratos, com base nas massas, e as sopas
tornaram-se frequentes na mesa de todos e, mais do isto, levaram à abertura de
restaurantes específicos.
</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 11.000000pt;">Desta maneira o cardápio dos imigrantes melhorou substancialmente, passando
</span><span style="font-size: 11.000000pt;">a oferecer seus produtos, alguns originais, exemplo o “codeguim”, os “agnolini”, os
“torteli” entre outros, </span><span style="font-size: 11.000000pt;">para a mesa de toda população gaúcha.
</span></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11.000000pt;">Falta ainda falar da adesão total ao churrasco. Uma presença indispensável em
qualquer festa. Entretanto é preciso observar que não foi uma adoção pura e simples,
porque passou pelas mãos transformadoras do imigrante. Houve uma aproximação
entre a churrasqueira e a cozinha. O churrasco e a farinha de mandioca receberam a
companhia de sopas, das indispensáveis verduras e saladas, das massas e da irreverente
polenta. Tal adoção transformada pode ser apontada como o símbolo da fusão da
culinária ítalo-gaúcha. </span></div>
</div>
</div>
Eduardo Fiorahttp://www.blogger.com/profile/12176291173151427439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5302905728488546534.post-30843809699631669312012-12-24T18:59:00.001-02:002012-12-24T19:01:17.895-02:00Attualità- Novo êxodo?<br />
<h1 class="post_name" id="post-3571" style="border: 0px; clear: both; font-weight: inherit; margin: 0px; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: small;"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">2012, FUGA DALL’ITALIA. La Nuova Emigrazione in ripartenza: urgente avviare un confronto per cogliere la sfida del nuovo êxodo</span></span></h1>
<div class="post_meta" style="border: 0px; margin: 0px; padding: 0.3em 0px 0.4em; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><span class="byline" style="border: 0px; font-style: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">POSTED BY <a class="url fn n" href="http://cambiailmondo.org/author/cambiailmondo/" rel="author" style="border: 0px; font-style: inherit; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;" title="Visualizza tutti gli articoli di cambiailmondo">CAMBIAILMONDO</a></span> <span class="entry-date" style="border: 0px; font-style: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span class="dot" style="border: 0px; font-style: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">⋅</span> <time class="entry-date" datetime="2012-05-15T19:15:09+00:00" pubdate="">15 MAGGIO 2012</time></span> <span class="comment-link" style="border: 0px; font-style: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span class="dot" style="border: 0px; font-style: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">⋅</span> <a href="http://cambiailmondo.org/2012/05/15/2012-fuga-dallitalia-la-nuova-emigrazione-in-ripartenza-urgente-avviare-un-confronto-per-cogliere-la-sfida-del-nuovo-esodo-europeo/#comments" style="border: 0px; font-style: inherit; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;" title="Commenti a 2012, FUGA DALL’ITALIA. La Nuova Emigrazione in ripartenza: urgente avviare un confronto per cogliere la sfida del nuovo esodo europeo">18 COMMENTI</a></span></span></div>
<div class="post_meta" style="border: 0px; margin: 0px; padding: 0.3em 0px 0.4em; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><span class="filedunder" style="border: 0px; font-style: inherit; margin: 0px; padding: 0.1em 0.4em; vertical-align: baseline;"><strong style="border: 0px; font-style: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">ARCHIVIATO IN </strong></span> <a href="http://cambiailmondo.org/tag/crisi-globale/" rel="tag" style="border: 0px; font-style: inherit; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">CRISI GLOBALE</a>, <a href="http://cambiailmondo.org/tag/crisi-italia/" rel="tag" style="border: 0px; font-style: inherit; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">CRISI ITALIA</a>, <a href="http://cambiailmondo.org/tag/diritti-globali/" rel="tag" style="border: 0px; font-style: inherit; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">DIRITTI GLOBALI</a>, <a href="http://cambiailmondo.org/tag/geopolitica/" rel="tag" style="border: 0px; font-style: inherit; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">GEOPOLITICA</a>, <a href="http://cambiailmondo.org/tag/ideologia-ed-egemonie-culturali/" rel="tag" style="border: 0px; font-style: inherit; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">IDEOLOGIA ED EGEMONIE CULTURALI</a>, POLÍTICA</span></div>
<div class="post_meta" style="border: 0px; margin: 0px; padding: 0.3em 0px 0.4em; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br /></span></div>
<div class="post_meta" style="border: 0px; margin: 0px; padding: 0.3em 0px 0.4em; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<a href="http://cambiailmondo.org/2012/05/15/2012-fuga-dallitalia-la-nuova-emigrazione-in-ripartenza-urgente-avviare-un-confronto-per-cogliere-la-sfida-del-nuovo-esodo-europeo/">http://cambiailmondo.org/2012/05/15/2012-fuga-dallitalia-la-nuova-emigrazione-in-ripartenza-urgente-avviare-un-confronto-per-cogliere-la-sfida-del-nuovo-esodo-europeo/</a></div>
<div class="post_text" style="border: 0px; margin: 0.9em 0px 0px; padding: 0px; text-align: left; vertical-align: baseline;">
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><strong style="border: 0px; font-style: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><em style="border: 0px; font-weight: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><a href="http://cambiailmondo.org/2012/05/15/2012-fuga-dallitalia-la-nuova-emigrazione-in-ripartenza-urgente-avviare-un-confronto-per-cogliere-la-sfida-del-nuovo-esodo-europeo/fuga-dallitalia/" rel="attachment wp-att-3572" style="border-bottom-color: rgb(238, 238, 238); border-bottom-style: solid; border-width: 0px 0px 1px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"><img alt="" class="alignleft wp-image-3572" height="159" originalh="159" originalw="259" scale="1.5" src-orig="http://cambiailmondo.files.wordpress.com/2012/05/fuga-dallitalia.jpg?w=259&h=159" src="http://cambiailmondo.files.wordpress.com/2012/05/fuga-dallitalia.jpg?w=389&h=239" style="border: 0px; float: left; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px 14px 10px 0px; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;" title="FUGA DALL'ITALIA" width="259" /></a></em></strong></span></div>
<div style="text-align: -webkit-auto;">
<strong style="border: 0px; font-style: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><em style="border: 0px; font-weight: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><strong style="border: 0px; font-style: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><em style="border: 0px; font-weight: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">di Rodolfo Ricci</em></strong></em></strong></div>
<strong style="border: 0px; font-style: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"></strong><br />
<div style="text-align: -webkit-auto;">
<strong style="border: 0px; font-style: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><strong style="border: 0px; font-style: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">I – </strong><span style="font-style: inherit;">Nel silenzio complice della maggioranza dei media italiani, sta ripartendo, anzi è già ripartito, un grande flusso di emigrazione dall’Italia. Per la verità esso non si era mai fermato, anche se poteva essere interpretato, fino al 2008, come normale mobilità soprattutto giovanile, che si registrava anche in altri paesi avanzati. Dal 2010 ad oggi, il flusso di espatri è ricominciato con quantità molto significative, di cui è possibile conoscere solo per approssimazione l’entità, visto che la gran parte dei nuovi emigrati, non si iscrive o lo fa con ritardo di diversi anni, all’AIRE, l’Anagrafe dei residenti all’estero.</span></strong></div>
<strong style="border: 0px; font-style: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</strong><span id="more-3571" style="border: 0px; font-style: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"></span><br />
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Ma alcuni dati ed alcune proiezioni lasciano intravvedere che stiamo entrando a grande velocità in una nuova fase della lunga storia dell’ emigrazione italiana nel mondo, incentivata dalle politiche di “riaggiustamento strutturale” estremamente recessive portate avanti dagli ultimi governi e intensificatesi con il Governo Monti.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Era stato lo stesso Monti, d’altra parte, a sottolineare la necessità di una “nuova mobilità internazionale” della forza lavoro italiana, fin dal suo discorso d’insediamento. Un moderno “studiate una lingua e partite” a distanza di 60 anni dal famoso discorso di De Gasperi.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Non che Mario Monti sia un demone, ma nel suo limitato ricettario economico, sa bene che all’interno del quadro della recessione neoliberista che ci imporrà un duraturo declino, l’economia italiana non sarà in grado di utilizzare e di valorizzare le sue risorse, a partire da quelle umane. Meglio dunque che i giovani esuberi se ne vadano dal suolo patrio, anche per fa calare la potenziale tensione e i conflitti sociali che possono derivare da una disoccupazione giovanile che si attesta all’inizio del maggio 2012, al 36% e da una situazione generale che, stando alle esplicite ammissioni del Ministro Passera, vedono circa 10 milioni di connazionali senza lavoro o in situazioni di estrema marginalità, al di là delle statistiche ufficiali che indicano una disoccupazione complessiva del 10%.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Si tratta del ritorno della classica impostazione che ha caratterizzato una buona parte della storia nazionale: grandi esportatori di made in Italy, in particolare sotto forma di muscoli e cervelli…</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">D’altra parte, sul piano soggettivo, l’assenza di prospettive di futuro a lungo termine in cui sono compresse le realtà nazionali dei paesi sud europei, non lascia spazio ad altre ipotesi: ammesso che suicidi, precariato a vita, marginalità non costituiscano il migliore degli orizzonti, non resta altro da fare che tentare non la fortuna, ma una collocazione che consenta una vita dignitosa in qualche altro paese.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">La cosa non riguarda solo noi, come è noto: Greci, Portoghesi, Spagnoli non sono da meno. L’intera costa nord del Mediterraneo, oltre all’Irlanda (oltre 40.00 emigrati tra il 2010 e il 2011), ha ripreparato le valigie in massa.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Soltanto verso l’Australia, sono pronti a partire almeno 40.000 greci. Nel 2010 vi sono arrivati anche 62.000 italiani. Molti con visto turistico, ma è questo il modo più facile, come dovunque, per provare a trovare un lavoro. Circa 55.000 portoghesi sono approdati in Brasile, ma non disdegnano altre nuove mete, come Angola o il Mozambico (decine di migliaia i portoghesi arrivati in questi paesi).</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">L’ISTAT ci dice che nel decennio 2000-2010, sono andati all’estero 316.000 giovani di età inferiore ai 40 anni. Ma solo nel 2009 oltre 80.000 persone sono espatriate secondo i dati dei Comuni: + 20% rispetto al 2008. Di questi si stima che la gran parte siano giovani, di cui il 70% laureati. (<em style="border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Fonte: <a href="http://www.ilsole24ore.com/art/economia/2010-12-20/numeri-costi-nuova-emigrazione-173135.shtml#continue" rel="nofollow" style="border-bottom-color: rgb(238, 238, 238); border-bottom-style: solid; border-width: 0px 0px 1px; font-style: inherit; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">http://www.ilsole24ore.com/art/economia/2010-12-20/numeri-costi-nuova-emigrazione-173135.shtml#continue</a></em>)</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Sempre Il Sole 24 Ore, stima alla fine del 2011, che siano stati almeno 60.000 i giovani italiani che se ne sono andati nell’ultimo anno, ma a nostro parere si tratta di una approssimazione in forte difetto, perché costruita sull’ipotesi che si iscrivano all’AIRE la metà di coloro che emigrano. Dalla nostra esperienza, quando va bene, si iscrivono all’Aire 1 su 4 persone e lo fanno comunque molto tempo dopo (talvolta anni) il loro insediamento all’estero. Dovremmo già stare dunque, nel 2011, sul livello di circa 200.000 persone che se ne sono andate in diverse direzioni: soprattutto nord Europa, grandi metropoli, come Parigi, Londra, Berlino, New York, San Francisco, ma anche medie città come Stoccarda, Colonia, Zurigo, per fare solo alcuni esempi. Poi vi è sono altre mete nuove rispetto agli ultimi anni come Brasile o Argentina, Canada, e paesi minori. Alla fine del 2012 saranno nettamente di più del 2011.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Al di là di qualche provvedimento fortemente demagogico in fase di attuazione sul rientro di qualche migliaio di “cervelli in fuga”, né il governo, né i partiti, né le forze sociali e sindacali stanno monitorando con la dovuta attenzione il fenomeno, relegato, dopo gli effetti non eclatanti della discussa introduzione della Circoscrizione Estero, su un versante di nuovo folclore o gossip nazionale, quando non emerge addirittura un sensibile fastidio ad occuparsi della vicenda degli oltre 4 milioni di italiani stabilmente all’estero, del CGIE (Consiglio Generale degli Italiani all’Estero), dei Comites (Comitati degli italiani all’estero), dei quali recentissimamente, il Ministro Giarda ha praticamente prolungato <em style="border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">sine die</em> i sigilli amministrativi, (non vengono rinnovati da oltre 2 anni) comunicando che non vi sono soldi sufficienti per adempiere a quanto previsto da Leggi nazionali emanate fin da 20 anni or sono dal Parlamento.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">D’altra parte questa è solo l’ultima ciliegina su una torta che ha visto gli interventi per lingua e cultura all’estero, per assistenza agli indigenti, per l’informazione, per la formazione, raggiungere i livelli più basi degli ultimi 40 anni, con tagli lineari di oltre il 65%, cui si aggiunge la riduzione dei servizi e delle sedi consolari, e praticamente lo smantellamento di quanto costruito dagli stessi emigrati in decenni di impegno e lavoro volontario, con l’obiettivo di mantenere un legame, pur flebile con la madrepatria.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Al punto che nelle reti associative superstiti, l’orientamento che si fa strada è quello di volgere definitivamente lo sguardo alle realtà locali e di portare a conclusione i processi di integrazione a tutti i livelli, chiudendo le relazioni con un’Italia totalmente disinteressata a questo patrimonio di relazioni umane, culturali, sociali ed economiche. Orientamento, di per sé, non sbagliato, e per le ragioni esposte, possiamo dire, quasi obbligato.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<strong style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0); border: 0px; font-style: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">II</strong></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Tuttavia, gli eventi degli ultimi mesi e quelli che abbiamo di fronte ripropongono all’attenzione (con tutti i suoi annessi e connessi) il fenomeno di una nuova massiccia emigrazione addirittura su scala europea, anche perché altri paesi extra EU si stanno rapidamente attrezzando per accoglierla e farla fruttare all’interno dei loro programmi di sviluppo:</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">nel mese di gennaio di quest’anno, Dilma Roussef, Presidente dell’emergente Brasile, ormai quinta potenza industriale mondiale, ha aperto all’immigrazione di 450.000 tecnici ed operai specializzati. L’Australia sta facendo altrettanto in diversi settori occupazionali. Da registrare che anche Argentina e Uruguay (sempre all’inizio dell’anno, Pepe Mujica, presidente dell’Uruguay ha lanciato la proposta di portare la popolazione uruguyana dagli attuali 3,4 milioni a 5 milioni nel prossimo decennio) stanno aprendo, iniziando intanto con il favorire il rientro della propria emigrazione, a nuovi flussi di immigrazione indispensabili al mantenimento degli alti tassi di crescita che si registrano da quasi 10 anni in tutto il cono sud dell’America Latina, dopo che le politiche neoliberiste sono state definitivamente licenziate e messe fuori dall’agenda politica.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Rispetto a così grandi novità, che denotano uno scenario dalle tendenze durature ancorché impensabile fino a ieri, sarebbe utile che a partire dall’associazionismo di emigrazione, passando per il mondo sindacale e dal complesso delle strutture di servizio (patronati, enti di formazione, ecc,) e di rappresentanza, ci si facesse carico di una rapida revisioni dei quadri di contesto in cui fino ad oggi si è ragionato.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">La FIEI intende promuovere con forza, in accordo con la CGIL e le altre organizzazioni storicamente impegnate su questo versante, un nuovo confronto sul tema, perché le dinamiche illustrate, oltre che necessitare di una responsabile risposta sociale ed istituzionale in termini di servizio e di assistenza, sono in grado di fornire un contributo non indifferente alla comprensione e alle possibili soluzioni dei problemi nazionali e all’individuazione di prospettive, al momento poco edificanti, che tuttavia si aprono per i prossimi decenni.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Allo stesso tempo, si pongono tutta una serie di questioni che mettono in discussione e travalicano la tradizionale forma ed azione di rappresentanza del mondo dell’emigrazione, fondato attualmente su collettività insediate da tempo all’estero, e che, alla luce di quanto sta accadendo, necessiterà di essere radicalmente aggiornata.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<strong style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0); border: 0px; font-style: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">III</strong></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Sul piano dell’analisi del fenomeno, vale la pena comprendere cosa comporti, per il paese, questa nuova emorragia di giovani nel pieno dell’età lavorativa. Ciò tanto più in quanto, l’esercizio contabile di contenimento e di tagli alla spesa di questo Governo, costituisce, ancor più che per i precedenti, il nucleo stesso della sua azione politica. Vale dunque la pena evidenziare gli effetti macroeconomici della nuova emigrazione, facendo emergere valori, cifre, la cui entità è volontariamente celata.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Per comprendere qual è la perdita secca ed attuale di valore economico (oltre che umano e civile) causato da questo nuovo esodo, basta fare un piccolo calcolo, riprendendo l’approccio che Paolo Cinanni, molti decenni or sono usò per illustrare l’entità economica dell’emigrazione italiana del dopoguerra:</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">ipotizzando che per la crescita e l’educazione di un giovane da zero a 25 anni occorrono, tenendoci bassi, mediamente dai 150.000 Euro ai 200.000 Euro a carico delle famiglie, a cui dobbiamo sommare una quota pro-capite di spesa pubblica per educazione, sanità, servizi vari, ecc. (diciamo altri 200.000 Euro mediamente per chi frequenta un iter formativo completo fino alla Laurea), ogni persona con tali caratteristiche che se ne va dall’Italia costituisce una perdita secca di 350.000-400.000 Euro di investimento realizzato, pubblico e privato. Moltiplicata per 100 persone fa dai 35 ai 40 milioni di Euro. Moltiplicato per 200 mila (che è la stima realistica del numero dei nuovi espatri dall’Italia che avremo nei prossimi anni), fa dai 70 ai 90 miliardi di capitalizzazione (patrimonio umano) che se ne vanno a produrre valore e sviluppo in altri luoghi, dove, lungimiranti, li accolgono a braccia aperte.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Se moltiplichiamo per i prossimi 10 anni la permanenza di questo flusso, arriviamo ad una cifra impressionante che corrisponde e anzi supera, un terzo del PIL annuale del paese (700/900 miliardi).</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Ma il conto non finisce qui: dobbiamo infatti calcolare che nell’ipotesi di un trasferimento stabile all’estero, queste persone resteranno produttive per un’intera vita, diciamo per i fatidici 40 anni, anche se con l’allungamento dell’età pensionabile saranno di più. Se attribuiamo ad ogni persona, una valore lordo di produzione di circa 50.000 Euro all’anno (ipotizzando stipendi medi molto contenuti, pari a circa 3.500/4.000 euro lordi al mese che un laureato può facilmente percepire all’estero), ogni persona che se ne va, si porta con sé un pil pro-capite potenziale di 2 milioni di Euro nell’arco dell’intera vita lavorativa. Moltiplicato per 200.000 persone (che se ne andrebbero in un solo anno), si tratta di 400 miliardi. Nell’ipotesi che questo flusso duri 10 anni, con la stessa frequenza annuale, si tratta di 4.000 miliardi, una cifra superiore al doppio dell’intero PIL annuale del paese.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Un ottima manovra, senza dubbio !</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<strong style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0); border: 0px; font-style: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">IV</strong></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Questa trafila di conti serve a dire che la mancata positiva allocazione del fattore produttivo fondamentale, il lavoro umano, sia manuale che intellettuale, può significare la perdita di valori enormi che si sommano esponenzialmente negli anni e che possono produrre il drastico impoverimento di un territorio e di un paese.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">La storia del meridione italiano ne costituisce uno degli esempi più impressionanti. La storia economica di grandi paesi di immigrazione del nord Europa o delle Americhe, ne costituisce, all’opposto, l’altro lato, quello favorevole, della medaglia.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">I critici di questa impostazione di lettura contabile, nel passato hanno messo in dubbio che l’esodo di forza lavoro costituisse di per sé un elemento negativo rispetto allo sviluppo nazionale, arguendo che un paese con un tasso di sviluppo demografico troppo alto rispetto al potenziale industriale disponibile, doveva per forza di cose aprire al deflusso della manodopera in esubero. Inoltre, le famose rimesse avrebbero, al contrario, costituito una quota consistente degli IDE (Investimenti diretti dall’estero), che avrebbero consentito di agevolare lo sviluppo.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Questo ragionamento può anche essere in parte condiviso per sistemi-paese arretrati e in cui si registri una crescita demografica eccessiva, come l’Italia del primo dopoguerra. Ma nel caso attuale, ci troviamo in tutt’altra situazione, sia rispetto ai trend demografici, sia rispetto al potenziale produttivo e industriale dell’Italia (e del Sud Europa) attuale.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">La verità è che la gente se ne va per il motivo opposto: il potenziale produttivo del paese è nettamente sottoutilizzato, mentre i tassi di natalità sono tra i più bassi al mondo, compensati solo, in parte, dai flussi di immigrazione.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">In questo senso, la progressione del declino economico diventa addirittura geometrica, né le potenziali rimesse assumono alcuna realistica possibilità di arrivare in un paese che procede verso una volontaria desertificazione.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Il ragionamento fatto vale, ovviamente, anche per il versante immigrazione, rispetto ai paesi di provenienza, (i quali si possono assimilare alla situazione italiana del dopoguerra) mentre, dal punto di vista italiano, se non si è in grado – come non si è in grado per le penose politiche di immigrazione attuate in questi anni – di valorizzare in modo ottimale le competenze di questi 5 milioni di persone che sono giunte nel nostro paese, il vantaggio, è ovviamente molto relativo. Ma in ogni caso, se arriva forza lavoro di qualità medio bassa in Italia e parallelamente se ne va forza lavoro qualificata, il quadro che si sta dipingendo è quello di un paese che ha scelto di autoridurre deliberatamente le proprie prospettive e che sta importando forza lavoro a basso costo per contenere gli effetti di una competitività in settori maturi, che non riesce altrimenti a mantenere, a causa della mancanza di innovazione di prodotto e di processo e di investimenti.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Sorvoliamo sul fatto che se in tale contesto si volesse trovare un punto di equilibrio tra emigrazione ed immigrazione, sarebbero necessari interventi di assistenza, formazione, qualificazione, ecc. di cui al momento, non vi è neanche l’ombra.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Ci troviamo quindi di fronte ad una decrescita qualitativa obbligata ed imposta, riconducibile pienamente, se si vuole, a quanto descritto anni fa da tale K. Marx (il quale annovera tra i suoi più grandi estimatori tutta la schiera di neoliberisti accomunati, a quanto pare, nel tentativo di confermarne le tesi) in ordine alla natura del sistema economico in cui viviamo, il cui obiettivo non è quello della piena allocazione dei fattori produttivi, come vorrebbero convincerci i loro esegeti, ma quello di mantenere soddisfacente stabile il saggio di profitto, altrimenti in fatale caduta.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Quando le risorse produttive disponibili sono pericolosamente in eccesso, esse vanno semplicemente distrutte attraverso le cosiddette crisi. Con ciò ne sarà anche preservato, assieme al tasso di profitto, la struttura di poteri presente (sia economica che politica), la cui pessima qualità ed arretratezza è dimostrata dal fatto che essa preferisce questo esito piuttosto che valorizzare la ricchezza dei saperi e delle competenze disponibili.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Alla fine del ciclo neoliberista, assistiamo ad una fase impressionante e paradossale di vera e propria istituzionalizzazione della distruzione delle risorse umane e produttive, attraverso la pratica di riduzione massiccia e concentrata in poco tempo dei deficit e del debito pubblico. Una vera e propria guerra all’umanità, che ove fosse firmato il cosiddetto Fiscal Compact porterà ad un’ecatombe, fatta a partire dall’assunto dogmatico che il salvataggio di un sistema finanziario (manifestamente insostenibile) è prioritario rispetto alla vita della gente, degli stati, della democrazia. A nulla vale la battuta di Keynes (degli anni ’30 del ‘900) secondo il quale, per ogni sterlina di spesa pubblica risparmiata dallo Stato, si aveva come effetto un aumento amplificato di disoccupazione e di inutilizzo delle risorse produttive.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">In questo fosco panorama l’emigrazione è uno dei modi “soft” per addolcire e allo stesso tempo incentivare questi risultati. Peggiore sarebbe, siamo d’accordo, solo la guerra.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<strong style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0); border: 0px; font-style: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">V</strong></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Questo schematica descrizione serve a riportare alla mente qualcosa che era ben chiaro fino agli anni ’80: e cioè che quando si parla di emigrazione si parla del cuore stesso delle dinamiche economico-sociali. Che l’emigrazione è al tempo prodotto e attore sociale. Che il suo protagonismo non è secondario solo perché non lo si vede agire sotto la punta del proprio naso.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Che anzi, essendo in grado di misurarsi con dimensioni che non sono quelle di una stanzialità spesso subalterna, dispone per forza di cose di risorse interne di grande potenziale critico e politico, ancor più se si considera fondamentale, come oggi è, la dimensione globale della politica.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Rispetto al territorio inteso come luogo effettivo di dispiegamento delle contraddizioni e del conflitto, che tanti affascina, l’emigrazione è il non luogo ovvero l’apertura e la comunanza di tutti i territori di partenza e di tutti i territori di arrivo, ovvero la condizione del sociale di misurarsi effettivamente e quotidianamente con la globalizzazione capitalistica e oggi neoliberista.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Per ogni soggetto sociale o politico serio che miri a contrastare gli effetti perniciosi di questo modello di globalizzazione, l’interlocuzione attiva con le realtà migratorie costituisce un compito centrale.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Assieme ad una battaglia tesa al cambiamento delle condizioni strutturali e politiche che determinano la nuova emigrazione, al ripristino di politiche di bilancio sensate e orientate verso un’occupazione di qualità e tendenzialmente piena, vale a dire della sconfitta del neoliberismo in Italia e in Europa, bisogna tuttavia predisporsi ad attraversare un periodo complesso e presumibilmente lungo.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">In questo senso, la vicinanza e l’accompagnamento, lo stimolo e la capacità di ascolto di questa realtà “extraterritoriale in movimento” che c’è già e che purtroppo crescerà, costituiscono non solo un impegno di ordine morale, di servizio o afferente alla sfera dei diritti civili e sociali (che ovviamente è una mission di tali realtà organizzate), ma una condizione di valorizzazione e arricchimento straordinario per le organizzazioni stesse a condizione di essere in grado di mantenere con essa vincoli e legami efficaci e sostanziali.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Nel recente passato, questa consapevolezza si è espressa nell’approntamento e nell’ erogazione di una serie di servizi verso le popolazioni emigrate mentre si è demandata la partecipazione sindacale e politica ai movimenti dei paesi di accoglienza.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">La fase nuova che sta iniziando implica un diverso e più articolato atteggiamento: l’avvicendarsi sempre più rapido di crisi economiche in diverse aree del pianeta anche molto distanti tra loro e i corrispondenti movimenti migratori che ne sono derivati, prima in andata e poi in ritorno (valga qui l’esempio del cono sud dell’America Latina, da dove 15-10 anni fa si sono innescati movimenti di rientro verso l’Italia e la Spagna dei figli e dei nipoti dei primi emigrati, mentre ora si assiste di nuovo al processo inverso di re-emigrazione verso il sud del continente), lascia intendere che le migrazioni cui andiamo incontro, stante l’attuale configurazione di dis-ordine globale, saranno molto più mobili e ricorsive, implicando una serie di problematiche solo in parte conosciute, derivanti da insediamenti che non si trasformano necessariamente in compiute integrazioni in loco.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Pensiamo solo cosa possa significare per i figli dei migranti l’avvicendarsi educativo-scolastici in due o più paesi, oppure a qualifiche lavorative acquisite in differenti sistemi di formazione, fino ad arrivare a processi di partecipazione sociale e politica alternata nei diversi contesti in cui si è costretti o si sceglie di vivere.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Quali sistemi di accompagnamento e di servizi vanno, in questa prospettiva, strutturati ? Che tipo di reti dinamiche di assistenza e di interlocuzione vanno progettati ? E sul piano sindacale, solo per citare un esempio particolarmente significativo, come assicurare rappresentanza <em style="border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">“a tempo indeterminato”</em> ai lavoratori in movimento ?</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Se aggiungiamo che l’emigrazione in ripartenza dall’Europa è costituita in gran parte da forza lavoro ad alta qualificazione e, presumibilmente, anche ad alta formazione sociale e politica, quale rapporto qualitativo sarà necessario intrattenere con essa ?</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Certamente è finita l’epoca dell’emanazione dei dispacci inviati dal centro (che non esiste più), alle periferie del mondo, piuttosto, casomai, il contrario. E allo stesso tempo, un potenziale sociale e politico di questa portata non può essere messo nelle mani dei processi apparentemente anonimi della globalizzazione, guidata in realtà dall’impresa finanziarizzata e dalla sua ideologia che megafona, anche da Palazzo Chigi, che “la mobilità internazionale della forza lavoro è bella”.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Si pongono, come ben si vede, una notevole varietà di riflessioni da fare, di strumenti da progettare e da approntare, di pratiche da sperimentare, in rete ed anche in collaborazione con altri soggetti presenti in altri paesi e, certamente, assieme ai futuri migranti.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Un’attività che implicherebbe da subito non la miope e per molti versi sconcertante liquidazione, ma l’avvertito rafforzamento e rinnovamento di ciò che ancora esiste in termini di strutture e di patrimonio di esperienze e di saperi che, per la sua particolare storia, l’Italia possiede in questo settore, soprattutto a livello associativo e sindacale.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Sarebbe singolare dover osservare, tra qualche anno, il riprodursi della nota frequenza del pendolo, cioè, in questo caso, l’affannarsi di organizzazioni e sigle varie per rimettere in piedi in quattro e quattr’otto ciò che esisteva e che nel frattempo era stato lasciato volontariamente e colpevolmente perire.</span></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<strong style="border: 0px; font-style: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><em style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0); border: 0px; font-weight: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Riferimenti:</em></strong></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<a href="http://www.emigrazione-notizie.org/news.asp?id=9581" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0); border-bottom-color: rgb(238, 238, 238); border-bottom-style: solid; border-width: 0px 0px 1px; font-style: inherit; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"><span style="color: black;">http://www.emigrazione-notizie.org/news.asp?id=9581</span></a></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<a href="http://www.guardian.co.uk/world/2011/dec/21/fleeing-greeks-australian-gold-rush" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0); border-bottom-color: rgb(238, 238, 238); border-bottom-style: solid; border-width: 0px 0px 1px; font-style: inherit; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"><span style="color: black;">http://www.guardian.co.uk/world/2011/dec/21/fleeing-greeks-australian-gold-rush</span></a></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<a href="http://www.presseurop.eu/it/content/article/1320521-l-esodo-dei-greci-australia" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0); border-bottom-color: rgb(238, 238, 238); border-bottom-style: solid; border-width: 0px 0px 1px; font-style: inherit; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"><span style="color: black;">http://www.presseurop.eu/it/content/article/1320521-l-esodo-dei-greci-australia</span></a></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<a href="http://www.emigrazione-notizie.org/news.asp?id=9488" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0); border-bottom-color: rgb(238, 238, 238); border-bottom-style: solid; border-width: 0px 0px 1px; font-style: inherit; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"><span style="color: black;">http://www.emigrazione-notizie.org/news.asp?id=9488</span></a></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<a href="http://www.emigrazione-notizie.org/news.asp?id=9649" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0); border-bottom-color: rgb(238, 238, 238); border-bottom-style: solid; border-width: 0px 0px 1px; font-style: inherit; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"><span style="color: black;">http://www.emigrazione-notizie.org/news.asp?id=9649</span></a></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<a href="http://www.ilsole24ore.com/art/economia/2010-12-20/numeri-costi-nuova-emigrazione-173135.shtml#continue" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0); border-bottom-color: rgb(238, 238, 238); border-bottom-style: solid; border-width: 0px 0px 1px; font-style: inherit; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"><span style="color: black;">http://www.ilsole24ore.com/art/economia/2010-12-20/numeri-costi-nuova-emigrazione-173135.shtml#continue</span></a></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<a href="http://www.litaliano.it/index.php?option=com_content&view=article&id=3184:nuova-emigrazione-una-terra-promessa-e-forse-un-mondo-diverso&catid=73:nuove-emigrazioni&Itemid=451" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0); border-bottom-color: rgb(238, 238, 238); border-bottom-style: solid; border-width: 0px 0px 1px; font-style: inherit; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"><span style="color: black;">http://www.litaliano.it/index.php?option=com_content&view=article&id=3184:nuova-emigrazione-una-terra-promessa-e-forse-un-mondo-diverso&catid=73:nuove-emigrazioni&Itemid=451</span></a></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<a href="http://milano.corriere.it/milano/notizie/cronaca/12_marzo_16/pensionati-addio-italia-vivere-meglio-estero-2003703096865.shtml" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0); border-bottom-color: rgb(238, 238, 238); border-bottom-style: solid; border-width: 0px 0px 1px; font-style: inherit; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"><span style="color: black;">http://milano.corriere.it/milano/notizie/cronaca/12_marzo_16/pensionati-addio-italia-vivere-meglio-estero-2003703096865.shtml</span></a></div>
<div style="border: 0px; font-style: inherit; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: -webkit-auto; vertical-align: baseline;">
<a href="http://www.dirittiglobali.it/index.php?view=article&catid=33:internazionale&id=32603:giovani-e-immigrati-in-fuga-da-atene-il-sogno-di-un-futuro-e-oltre-frontiera-&format=pdf&ml=2&mlt=yoo_explorer&tmpl=component" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0); border-bottom-color: rgb(238, 238, 238); border-bottom-style: solid; border-width: 0px 0px 1px; font-style: inherit; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;" target="_blank"><span style="color: black;">http://www.dirittiglobali.it/index.php?view=article&catid=33:internazionale&id=32603:giovani-e-immigrati-in-fuga-da-atene-il-sogno-di-un-futuro-e-oltre-frontiera-&format=pdf&ml=2&mlt=yoo_explorer&tmpl=componen</span></a><a href="http://www.dirittiglobali.it/index.php?view=article&catid=33:internazionale&id=32603:giovani-e-immigrati-in-fuga-da-atene-il-sogno-di-un-futuro-e-oltre-frontiera-&format=pdf&ml=2&mlt=yoo_explorer&tmpl=component" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.292969); -webkit-text-size-adjust: auto; background-color: white; border-bottom-color: rgb(238, 238, 238); border-bottom-style: solid; border-width: 0px 0px 1px; color: #3a6999; font-family: inherit; font-size: 12px; font-style: inherit; line-height: 1.6em; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;" target="_blank">t</a></div>
</div>
Eduardo Fiorahttp://www.blogger.com/profile/12176291173151427439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5302905728488546534.post-31467782316916265652012-12-24T18:09:00.003-02:002012-12-24T18:21:08.829-02:00História (236 ) Far l'America (139): Una canzoneIeri la La loro canzone<br />
<br />
Oggi la nostra vita italobrasilana. Bravi<br />
<br />
<a href="http://m.youtube.com/watch?v=HPAEJHW3phs">http://m.youtube.com/watch?v=HPAEJHW3phs</a>Eduardo Fiorahttp://www.blogger.com/profile/12176291173151427439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5302905728488546534.post-10163045996778722802011-01-09T22:16:00.000-02:002011-01-09T22:16:15.498-02:00Italiani: Rigoleto de Martino,o músico de UberabaO nome do italiano, Rigoleto Martino tem lugar na história da cidade de Uberaba, Minas Gerais, com destaque no campo da música, sido o compositor do hino do Uberaba Sport Club, além de marchas, dobradose valsas. E o que relata <a href="http://www.arquivopublicouberaba.com.br/memoria/arquivo_09.pdf">Arquivo Publico de Uberaba.</a> .<br />
<br />
"Filho de Antônio de Martino e Solamina De La Barba De Martino, nasceu em 29 de
Junho de 1881, em Vila Arieli, na Itália. Descendente de família ligada à música, chegou ao Brasil em 1895 em companhia de sua mãe e dois irmãos.
Vieram diretamente para Uberaba. Aqui já se encontrava o chefe da família sr.
Antônio De Martino, que havia instalado uma indústria de pastíficio, na rua João Caetano, onde hoje existe o Hotel Modelo, sendo que mais tarde foi transferido para a rua Padre Zeferino.<br />
<br />
Nesta cidade Rigoleto ingressou nas atividades industriais (pastífico) com seu pai e, posteriormente com uma bem montada destilaria. Na casa de Antônio de Martino, todos eram músicos. Ernani, era clarinetista e Giocondo Garibaldi, tocava piston. Rigoleto era compositor e tocava bombardino, e enquanto trabalhava na sua fábrica, estudava música.
Foi aluno de música do professor Eloi Bernardes Ferreira.<br />
<br />
Com o intuito de aperfeiçoar seus conhecimentos musicais adquiriu na Itália, através
de amigos vários livros de harmonia e composição musical. Estudioso, dedicado e
possuidor de fina sensibilidade artística, se tornou um grande musicista e inspirado compositor.
Em 1910, Rigoleto De Martino fundou a "Corporação Musical Ítalo Brasileira",
tornando-se seu maestro, regendo-a por cerca de 26 anos e compondo inúmeras peçasmusicais que foram por ela executadas.<br />
<br />
Rigoleto exercitou-se tanto em música que adaptou para sua banda , às mais célebres óperas da época. Compôs de tudo. Desde música para aniversariantes, até obras mais complexas. Chegou mesmo a compor, uma missa completa.
Foi o Hino do Uberaba Sport Club que o consagrou definitivamente e o perpetuou na memória do povo.<br />
<br />
Para Rigoleto tudo era pretexto para compor: o aniversário de um parente, a morte de um irmão, a visita de um amigo, um jogador de futebol, uma visita a uma cidade, os familiares etc. Entre suas inúmeras obras musicais compôs: Marchas, valsas, dobrados, Hinos, Músicas para teatro, Habaneras, Xote, Polcas, Canções Sertanejas, Tango , Foxtrote, Mazurca, Tanguinho, Galope, Passo doble, Fantasia, Gavotte.
Rigoleto de Martino foi por muitos anos tesoureiro da Societá de Mutuo Socorso
Fratellanza Italiana, de Uberaba. Casou-se com Maria Jesuína da Costa, em 1909 nesta cidade, com quem teve os seguintes filhos: Fausto De Martino, Yolanda De Martino, Ítalo De Martino, Hilda deMartino, Ézio De Martino.<br />
<br />
Faleceu em Uberaba, no dia 4 de julho de 1937, recebendo inúmeras homenagens póstumas. As mais recentes foram prestadas pela Banda do 4º Batalhão, que entregou á família uma medalha comemorativa, e um trofeu de música popular, entregue pelo Colégio Estadual, em cerimônia no Cine Teatro São Luis".Eduardo Fiorahttp://www.blogger.com/profile/12176291173151427439noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5302905728488546534.post-32641108605019484292011-01-08T23:47:00.000-02:002011-01-08T23:47:28.872-02:00História (235 ) “Far l’ América (138 ): A colonização de Barão do Triunfo, no Rio Grande do Sul (2)O início da imigração italiana no município gaúcho de Barão do Triunfo,no Rio Grande do Sul, é assim descrito no site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(<a href="http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=430175#">IBGE</a>)<br />
<br />
<br />
“Depois de alojados em seus lotes e adaptados ao meio, iniciou-se
efetivamente a colonização. Mesmo sem tecnologia para a agricultura, as
colheitas eram fartas, devido à fertilidade das terras. Cada grupo de
imigrantes, por nacionalidade, produzia o que conhecia de seu país de origem.
Sendo assim, os italianos, de imediato, plantaram seus parreirais, árvores
frutíferas, hortaliças, etc.<br />
<br />
A produção gradativamente foi aumentando. O excedente da produção passou a
ser comercializado nas cidades próximas, como Barra do Ribeiro, Guaíba, Arroio
dos Ratos e São Jerônimo. Eram os carroceiros da Vila que realizavam este
transporte, partindo daqui com seus carroções puxados por burros, levavam os
produtos que trocavam por outros aqui não existentes. Nesta viagem demoravam-se
por volta de quinze dias entre ida e volta. Entre os produtos comercializados,
destacavam-se o vinho, a cachaça, o trigo, o milho e o feijão.Nos primeiros anos, houve um período de progresso na localidade. Aproveitaram as quedas d'agua do local para instalarem pequenas serrarias,
moinhos de trigo e milho, descascadeiras de arroz e, também, para produzir
energia elétrica.<br />
<br />
Porém, houve um fator que contribuiu decisivamente para o
atraso do desenvolvimento do distrito de Barão do Triunfo, que foi o desastre
ecológico ocorrido no dia 15 de janeiro de 1941, quando uma tromba d?agua,
caracterizado como "enchente de 41" destruiu, em poucos minutos,
residências, moinhos, serrarias, plantações, cantinas, criações, 33 pontes,
pontilhões e até mesmo modificando a geografia nas proximidades do Arroio
Baicuru, sendo que o próprio leito do arroio, em certos trechos, foi desviado
pela violência das águas. Somente a ponte de Faxinal ficou em pé.<br />
<br />
Durante 2
anos o Distrito ficou isolado do resto do município. Passou a faltar tudo. A
agricultura foi destruída, e de fora nada podia chegar, pois não havia
estradas, nem pontes, só a pé ou, raramente, a cavalo se podia ainda chegar
ali. Muitos foram embora, para tentar a sorte em outro lugar.<br />
<br />
Os que aqui
permaneceram tiveram que recomeçar como seus antepassados. Após muita luta e
perseveranças surgiram dias melhores.Um fator que contribuiu para minimizar o impacto da enchente foi a criação
do Sindicato dos Trabalhadores Rurais em Barão do Triunfo. Por iniciativa do
vigário local, Padre José Wiest, oferecendo assistência social e assistência
técnica aos trabalhadores rurais em geral. Em 23 de outubro de 1892 foi fundada
na sede da Vila Barão do Triunfo uma sociedade denominada 'Società
Fratellanza Italia', organizada pelos imigrantes de origem italiana, com o
objetivo de congregar sócios para fins assistenciais e culturais. No ano de
1938, esta sociedade passa a se chamar: "Sociedade Beneficente e
Recreativa Cruzeiro", devido ao Decreto Lei nº 383, de 18 de abril de
1938, baixada pelo governo da República, que exigia a nacionalização de todas
as sociedades culturais e estrangeiras. Em 1980, o nome da sociedade é
novamente alterado, passando a se chamar "Sociedade Cultural e Recreativa
Cruzeiro”. <br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>Eduardo Fiorahttp://www.blogger.com/profile/12176291173151427439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5302905728488546534.post-21289678013234446252011-01-08T23:18:00.001-02:002011-01-08T23:19:54.326-02:00História (234 ) “Far l’ América (137 ): A colonização de Barão do Triunfo, no Rio Grande do Sul (1)<br />
<div class="MsoNormal">
O município gaúcho de Barão do Triunfo, tem seu
desenvolvimento intimamente ligado á imigração européia, em particular a
italiana, conforme relato do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística
(<a href="http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=430175#">IBGE</a>)</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<br />
”Em 1888, o governo da Província do Rio grande do Sul, resolveu demarcar as
terras localizadas na Serra do Herval, sendo criada a sede do 1º distrito de
São Jerônimo chamada de colônia de Barão do Triunfo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
No dia 16 de abril de 1889, a embarcação que trazia o restante dos imigrantes
ancorou no porto da capital Gaúcha, Porto Alegre. Ao desembarcarem do navio
Solferino, as famílias foram distribuídas em grupos de vinte pessoas e
colocadas em pequenos barcos para seguirem viagem pelo Rio Jacuí em direção ao
Município de são Jerônimo. Chegando à localidade conhecida como Charqueadas (hoje
um Município da região Carbonífera). </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Dias depois, os
imigrantes foram trazidos para um local conhecido como Faxinal. De Charqueadas
até o Faxinal, os imigrantes trouxeram os seus pertences em carretas puxadas a
bois. </div>
<div class="MsoNormal">
<br />
O distrito de Barão do Triunfo pertencia ao município de São Jerônimo, com uma
área de aproximadamente 16.000 hectares, estando distante da sede do município
63 quilômetros. “Sua situação geográfica é 8º36’30” a oeste do Rio de Janeiro,
latitude sul, e está situada a 260 metros acima do nível do mar.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O início do município
ocorreu em 1889, quando imigrantes europeus ali chegaram. Desembarcaram em
Charqueadas, porto do Rio Jacuí. Daí rumaram em carroças puxadas por bois até o
local chamado Faxinal, onde foram alojados em barracões construídos pelo
Governo, até se instalarem definitivamente nos lotes de imigração. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Partindo de Faxinal, com suas famílias e todos os seus
pertences (ferramentas rudimentares, tais como: foice, machados, picão,
enxadas, facões, fornecidas pelo Governo da Província), iam abrindo seu próprio
caminho e traçando seu próprio destino. A caminhada foi penosa. Em todo o
caminho foram encontradas dificuldades que retardavam o avanço, tais como
animais selvagens, matas de difícil penetração, terreno acidentado, etc.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Chegando ao local de destino, os lotes já estavam demarcados e os imigrantes
foram distribuídos por linhas demarcadas. Sendo assim os italianos foram
assentados na Linha Dona Francisca, Dona Amália, Estrada Geral e no local que
havia sido destinado para sede da Colônia de Barão do Triunfo, nome este
escolhido em homenagem ao grande General José Joaquim de Andrade Neves, que se
destacou na guerra dos farrapos, entre 1835 e 1845”</div>Eduardo Fiorahttp://www.blogger.com/profile/12176291173151427439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5302905728488546534.post-73874334885061032352011-01-07T23:53:00.000-02:002011-01-07T23:53:20.191-02:00Italianità – O jeito de ser italiano na literatura de Alcântara Machado (4)<div style="font-family: inherit;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;">Assim começa a obra Brás, Bexiga e Barra Funda, livro que eternizou o nome de Antonio de Alcântara Machado na história da literatura brasileira. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;">"ARTIGO
DE FUNDO</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;">Assim
como quem nasce homem de bem deve ter a fronte altiva, quem nasce jornal deve
ter artigo de fundo. A fachada explica o resto.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;">Este
livro não nasceu livro: nasceu jornal. Estes contos não nasceram contos:
nasceram</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;">notícias.
E este prefácio portanto também não nasceu prefácio: nasceu artigo de fundo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;"><i>Brás,
Bexiga e Barra Funda </i></span><span style="font-size: small;">é o órgão dos ítalo-brasileiros de São Paulo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;">Durante
muito tempo a nacionalidade viveu da mescla de três raças que os poetas
xingaram de tristes: as três raças tristes. A primeira, as caravelas
descobridoras encontraram aqui comendo gente e desdenhosa de "mostrar suas
vergonhas". A segunda veio nas caravelas. Logo os machos sacudidos desta
se enamoraram das moças "bem gentis" daquela, que tinham cabelos
"mui pretos, compridos pelas espadoas". E nasceram os primeiros
mamalucos. A terceira veio nos porões dos navios negreiros trabalhar o solo e
servir a gente. Trazendo outras moças gentis, mucamas, mucambas, munibandas,
macumas. E nasceram os segundos mamalucos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;">E os
mamalucos das duas fornadas deram o empurrão inicial no Brasil. O colosso
começou a rolar. Então os transatlânticos trouxeram da Europa outras raças
aventureiras. Entre elas uma alegre que pisou na terra paulista cantando e na
terra brotou e se alastrou como aquela planta também imigrante que há duzentos
anos veio fundar a riqueza brasileira.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;">Do
consórcio da gente imigrante com o ambiente, do consórcio da gente imigrante
com a</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;">indígena
nasceram os novos mamalucos. Nasceram os intalianinhos. O Gaetaninho. A
Carmela.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;">Brasileiros
e paulistas. Até bandeirantes.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;">E o
colosso continuou rolando. No começo a arrogância indígena perguntou meio
zangada: </span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;"><i>Carcamano
pé-de-chumbo</i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;"><i>Calcanhar
de frigideira</i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;"><i>Quem
te deu a confiança</i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;"><i>De
casar com brasileira?</i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;">O
pé-de-chumbo poderia responder tirando o cachimbo da boca e cuspindo de lado: A
brasileira, <i>per Bacco!</i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;">Mas
não disse nada. Adaptou-se. Trabalhou. Integrou-se. Prosperou.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;">E o
negro violeiro cantou assim: </span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;"><i>Italiano
grita</i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;"><i>Brasileiro
fala</i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;"><i>Viva
o Brasil</i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;"><i>E
a bandeira da Itália!</i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;"><i>Brás,
Bexiga e Barra Funda, </i></span><span style="font-size: small;">como membro da livre imprensa que é,
tenta fixar tão somente alguns aspectos da vida trabalhadeira, íntima e
quotidiana desses novos mestiços nacionais e nacionalistas. É um jornal. Mais
nada. Notícia. Só. Não tem partido nem ideal. Não comenta. Não discute. Não
aprofunda.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;">Principalmente
não aprofunda. Em suas colunas não se encontra uma única linha de doutrina.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;">Tudo
são fatos diversos. Acontecimentos de crônica urbana. Episódios de rua. O
aspecto étnicosocial dessa novísima raça de gigantes encontrará amanhã o seu
historiador. E será então analisado e pesado num livro.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;"><i>Brás,
Bexiga e Barra Funda </i></span><span style="font-size: small;">não é um livro. Inscrevendo em sua coluna de
honra os nomes de alguns ítalo-brasileiros ilustres este jornal rende uma
homenagem à força e às virtudes da nova fornada mamaluca. São nomes de literatos,
jornalistas, cientistas, políticos, esportistas, artistas e industriais. Todos
eles figuram entre os que impulsionam e nobilitam neste momento a vida
espiritual e material de São Paulo. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;"><i>Brás,
Bexiga e Barra Funda </i></span><span style="font-size: small;">não é uma sátira.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;">A REDAÇÃO"</span></div>Eduardo Fiorahttp://www.blogger.com/profile/12176291173151427439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5302905728488546534.post-59484550198329593182011-01-06T22:37:00.001-02:002011-01-06T22:41:16.264-02:00Historia ( 233) - "Far l'Amercia (136 )": Ecos da imigração italiana no Espírito Santo ( 2)<br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<span style="font-size: small;">No texto "O
discurso da italianidade no Espírito Santo: realidade ou mito construído?",<a href="http://www.ufpel.edu.br/isp/ppgcs/pensamento-plural/edicoes/03/07.pdf"> Maria Cristina Dadalto</a>,
doutora em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e
professora do Centro Universitário Vila Velha (ES), analisa a imigração italiana
a partir de obras lierárias como o livro <i>La vita de Vittorio: diário de um
imigrante, de autoria de </i>Douglas Puppin, com base no diário do imigrante
Vittorio De Monti repleto de registros cotidianos, fotos , cartas entre outros
documentos. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<span style="font-size: small;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<span style="font-size: small;">“Já assentado no
território capixaba (Vittorio De Monti), explicita as expectativas e ansiedades
dos membros da colônia italiana, a ação presente no cotidiano por meio dos
mecanismos prescritivos e normativos em sua ordem social e os lastros que
mantinham com a terra de origem:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<span style="font-size: small;"><i>‘ Era a primeira reunião de professores que
ensinavam o italiano no Estado e nela estavam presentes (...). O homem falava
bem, estava bem vestido e foi logo entrando no assunto: primeiro agradecia em
nome do governo italiano o trabalho que vinha sendo feito por nós professores,
que precisamos ensinar bem os nossos alunos; fornecer para eles os cadernos e
livros; ensinar tudo sobre a Itália nossa querida terra natal; mostrar a eles
que a Itália tinha que estar no coração de cada um (...) (PUPPIN, 1994, p. 47)’.
“</i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<span style="font-size: small;">“Na narrativa de
Vittorio, se apresenta também a dificuldade da população de se manter nas
colônias, isoladas da capital, sem amparo de serviços de saúde e comerciais, e
as estratégias criadas para superá-las: </span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<span style="font-size: small;">‘ (...) <i>há necessidade de fundar-se uma sociedade em
benefício dos italianos e foi assim que se fundou a: Fratellanza Agrícola di
Beneficenza Societá di Alfredo Chaves – Carita – Pátria – Instruzione – Lavoro.
“Uno per Tutti – Tutti per Uno’ (PUPPIN, 1994, p. 143)’.</i></span> </div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<span style="font-size: small;">Contando a história
de Vittorio, Puppin oferece a possibilidade de se conhecer a realidade
experimentada pelos imigrantes e os meios que buscaram para solucionar
coletivamente suas dificuldades. Assim, fundaram associações culturais,
agrícolas, entre outras, tecidas no inventário de suas memórias e
representações da experiência vivida por eles próprios ou por seus pais e avós
na Itália”.</span></div>Eduardo Fiorahttp://www.blogger.com/profile/12176291173151427439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5302905728488546534.post-20933270963983284202011-01-05T23:21:00.001-02:002011-01-07T23:49:49.894-02:00Italianità: O jeito de ser italiano na literatura de Alcântara Machado (3)<br />
<div class="MsoNormal">
Brás Bexiga e Barra Funda, obra de Antonio de Alcântara Machado, deve ser
lido, levando-se em conta alerta do próprio autor. ‘Este livro não nasceu
livro: nasceu jornal. Estes contos não nasceram contos: nasceram notícias. E este
prefácio portanto também não nasceu prefácio: nasceu artigo de fundo’.. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
“O processo narrativo em Brás, Bexiga e
Barra Funda está apoiado no diálogo, ou seja, no discurso direto, em que a fala
das personagens é revelada ao leitor com o máximo de naturalidade, afastando a
presença do narrador e aproximando-a dos personagens na busca de melhor
caracterizá-los e também ao seu contexto, expondo a carga emotiva e os valores
que permeiam as suas ações. <i>Brás, Bexiga e Barra Funda </i>busca, através da
linguagem, marcar os registros de fala coloquial e mestiça que predominavam no início
do século, principalmente nos bairros que dão nome à obra, além de romper com
as formas expressivas e as estruturas já cristalizadas pelo uso generalizado. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Há uma fusão de gêneros literário,
jornalístico e publicitário, que causa estranhamento ao leitor quando se
depara, por exemplo, com um anúncio em letras maiúsculas, sem nenhum texto
introdutório em “Amor e sangue”: Há uma crítica não-velada à discriminação
social e de grupos estrangeiros que perpassa toda a obra, como se pode observar
em ‘Lisetta’, no orgulho da mãe da menina rica e na provocação desta à
italianinha pobre; no apontar para a falta de ética que vai se delineando no
percurso da narrativa de “Nacionalidade e ‘Armazém’; no mapeamento da busca do status econômico
a qualquer preço quando a esposa do Conselheiro José Bonifácio, que não
permitia o casamento de sua filha com o filho do carcamano, já não vê mais
obstáculos após vislumbrar grande futuro em uma sociedade comercial entre o
marido e o Cav.Uff.Salvatore Melli; na denúncia explícita em relação aos que
têm poder em “O Monstro de Rodas”, com a afirmação: “Filho de rico manda nesta
terra que nem a Light”, e no olhar poético para a infância interrompida de
Gaetaninho, cujo sonho era andar de carro e morre atropelado por um bonde
quando na partida e bola “o jogo na calçada parecia de vida e morte”. (Fonte: <a href="http://www.cpv.com.br/cpv_vestibulandos/dicas/livros/litobr2101.pdf">CPV EDUCACIONAL</a>)</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>Eduardo Fiorahttp://www.blogger.com/profile/12176291173151427439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5302905728488546534.post-82302597591623440732011-01-04T09:00:00.008-02:002011-01-06T22:42:00.190-02:00Historia ( 232) - "Far l'Amercia (135 )": Ecos da imigração italiana no Espírito Santo ( 1)<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Tahoma;">Literatura e imigração. Este é o centro da pesquisa
realizada em 2008 por <a href="http://www.ufpel.edu.br/isp/ppgcs/pensamento-plural/edicoes/03/07.pdf">Maria Cristina Dadalto</a>, doutora em Ciências Sociais pela
Universidade do Estado do Rio de Janeiro e professora do Centro Universitário
Vila Velha (ES). </span><br />
<br />
<span style="font-family: Tahoma;">A partir da produção literária produzida sobre a imigração
italiana no Espírito Santo, a docente artigo busca analisar a construção do
mito da italianidade como principal etnia a compor a identidade capixaba.</span><br />
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Tahoma;">Neste trabalho, Maria Cristina Dadalto pesquisou 45
obras (biografias, memórias, ficção e estudos acadêmicos, entre outros). A docente
explica que, da literatura analisada, 16 títulos, representando 35,7% da
produção, são memórias e autobiografias escritas ou reproduzida </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Tahoma;">por filhos e netos de imigrantes. </span><br />
<br />
<span style="font-family: Tahoma;">Dentro deste perfil, Dadalto
destaca <i>La vita de Vittorio: diário de um imigrante, de autoria de </i>Douglas
Puppin, com base no diário do imigrante Vittorio De Monti repleto de registros
cotidianos, fotos , cartas entre outros documentos. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Tahoma;">Um trecho do diário destacado por Daldato identifica
a família De Monti já contextualizando as razões o êxodo familiar. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Tahoma;">“<i>Nasci em 29
de janeiro de 1893. Filho de Santo e Nazarena. São italianos da gema,
legítimos, de Valdobbiádene. (...) Ele (papai) era um líder entre os jovens que
queriam reformas, que sofriam por querer reformas, que sofriam por ter que
viver sempre em guerra. A única saída encontrada era imigrar. Imigrando ficavam
livres das terríveis guerras e sonhavam alto nas fortunas que encontrariam na
América (PUPPIN, 1994, p. 20)”.</i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Tahoma;">O livro de Puppin, de acordo com Daldato segue
mostrando “os motivos da busca por novas alternativas de grande parte dos
jovens italianos que emigraram para o Brasil, na figura de seu pai: pobres e
sem perspectivas de um futuro pleno de aventuras revolucionárias, se refugiam
no mito da fortuna presente nas terras americanas".</span></div>Eduardo Fiorahttp://www.blogger.com/profile/12176291173151427439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5302905728488546534.post-47306714609280379292011-01-03T22:55:00.045-02:002011-01-09T21:14:08.481-02:00Italianità – O jeito de ser italiano na literatura de Alcântara Machado (2)<style>
st1\:*{behavior:url(#ieooui) }
</style> <style>
st1\:*{behavior:url(#ieooui) }
</style><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a /S8R1lmbTgMk/s1600/alcantara+machado.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="S8R1lmbTgMk/s1600/alcantara+machado.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
Antes de aprofundar a análise sobre a obra mais importante de Antonio de Alcântara Machado, vale registrar uma breve biografia do autor retirada da <a href="http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_lit/index.cfm?fuseaction=biografias_texto&cd_verbete=4995&cd_item=35">Enciclopédia Itaú cultural de Liiteratura Brasileira</a>.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
“Antonio Castilho de Alcântara Machado d'Oliveira (São Paulo25/05/1901 - 14/04/1935). Contista, cronista, crítico literário, romancista e jornalista. Filho do jurista, político e escritor José de Alcântara Machado d'Oliveira (1875 - 1941) e de Maria Emília de Castilho Machado. Seguindo os passos do pai e do avô, ingressa na Faculdade Direito do Largo de São Francisco em 1919. Ainda estudante, escreve artigos jornalísticos, crítica literária e teatral no Jornal do Commercio. Embora não participe da Semana de Arte Moderna (1922), apóia as novas idéias, aproximando-se dos escritores Oswald de Andrade (1890 - 1954) e Mário de Andrade (1893 - 1945) e do crítico Sérgio Milliet (1898 - 1966).</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Em 1924, torna-se redator-chefe do Jornal do Commercio. Vai para Europa em 1925 e reúne as impressões de viagem em seu primeiro livro, Pathé-Baby, publicado um ano depois. Seu envolvimento com as idéias modernistas e a imprensa leva-o a fundar, com o ensaísta Paulo Prado, a revista Terra Roxa e Outras Terras; com Oswald de Andrade, a Revista de Antropofagia, em 1928, e com Paulo Prado e Mário de Andrade a Revista Nova, que dura de 1931 a 1932. Estréia com o livro de conto de Brás, Bexiga e Barra Funda, em 1927, e lança Laranja da China, em 1928. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Na década de 1930 intensifica suas atividades políticas - apóia o movimento constitucionalista de 1932, e se transfere para o Rio de Janeiro como secretário-geral da bancada paulista na Assembléia Constituinte. Em 1934, assume a direção do Diário da Noite e é eleito deputado federal, mas não chega a ser empossado: morre no ano seguinte por complicações de uma apendicite. Deixa inédita a peça teatral A Ceia dos Não Convidados e o romance inacabado Mana Maria, publicados postumamente. Sua obra, baseada numa prosa coloquial, aborda a rápida modernização da cidade de São Paulo, com seus automóveis, indústrias e imigrantes, principalmente os italianos".</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span class="style1"><span style="color: black;">.</span></span><span style="color: black;"></span>Eduardo Fiorahttp://www.blogger.com/profile/12176291173151427439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5302905728488546534.post-61704704856094919272011-01-02T12:17:00.002-02:002011-01-09T21:20:26.343-02:00Italianità – O jeito de ser italiano na literatura de Alcântara Machado (1)<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
</w:Compatibility>
<w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel>
</w:WordDocument>
</xml><![endif]--><!--[if !mso]><img color: #b2b2b2; " class="BLOGGER-object-element tr_noresize tr_placeholder" id="ieooui" data-original-id="ieooui" />
<style>
st1\:*{behavior:url(#ieooui) }
</style>
<![endif]--><!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin:0cm;
mso-para-margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:10.0pt;
font-family:"Times New Roman";}
</style>
<![endif]-->
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a EoIPQG7lWTY/s1600/bras-bexiga-e-barra-funda-alcantara-machado.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtvXrg-tQs7OtW3_mMd1vL315YmVGg_90Od6mjuG2AqwmtevRgxv_YXSZE9LfgxzQ2Ir4gl-F5Eo8EgmNbC8u-aGxH7HAXhk1UYKpCDEbCPY5RpLadO50mnPIRnlPkX-5hwtCQ86Wt0h4/s200/bras-bexiga-e-barra-funda-alcantara-machado.jpg" width="146" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<span style="font-size: small;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<span style="font-size: small;">Contista, cronista, crítico literário, romancista e
jornalista. Essas são as faces de Antonio Castilho de Alcântara Machado de
Oliveira (São Paulo25/05/1901 - 14/04/1935),
uma das figuras centrais do modernismo brasileiro, autor do livro Brás, Bexiga
e Barra Funda. A obra é uma seleção de 11 contos ambientados em bairros
paulistanos onde era marcante a presença de imigrantes italianos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<span style="font-size: small;">O mundo virtual da internet oferece inúmeros textos que
analisam <span> </span>Brás, Bexiga e Barra Funda. Um
deles é de autoria do embaixador <a href="http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s0103-40141993000200005">Rubens Ricupero</a>. O diplomata inicia sua análise
descrevendo o contexto histórico que permeou a obra de Alcântara Machado. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<span style="font-size: small;">“<span>As duas primeiras
décadas do século marcam o momento de maior intensidade da maneira de ser
ítalo-brasileira. Antes, predominava o ítalo, o estrangeiro inseguro,
preocupado em sobreviver, ignorante da língua e dos costumes. Depois, irá
prevalecer, pouco a pouco, o brasileiro, o neto ou bisneto de italianos
integrado na comunidade, vivendo em bairros de gente afluente, não guardando
mais do que algumas palavras na língua dos avós.</span></span></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<span style="font-size: small;"><span>Entre esses dois pólos
extremos, de cultura mais ou menos homogênea, estende-se o período híbrido da
mistura das línguas e das comidas, do apagar gradual dos valores e imagens do
país que ficou atrás e do engajamento progressivo na realidade nova. É quando os filhos de
imigrantes, confiantes em seus direitos de brasileiros natos, mais à vontade na
língua que aprenderam no Grupo Escolar do que no dialeto ouvido em casa, se
lançam à luta pela conquista de um lugar melhor na sociedade de adoção.</span></span></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<span style="font-size: small;"><span>Às vezes com
agressividade, sempre com energia, esses ítalo-brasileiros vão abrir um espaço próprio,
que a cidade lhes concede com maior ou menor dificuldade, pois está também em
plena expansão.</span></span></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<span style="font-size: small;"><span>Do burgo provinciano e
modorrento de 1800, só animado pelos estudantes da velha Escola de Direito,
quase perdendo para Campinas sua condição de Capital da Província, São </span><span>Paulo</span><span> prepara-se para ingressar no
ciclo contínuo de transformações que irá multiplicar-lhe 40 vezes a população </span><span>— dos
165 mil habitantes de 1890 para os mais de 7 milhões atuais.</span></span></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<span style="font-size: small;"><span>A prosperidade do café na
segunda metade do século XIX, antes das crises de superprodução deste século,
gera a acumulação de capitais que vai tornar possível a arrancada da
industrialização. </span></span></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<span style="font-size: small;"><span>ma convergência de circunstâncias propícias concorre para
fazer de São </span><span>Paulo</span><span> a grande metrópole industrial de hoje: os capitais dos
barões e comissários do café; a energia elétrica produzida pelos canadenses da
Light na represa Billings, vizinha à cidade; a mão-de-obra e o mercado
consumidor fornecidos pelos imigrantes; as restrições às importações
conseqüentes à Primeira Guerra Mundial.</span></span></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<span style="font-size: small;"><span>] </span></span></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<span style="font-size: small;"><span>Os imigrantes italianos
serão, ao mesmo tempo, agentes ativos e beneficiários da industrialização e os
nomes peninsulares ficarão para sempre ligados à revolução industrial paulista.
A participação italiana é sensível já na fase inicial de indústria de bens de
consumo, alimentos ou tecidos, dominada pelos Matarazzos e Crespis, durante a
qual o Conde Francisco Matarazzo aparece como a figura simbólica dos novos
magnatas, uma espécie de Rockefeller paulista. </span></span></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<span style="font-size: small;"><span>Mais tarde, ela se acentua no
desenvolvimento da indústria pesada de máquinas e equipamentos, onde a
inventividade mecânica dos italianos do norte vai criar os gigantes industriais
de hoje, os Bardellas, os Dedinis, os Romis.</span></span></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<span style="font-size: small;"><span>Se a História, mais
sensível ao êxito ostensivo do que às vidas obscuras, vai guardar apenas os
nomes dos donos de fábricas, é preciso não esquecer que eram também, em geral,
italianos os que operavam essas fábricas. E serão italianos os trabalhadores
que introduzirão no Brasil as correntes de pensamento e ação sociais da Europa
contemporânea, o que se chamava, na linguagem policial de então, as <i>doutrinas
exóticas: </i>o anarquismo, o socialismo, o movimento sindical, a organização
das primeiras greves.</span></span></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<span style="font-size: small;"><span>É nesse contexto dinâmico
de expansão econômica, de aumento da população, de modernização urbana, de
criação de oportunidades que se situam dois fenômenos, um cultural, outro
sociológico: a Revolução Modernista de 22 e a emergência da geração dos filhos
de imigrantes. Do encontro desses mundos vai surgir o livro de Alcântara Machado.</span></span></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<span style="font-size: small;"><span>Os dois movimentos
apresentam afinidades evidentes. Ambos são jovens, vigorosos, modernos,
inovadores, numa postura que se pode resumir como basicamente otimista diante
da possibilidade de construir o futuro.</span></span></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<span style="font-size: small;"><span>E o que vai explicar, no
livro, de um lado, a ênfase na descrição do que é força, ascensão, êxito, na
vida do imigrante e, de outro, o silêncio sobre o problemático e as tensões
mais profundas, a presença da dor apenas sob a forma de sentimento
individualista”.</span></span></div>Eduardo Fiorahttp://www.blogger.com/profile/12176291173151427439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5302905728488546534.post-42674500627441537762011-01-01T13:35:00.002-02:002011-01-02T11:46:58.186-02:00Memorie - Recordações do BexigaA prefeitura mantém ativo o site São Paulo Minha Cidade, aberto para receber postagens relatando memórias pessoais sobre bairros paulistanos. É o caso de <a href="http://www.saopaulominhacidade.com.br/list.asp?ID=3145">Sao Paulo Minha Cidade</a>, que relata recordações do Bexiga, bairro que recebeu grande contingentes de italianos. <br />
<br />
"Quem te viu, que te vê, meu saudoso Bexiga. Quem te viu como eu,
vem a lembrança a amizade entre os vizinhos, a parceria sincera que
norteava os amigos, sem falar da ajuda mútua sempre presente nas
famílias "bexigentas". Bons tempos foram aqueles.<br />
<br />
Nasci na Rua Major Diogo, no. 680 (esta rua começa na Rua Santo Antonio e termina na Avenida Brigadeiro Luiz Antonio).<br />
<br />
Minha
avó paterna veio da Itália (palazzo San Gervásio, província de
Potenza), viúva, com seus dois filhos: Domingos e Carlos. Este último,
Carlos Belviso, veio a ser meu pai. Minha mãe chamava-se Adelina Rubano.<br />
<br />
Chegada
da Itália, foi morar na Rua Major Diogo, no. 735, onde casou-se
novamente com Antonio Lancelotti (bastante conhecido no bairro, por sua
honestidade e bondade com o próximo).<br />
<br />
Minha infância foi alegre, saudável e muita amizade entre os coleguinhas, aliás, uma das muitas marcas do Bexiga.<br />
<br />
Fiz
o jardim da infância numa escola no Morro dos Ingleses. Lembro-me como
se fosse hoje, o sabor ainda na boca, do meu preferido, o sanduíche de
pão doce com bastante mortadela.<br />
<br />
Em seguida ao jardim da infância
estudei na escola italiana "Arnaldo Pratola", que ficava na mesma rua
onde nasci, e seu proprietário e professor era o famoso educador
Giuseppe Cardinale. Esta escola lançou as primeiras sementes para a
formação futura de nosso caráter. A disciplina, a honestidade, a
honradez, a verdade, sempre eram uns dos seus lemas. Ah!, se tivéssemos
hoje escolas desse naipe... Que maravilha.<br />
<br />
A conclusão do curso
primário deu-se no Grupo Escolar Júlio Ribeiro, na Rua Major Diogo, no.
200. Escola muito boa em que seus professores realmente se dedicavam.
Que boas lembranças tenho da professora dona Marina, que junto dos
alunos, um a um, se preciso, nos ensinava com paciência.<br />
<br />
Nesse
grupo escolar, nós, brasileiros atuantes (olhe só, tínhamos pouca idade)
fazíamos coleta de borracha para ser usada na 2a. Guerra Mundial, e
depositávamos no pátio da escola. Conseguíamos verdadeira montanha de
borracha. Época muito boa essa.<br />
<br />
Já mocinho, passei a estudar no
Colégio Santo Alberto, na Rua Martiniano de Carvalho, junto à Igreja de
Nossa Senhora do Carmo, dos padres carmelitas. Lembro-me, com saudades e
admiração, dos professores: Benedito, na matemática, Mendes, em
português, Mecozzi, no desenho, Oswaldo, na geografia, o diretor frei
Romualdo, e outros que não me vêm à memória.<br />
<br />
Nessa época os
amigos eram muitos. O Massao (Mário), filho do seu José e da dona Maria,
japoneses, proprietários da quitanda, era parceiro algumas vezes do
jogo de cartas típico italiano chamado Tre sete. Falava também um pouco
do italiano. A coisa mais gostosa na quitanda era o coco em pedaços e o
caqui.<br />
<br />
Bem em frente de minha casa, num humano cortiço, filho de
dona Giusepina e do Sr. Antonio "verdureiro", meu amigo Valter Pugliese
era um constante parceiro nas brincadeiras (futebol, jogo de bolinhas de
vidro, bate bate de folhinhas, com estampas dos jogadores da época). Na
mesma "mansão" morava um crioulo, cujo apelido era Nori, ótima pessoa e
também falava um pouco de italiano. Onde você o encontrava estava
sempre sorrindo.<br />
<br />
Meu outro vizinho do lado esquerdo de minha
casa, grande amigo também, o "Grute", seu apelido, cujo nome era Walter e
sobrenome Saladino, e seus irmãos Paschoal e Bolonha.<br />
<br />
Recordo-me
da família Cimino, que morava em frente. Lá juntavam-se várias mulheres
do bairro (pagas) para "catar" amendoim (separar as impurezas). Era uma
verdadeira zorra. Nós crianças ficávamos vendo e rindo de suas
palhaçadas. O divertimento era geral. Outro amigo que não esqueço é o
Armando Albanese e seu irmão. Este foi o precursor da famosa até hoje
Padaria São Domingos. Caso "chocante" para aquela época foi que a irmã
deles casou já grávida. Que bobagem hoje.<br />
<br />
O domingos Barinote,
que se formou médico, os Carbone, o Antonio Bracco, seus irmãos Zé
Molinho (José) e Paulo. Que penca de amigos, mas amigos verdadeiros.<br />
<br />
O
que não me sai da memória são as duas "vendas" (empórios) situadas na
minha rua: a do Felício De Carli e a outra do Gino Vanucci e seu irmão
Mário. Na do Felício fazíamos as compras dos mantimentos e outros
gêneros na velha caderneta, com pagamento mensal. Na do Gino, além de
várias compras para abastecer minha casa, eu adorava, não perdia por
nada, o famoso sanduíche composto de duas fatias grossas de queijo
parmesão e, como recheio, uma também grossa fatia de mortadela. Família
excelente os Vanucci, os Lupo, cujo amigão Dino Vanucci Lupo era
companheiro de saídas, de cinemas, de jogo de futebol. E o Roberto
Muraco, filho do açougueiro, que tinha em sua casa dois verdadeiros
guardiões, ninguém entrava em sua casa: eram os ferozes galos, muito
pior que qualquer cachorro.<br />
<br />
Outro grande colega (e era grande
mesmo) foi o russo-chinês de nome Dimitri Mamonkin. Possuía uma força
descomunal: levantava um motor de carro facilmente. Ninguém procurava
brigar com ele, ninguém era bobo para tal. Outro de que me lembro era o
André, filho do sr. José, dono do bar na esquina da Rua Major Diogo e
Conselheiro Carrão. A gente comia petiscos, e de graça. O André que
patrocinava.<br />
<br />
Os domingos eram sempre esperados. Íamos nos
cinemas, ora Espéria, ou o Cine Rex, assistir os seriados imperdíveis
como o zorro, Tom mix, Tarzan e outros. Isto durante à tarde. Pela manhã
acompanhava meu pai até a cantina mais famosa do bairro, a do Capuano. O
vinho era italiano em toneis, a sardela com pão italiano, as azeitonas
gregas enormes. Que delícia. Que tempos. Voltávamos e na grande mesa a
família toda junta saboreava a famosa macarronada com brachola e o
frango com batatas assado no forno.<br />
<br />
Este é o velho bairro do
Bixiga, que tinha os melhores pães da região. Quem não conheceu a
padaria Basilicata, a Padaria do Paladino, a padaria São Domingos. E a
famosa feira da Rua Maria José, que todas as sextas-feiras eu
acompanhava meus pais nas compras e ajudava a carregar as cestas. Nunca
faltava o velho café Tiradentes.<br />
<br />
Todas as tardes (religiosamente)
aguardávamos o querido amigo jornaleiro Mário, que vinha gritando pela
rua: “olha a Gazeta, olha o Diário, olha a Gazeta Esportiva”. Não é que
de tanto passar pela Rua Major Diogo, olhou, namorou e casou com a filha
da dona de uma pequena venda (não me lembro o seu nome)? Que festança
foi realizada!<br />
<br />
Existia ainda, e não faltava nunca, o vendedor de pasteis, os mais gostosos que comi, um senhor de cor negra e muito gentil.<br />
<br />
Na
mesma Rua Major Diogo, esquina com a Rua Humaitá, num porão, foram
feitos os melhores pirulitos por um senhor italiano (não recordo seu
nome), onde a criançada fazia fila para comprar os estupendos pirulitos.<br />
<br />
Outros
vendedores, como os de cogumelos enormes, e o vendedor de queijo que
dava nomes a eles como, por exemplo: "queijo Pina Fachioni". A Pina era
uma artista italiana da época.<br />
<br />
Lembro do Teleco, que fundou a
escola Vai Vai. Sua mãe está viva e mora no mesmo endereço, na Rua Major
Diogo. Ela deve ter mais de cem anos. Não lembro seu nome, só sei que
ela era muito brincalhona.<br />
<br />
Já mais na juventude, aos sábados à
noite, os amigos íamos à Pizzaria do Giordano, onde tinha as melhores
pizzas de São Paulo. Esta pizzaria ficava na Avenida Brigadeiro Luiz
Antonio, do lado do não mais famoso cine Paramount, com seus famosos
camarotes. Era muito chique.<br />
<br />
E a famosa Igreja Nossa Senhora de
Achiropita. Lá fiz minha primeira comunhão. Recordo-me do padre Dom
Orione, um eterno filador de cigarros.<br />
<br />
Quantas lembranças
esquecidas ficaram para trás. O tempo não passa, voa. Já se passaram
muitos anos dos acontecimentos narrados e recordados. Cada personagem
seguiu seu caminho. Alguns moram ainda no bairro, penso eu. Outros
seguiram estradas diferentes, lugares diferentes.<br />
<br />
As crianças, os jovens, os lugares, ainda estão lá no Bexiga daquela bela época. Senão, pelo menos estão na memória.<br />
<br />
Saí
do meu Bexiga pelos idos de 1971 e casei com a dona Judite. Hoje
moramos no Parque Continental, no bairro do Jaguaré, antes bairro do
Butantã".Eduardo Fiorahttp://www.blogger.com/profile/12176291173151427439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5302905728488546534.post-20476018569863509182010-12-31T14:41:00.002-02:002011-01-04T00:11:20.399-02:00História (231 ): Templos religiosos e imigração italiana em São Caetano do Sul (2)<span style="font-family: Arial;">No site da <a href="http://fpm.org.br/raizes/edicao29/pag018.pdf">Fundação Pró- Memória</a>
(autarquia municipal) texto autoria do jornalista </span><span style="font-family: Arial;">Alexandre</span><span style="font-family: Arial;"> Toler Russo, discorre sobre a construção de
igrejas São Caetano do Sul, obras ligadas diretamente a imigrantes
italianos e descendentes. </span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDt14q9MjfOwOEONM7rV1crYyflyXZKYEELPgViyoocY4eEreCS38Hiwj1p2_OK3DFu5c-sUSUt3WMeX9MkiWTXUNxoUiLGYefGfmtgic-99FKjMWpXZ9vefq6Co-zKcR-R1NJnPJB4y4/s1600/saocaetano02.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="312" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDt14q9MjfOwOEONM7rV1crYyflyXZKYEELPgViyoocY4eEreCS38Hiwj1p2_OK3DFu5c-sUSUt3WMeX9MkiWTXUNxoUiLGYefGfmtgic-99FKjMWpXZ9vefq6Co-zKcR-R1NJnPJB4y4/s320/saocaetano02.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="font-size: small;">"O crescimento da população de São Caetano exigia a criação
de um templo de maiores proporções. De fato, a igreja do Bairro da Fundação,
construída pelos colonos, já não podia comportar o grande número de fiéis da cidade. Desse modo, em 1932 já estavam em andamento os
trabalhos para a construção da Igreja Sagrada Família.Em 1936, o serviço estava
terminado.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<span style="font-size: small;">Os idealizadores da chamada Matriz Nova foram os padres José
Tondim e Alexandre Grigolli. Erguer o templo
só foi possível graças à colaboração dos cidadãos locais, das indústrias e do
comércio. </span><br />
<div class="MsoNormal" style="color: black; font-family: inherit;">
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: small;"></span></div>
</div>
<div style="color: black; font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;"><a href="http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_lit/definicoes/verbete_imp.cfm?cd_verbete=4995&imp=N"></a></span></div>
<span style="font-size: small;">A conclusão das obras ocorreu na época em que padre Ézio Gislimberti
comandava a paróquia. A decoração interna foi executada pelos pintores Pedro Gentili e
Ulderico Gentili".</span></div>Eduardo Fiorahttp://www.blogger.com/profile/12176291173151427439noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-5302905728488546534.post-19892358691348847052010-12-30T23:00:00.002-02:002010-12-30T23:02:11.115-02:00História (230 ): Templos religiosos e imigração italiana em São Caetano do Sul (1)<br />
<div class="MsoNormal">
A questão da religiosidade sempre acompanhou a trajetória dos imigrantes italianos em terras brasileiras. Na cidade de São caetano do Sul (SP) não foi diferente, conforme relato encontrado no site da <a href="http://fpm.org.br/raizes/edicao29/pag018.pdf">Fundação Pró- Memória</a> (autarquia municipal), em texto de autoria do jornalista Alexandre Toler Russo. </div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
"Em 1717, os monges beneditinos iniciaram a construção
de uma capela dedicada a São Caetano. Ficava no mesmo lugar em que hoje se
encontra a Paróquia São Caetano (Matriz Velha). Em 1772, profunda reforma foi
empreendida, sendo instalados coro, capelamor, sacristia, torre e sino. Nos
séculos XVIII e XIX, missas eram rezadas, todos os domingos, para os
moradores do Bairro de São Caetano e para os escravos da fazenda dos monges
beneditinos. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Na capela também eram realizados sepultamentos. No final do
século passado, os imigrantes italianos que vieram para o Núcleo Colonial de
São Caetano depararam- se com o pequeno local de culto. Em 1883, demoliram a
capela e construíram a igreja conhecida, hoje em dia, por Matriz Velha.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj19RMNCRum4mzjzawuJuj-MZf-8ed72lqQmuBqDBVmXl0iZdY0I0T6ZIBlB5sZuBI0OBTtQ7DyP4h6Zz9tTxQztBv8-spNEbO_7uJudOnfOEF9LrHDUd_DOhSEyJ8g64YpdAqx-GyB4Tg/s1600/s%25C3%25A3o+caetanoMatriz_Velha_1908.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="230" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj19RMNCRum4mzjzawuJuj-MZf-8ed72lqQmuBqDBVmXl0iZdY0I0T6ZIBlB5sZuBI0OBTtQ7DyP4h6Zz9tTxQztBv8-spNEbO_7uJudOnfOEF9LrHDUd_DOhSEyJ8g64YpdAqx-GyB4Tg/s320/s%25C3%25A3o+caetanoMatriz_Velha_1908.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Matriz Velha em 1908</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Até o ano de 1911, quando foi instalada a Paróquia de Santo
André, os habitantes de São Caetano não dispunham de assistência religiosa
satisfatória. A partir dessa data, contudo, o padre Luiz Capra, sempre aos
domingos, passou a celebrar missas no templo erguido pelos colonos. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Em março de 1924, finalmente, foi constituída a Paróquia São
Caetano, confiada aos padres estigmatinos. O primeiro vigário foi o padre João
Batista Pelanda. O coadjutor era o padre Alexandre
Grigolli. Em 1946, a igreja foi contemplada com um altar feito de mármore -
trabalho de Garbarino Giácomo Filho".</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>Eduardo Fiorahttp://www.blogger.com/profile/12176291173151427439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5302905728488546534.post-74053094434431288402010-12-29T17:36:00.000-02:002010-12-29T17:36:31.798-02:00Italiani – O legado de Celeste De Nardi na colonização de São Caetano do Sul (2)<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
</w:Compatibility>
<w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel>
</w:WordDocument>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin:0cm;
mso-para-margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:10.0pt;
font-family:"Times New Roman";}
</style>
<![endif]-->
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXmBBw_6tmmkXRNLrkF974IMD0xV4LWtGNMPh6v8uyIQKhgKlEF3f7bsQ6shrheWISSr-YN_ILQpbJy-rZ1ILG2nsbdaGfyw_vxOp9WarwffjYaPnpRhFOTNVl0InEOUttfvHiXumjFl8/s1600/Museu_Museufachadalateral.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="171" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXmBBw_6tmmkXRNLrkF974IMD0xV4LWtGNMPh6v8uyIQKhgKlEF3f7bsQ6shrheWISSr-YN_ILQpbJy-rZ1ILG2nsbdaGfyw_vxOp9WarwffjYaPnpRhFOTNVl0InEOUttfvHiXumjFl8/s200/Museu_Museufachadalateral.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
O pioneirismo dos De Nardi legou à cidade o chamado Palacete
De Mardi, hoje sede do Museu Histórico Municipal de São Caetano do Sul,
administrado pela <a href="http://www.fpm.org.br/raizes/edicao38/RAIZES%2038%20-%20pag%20028.pdf">Fundação
Pró-Memória de São Caetano do Sul</a> , autarquia municipal criada em
junho de 1991, que em texto assinado pelo historiador Clovis Antonio Esteves
resgata a história do casarão. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
" A família dos De Nardi residiu no Palacete por muitos
anos. No espaçoso terreno havia um pomar com vários tipos de frutas e, na
frente da casa, havia um jardim com muitas flores e um frondoso cipreste.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Ao lado deste jardim, havia uma capela com a imagem de São
João Batista, aonde o padre vinha rezar o terço em determinadas épocas. Aos
domingos, a família se reunia para o almoço ao redor de uma farta mesa, em que
o patriarca recordava os momentos passados na Itália, e todos ouviam com muita
atenção e interesse. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Em 1937, o Palacete De Nardi abrigou em seu espaço, que foi
dividido, uma família oriunda de Minas Gerais, mais precisamente da
cidade de Andradas. Esta família era formada pelo casal Gabriel Rosa Alves e
Mariana Norberta de Souza e seus nove filhos. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A família De Nardi permaneceu no Palacete até 1940. Em
seguida, o local foi vendido para a família Perrella, que morava em frente.
Depois, a residência acabou sendo uma padaria, e abrigou vários inquilinos,
sendo inclusive sede de time de futebol, o América Futebol Clube, na década de
1950. Nos anos 1970, o imóvel já tinha sofrido várias modificações e se
encontrava em total abandono.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
No dia 9 de agosto de 1985, o prefeito Hermógenes Walter
Braido, pelo decreto 4674/85, declara o referido imóvel de utilidade
pública para fins de instalação do Museu Municipal. É iniciado o processo de
restauração do imóvel, com a orientação técnica do Conselho de Defesa do
Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT),
órgão público estadual. Após três anos de exaustivo trabalho, o Palacete
De Nardi foi entregue em 29 de dezembro de 1988 para abrigar o Museu”.</div>
<br />
<span style="font-family: Tahoma;"> </span><br />Eduardo Fiorahttp://www.blogger.com/profile/12176291173151427439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5302905728488546534.post-57880072612550869172010-12-29T17:22:00.000-02:002010-12-29T17:22:28.366-02:00Italiani – O legado de Celeste De Nardi na colonização de São Caetano do Sul (1)<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
</w:Compatibility>
<w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel>
</w:WordDocument>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin:0cm;
mso-para-margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:10.0pt;
font-family:"Times New Roman";}
</style>
<![endif]-->
<br />
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Tahoma;">A imigração italiana <span> </span>na região de São Caetano do Sul (SP), a família
De Nardi tem papel de destaque. O pioneirismo dos De Nardi é resgatado no site
da <a href="http://www.fpm.org.br/raizes/edicao38/RAIZES%2038%20-%20pag%20028.pdf">Fundação Pró-Memória de São Caetano do Sul</a> , autarquia municipal criada <span> </span>em junho de 1991, em texto assinado pelo
historiador <span>Clovis Antonio Esteves.</span>
</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Tahoma;">“A família De Nardi chegou
a São Caetano do Sul em 28 de julho de 1877, na primeira leva de imigrantes
italianos vindos da província de Treviso, Itália. Tinha como patriarca Giovanni
De Nardi, que recebeu o lote 24 do Núcleo Colonial, instituído pelo Governo
Imperial com o objetivo de iniciar a colonização da Fazenda São Caetano, que até
então pertencia aos monges beneditinos, substituindo o trabalho escravo por
trabalho livre para obter maior desenvolvimento da região. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Tahoma;">Celeste De Nardi, um dos filhos
de Giovanni, recebeu o lote 23 do mesmo</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Tahoma;">Núcleo. Em 1880, casou-se
com Lorenzina Gava, sendo este casamento o primeiro a ser registrado em São
Caetano. Celeste e Lorenzina foram morar na casa de Giovanni De Nardi, que
possuía uma olaria de fabricação de tijolos.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Tahoma;">Celeste De Nardi havia
aprendido o oficio de pedreiro já na distante Itália, e foi</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Tahoma;">ele que desenvolveu o
trabalho de reforma da antiga capela dos beneditinos, logo no início do Núcleo
Colonial. Mais tarde, começou a construir a sua casa, no lote</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Tahoma;">vizinho ao de seu pai; em
1896, quando terminou a obra, foi residir neste local. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQs-67-wJNFEHuCoN30amNdEEv_ZrN9TW9n-bwKC4nq4woh80danLxXZa6bgzh2KQ5SHpwbMU37a8r6dNfTAP7lIwGLp_N-dEbNXPoytcHyc0GWon-WIBgFhmvBu1Zm8BPV3SkiuKqadQ/s1600/palacete+nardi+c%25C3%25B3pia.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="197" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQs-67-wJNFEHuCoN30amNdEEv_ZrN9TW9n-bwKC4nq4woh80danLxXZa6bgzh2KQ5SHpwbMU37a8r6dNfTAP7lIwGLp_N-dEbNXPoytcHyc0GWon-WIBgFhmvBu1Zm8BPV3SkiuKqadQ/s320/palacete+nardi+c%25C3%25B3pia.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Tahoma;">Esta casa com grandes
cômodos tinha uma fachada suntuosa e uma arquitetura bastante arrojada,
inspirada nos modelos de construções da Europa. Este padrão de residência não
era comum naqueles tempos, e só as famílias mais abastadas podiam construir
algo deste gabarito. Os tijolos empregados foram produzidos na olaria dos De
Nardi. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Tahoma;">Esta casa, que chamava a
atenção pela sua grandiosidade, passou a ser chamada de Palacete De Nardi. Celeste
De Nardi foi também quemdesenvolveu os trabalhos de
construção da Matriz Velha, bem como de outros prédios em São Caetano,
como a sede da Sociedade de Mutuo Socorro Príncipe de Nápoli e a Cadeia Pública.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Tahoma;">Logo que a família De Nardi
foi morar no Palacete, um dos cômodos da</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Tahoma;">moradia foi cedido para
abrigar a escola feminina, uma vez que as aulas estavam</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Tahoma;">sendo ministradas,
provisoriamente, na igreja, já que as casas das antigas senzalas onde
funcionavam as escolas da época, tanto feminina como masculina, haviam sido
cedidas a moradores. Esta escola, que passou a ser denominada Primeira Escola Feminina,
permaneceu no Palacete até a construção do primeiro prédio do grupo escolar".</span></div>Eduardo Fiorahttp://www.blogger.com/profile/12176291173151427439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5302905728488546534.post-40561767718293706072010-12-28T22:43:00.001-02:002010-12-29T09:47:58.724-02:00História (229 ) – “Far l’America (134 )": Rivalidades regionais entre os imigrantes italianos na cidade de Campinas (2)A pesquisadora Maria Lúcia de Souza RangelRicci, do Centro de Memória
Unicamp, autora do artigo ”Conflitos D’Italianità e Ambigüidades das
Diferentes Societàs em Campinas e seus Distritos de Sousas e Joaquim Egídio
(SP)”, publicado no site da <a href="http://sbph.org/2006/historia-poder-e-sociedade/maria-lucia-de-souza-rangel-ricci">Sociedade Brasileira de Pesquisa Histórica</a>, assim descreve o associativismo regional dos imigrantes.<br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
“(.... ) Os italianos que se fixaram em Campinas englobando
dois de seus atuais Distritos - Sousas e Joaquim Egídio - procuraram se reunir
por meio de associações que conservavam um cunho nitidamente regional, aliás,
idéia corrente na Itália de fins do século XIX, quando o Estado há pouco
formado, não havia ainda sobrepujado a noção de região (RIOS, l950).
Predominaram as ligas e sociedades beneficentes, de mútuo socorro, com
denominações patrióticas, onde os indivíduos cultivavam também as tradições e
atavismos de sua terra natal; as festas que promoviam eram as que prevaleciam
em suas regiões e não as do país que estavam habitando, as quais lhes eram
indiferentes.<br />
</div>
<div class="MsoNormal">
(...)Assim, onde estivessem algumas dezenas de peninsulares,
logo surgiria uma associação que sempre manteve espírito individualista o que
constituiu sério obstáculo para o florescimento e continuidade da maior parte
das associações.<br />
</div>
<div class="MsoNormal">
Com seus estandartes, bandeiras e com número variável de
participantes, as associações italianas promoviam comemorações principalmente
em suas datas nacionais (onde era indispensável a presença da banda musical).<br />
</div>
<div class="MsoNormal">
Em Campinas, desde o final do século XIX várias sociedades
foram formadas e, em 1883, foi fundada a XX de Setembre que além de bailes
promovia piqueniques no Bosque das Caneleiras (hoje Jequitibás), além de festas
típicas italianas.<br />
</div>
<div class="MsoNormal">
Foi muito comentada pela imprensa campineira da época a
festa promovida por esta Sociedade em julho de 1897, em homenagem à memória de
Sadi Carnot, sendo que um grande baile teve lugar no Salão Vitória, o mais
imponente da Campinas de então. Mas, a imprensa ainda deu vivo destaque à
discussão havida durante a comemoração entre o presidente da XX de Setembre -
Vito Zaccara - e Antônio Vignone, que conduzia a Famigliari Regina Margherita.
O desentendimento, fruto da rivalidade existente entre ambas, foi decorrente de
a Regina Margherita estar com saldo em sua conta menor que a XX de Setembre,
além do número de sócios desta última associação ser maior.<br />
</div>
<div class="MsoNormal">
Como se vê os motivos nem sempre eram relevantes e, com
isto, as sociedades iam se enfraquecendo. Pouco tempo depois estas duas
deixaram de existir, cedendo lugar a outras que se dedicaram principalmente à
manutenção de escolas onde o prioritário era o ensino do italiano, mas sem
deixar de lado a função assistencial”.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>Eduardo Fiorahttp://www.blogger.com/profile/12176291173151427439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5302905728488546534.post-21481971330571375872010-12-27T14:09:00.001-02:002010-12-29T09:44:46.049-02:00História (228 ) – “Far l’America (133 )": Rivalidades regionais entre os imigrantes italianos na cidade de Campinas (1)<div class="MsoNormal">
<br />
O caráter heterogêneo da imigração italiana no Brasil,
marcado pela diferenças sócio-culturais dos pioneiros oriundos de diferentes
regiões da Península Itálica, se refletiu, de imediato, na vida cotidiana, como
demonstra a pesquisadora Maria Lúcia de Souza RangelRicci, do Centro de Memória
Unicamp, autora do artigo ]”Conflitos D’Italianità e Ambigüidades das
Diferentes Societàs em Campinas e seus Distritos de Sousas e Joaquim Egídio
(SP)”, publicado no site da <a href="http://sbph.org/2006/historia-poder-e-sociedade/maria-lucia-de-souza-rangel-ricci">Sociedade Brasileira de Pesquisa Histórica</a> .<a href="http://sbph.org/2006/historia-poder-e-sociedade/maria-lucia-de-souza-rangel-ricci"></a></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
“Em 1874, encontramos em Campinas os primeiros italianos e
já em l896 representavam eles quase o dobro das demais correntes imigratórias.
Em l907, ocupavam o primeiro lugar no Estado de São Paulo
nas estatísticas referentes à imigração.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A maioria dos imigrantes italianos chegou às regiões ora
estudadas procedentes do Norte da Itália, contratado para o trabalho na lavoura
do café embora sem ter especialização e nem mesmo ofício determinado e com
família já constituída. Mas, todos vieram com seus seculares preconceitos
regionais.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Não seria, pois, com indivíduos tão heterogêneos, com
tendências de independência econômica, de enriquecimento, além de muitos
almejarem logo voltar ao seu torrão natal, possível formar quadros fixos de
operários permanentes em determinado ofício.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Com um pessoal que assim pensava, com um nacionalismo exacerbado,
desprezando o país em que se encontravam, apontando como estigma as doenças
tropicais, as pragas, os insetos, considerando inferiores negros, mulatos e
caboclos vendo-os como vadios, dados à embriaguez, mal vestidos e alimentados,
não seria possível se esperar deles nos primeiros momentos da chegada algum
interesse proveitoso à vida brasileira.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
(...) A crise cafeeira iniciada em l929 transformou a
situação até então existente nas áreas paulistas: grandes latifúndios foram
repartidos e até abandonados e os colonos puderam, com o que conseguiram
amealhar, se transformarem em pequenos proprietários, formarem seus sítios com
a família e, assim, se emanciparem.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Especificamente no caso de Campinas, considerando-se que
constituíam um grande contingente, não tardou muito para que se envolvessem em
algumas confusões, apesar de seu temperamento geralmente alegre, mas agitado.
Assim, uma das primeiras que se tem notícia foi a 7 de abril de 1879 - a
chamada Revolução dos Italianos - quando saíram às ruas, em grande arruaça e
armados, unicamente, de... sapatos! Nunca se soube exatamente o porquê deste
movimento; pelo que noticiou a imprensa da época poderia ter sido para obtenção
de melhores salários nas fazendas e mais trabalho na zona urbana.</div>
<div class="MsoNormal">
Foi este acontecimento o germe primeiro para a futura
criação do Vice-Consulado na cidade a fim de que os problemas que por vezes
surgiam mesmo fossem resolvidos através da autoridade competente”.</div>Eduardo Fiorahttp://www.blogger.com/profile/12176291173151427439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5302905728488546534.post-9100205022879051862010-12-26T12:57:00.000-02:002010-12-26T12:57:12.708-02:00Italianitá– O jeito de ser italiano na literatura do modernismo brasileiro:as sátiras de Juó Bananére (4)<br />
<div class="MsoNormal">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzFEt5DH23-Oa8SRTItYiFY_kdZ3-1YTjNsRXdQmsr-EGKQfEfFY_apQPC-A47OT-sUY5O6PwcvmGOb3H9yPHdbQFUaePDtSjpKCNp0VAjI4fNJP4YmHZ0r8_6dEZpJ_89cTBAQKgl4gk/s1600/pirralho.gif" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzFEt5DH23-Oa8SRTItYiFY_kdZ3-1YTjNsRXdQmsr-EGKQfEfFY_apQPC-A47OT-sUY5O6PwcvmGOb3H9yPHdbQFUaePDtSjpKCNp0VAjI4fNJP4YmHZ0r8_6dEZpJ_89cTBAQKgl4gk/s320/pirralho.gif" width="254" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: left;">Bilac de armadura em ilustração de Voltolino </td><td class="tr-caption" style="text-align: left;"></td><td class="tr-caption" style="text-align: left;"><br /></td><td class="tr-caption" style="text-align: left;"></td><td class="tr-caption" style="text-align: left;"></td></tr>
</tbody></table>
Em 1915, o poeta Olavo Biliac fazia uma visita a São Paulo
no boljo da Campanha Civilista (iniciada por Rui Barbosa em 1910 opondo-se à
candidatura presidencial do marechal Hermes da Fonseca) . As páginas da revista
“O Pirralho” apoiavam os civilistas. Mas o cronista Juó Banaére, pseudônimo do
poeta e jornalista Alexandre Ribeiro Marcondes
Machado, não poupava críticas irônicas a Bilac e, por ocasião da visita do
“Príncipe dos poetas brasileiros” a São Paulo,
publicava o artigo “O NAZIONALZIMO - A migna visita na Cademia di Cumerço du
Braiz”. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Após a publicação das críticas Bilac, Bananére deixaria de fazer do
quando de cronista de “O Pirralho”, conforme anunciava a própria revista na edição seguinte: "Deixou de fazer
parte desta revista o talentoso moço Alexandre
Marcondes Machado, que sob o interessante pseudônimo de Juó de Bananére vinha
ha muitos annos com as suas magníficas “Cartas d’Abaxo O´Piques” desopilando o
fígado dos nossos leitores. Ao optimo companheiro os nossos agradecimentos com
os melhores votos de felicidade".<br />
</div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
Elias Thomé Saliba (Departamento. de História – USP), em
artigo publicado na Revista de História ( n.137, São Paulo, dez. 1997)
relembra e comenta esse episódio:</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
“Contra a maré de elogios e saudações públicas ao
"príncipe dos poetas brasileiros", Juó Bananére escreveu uma
impertinente paródia da presença de Olavo Bilac em São Paulo
e, sobretudo, da famosa oração que o poeta pronunciou aos estudantes da
Faculdade de Direito. Esta paródia foi publicada, um dia depois da festiva
aparição de Bilac na Faculdade de Direito, na coluna de Bananére, em O
Pirralho. </div>
<div class="MsoNormal">
Bananére começa com uma notícia triunfal:‘A vesta do Bilacco - Quartaferra teve a nunciada visita du
Bilacco, principe dus poeta brasileiro, o Dante nazionalo! Uh! Mamma mia, che sucesso!
O saló stava xíinho di gente pindurado. Gada lustro apparicia un gaxo de banana
di gente. Bilacco disse moltos suneto gotuba<a href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=5302905728488546534&postID=910020502287905186" name="tx01"></a>’</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
.O problema é que a paródia envereda depois por lances mais
delicados, por exemplo, quando o próprio Bananére se compara a Bilac: ‘Nom é só o Bilacco que é uleomo de lettera -(ío) també
scrivo verso, ió també scrivo livro di poesies chi o Xiquigno vai inditá, i chi
undia va vê si nom é migliore dus livros du Bilacco... ‘</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Em seguida, o próprio Bananére aparece como convidado para
uma ‘circunferenza na Gademia di Commerco du Braiz’; seu discurso, inteirinho
em macarrônico, é uma paródia absolutamente anárquica da fala nacionalista de
Bilac: </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
‘Signori! Io stó intirigno impegnorato con ista magnifica
rocepicó chi vuceio acaba di afazê inzima di mim. É moltas onra p'un pobri
marqueiz! (tutto munnno grita: nó apuiado!) Io ê di si ricordá internamente, i
con molta ingratidó distu die di oggi! I aóra mi permitano che io parli un
pocco da golonia italiana in Zan Baolo, istu pidaçó du goraçó da Intalia,
atirado porca sorte inzima distas praga merigana. É una golonia ingolossale!
Maise di mezzo milió di italiano stó ajugado aqui, du Braiz, ó Buó Rittiro, i
du Billezigno ó Bizigue! I chi faiz istu mundo di intaliano chi non toma gonta
du Cumerçu, das Fabrica, da pullitica, du guvernimo - i non botta u Duche dus
Abruzzo come prisidenti du Stá nu lugáro du Rodrigo Arveros?’ </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Finalmente, Bananére conclui sua arenga anárquica,
parodiando a célebre retórica de Bilac. (Lembre-se, aqui, dos famosos reptos do
discurso de Bilac, por exemplo, quando dizia: "O que se tem feito, o que
se está fazendo, para a definitiva constituição da nacionalidade?"). Eis
Bananére: </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
‘I quali é consequenza diste relaxamento? É qui os intaliano
aqui non manda nada quano puteva inveiz aguverná ista porcheria! Quale é a
consequenza da bidicaçó da nostra forza i du nostro nacionalismo? É chi nasce
una crianza, a máia é intaliana, o páio é intaliano e illo nasce é un gara di
braziliano! Istu no podi ingontinuá, no! A voiz chi sono giovani i forte
cumpette afazê a reaccó, cumbattê, vencê e dinuminá istu tudo! Tegno dito"
- Rompi una brutta sarva di parma. Mi begiário, mi giugáro flor e mi liváro
incarregado até o bondi inlétrico" (O Pirralho, 1915, p.9)’. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mas, na realidade não houve nem beijos nem abraços
triunfais, pois a cidade e sua jovem elite intelectual, parece, não estavam
para brincadeiras. Os estudantes da Faculdade de Direito, no dia seguinte
dirigiram-se afoitos, em magotes, para uma manifestação em frente a redação d'O
Pirralho - que então se localizava na rua XV de novembro, exigindo a demissão
do jornalista e ameaçando empastelar o jornal. Bananére é então demitido,
perdendo o seu lugar de "barbieri e giurnaliste" na sua famosa coluna
"Diário do Abaixo Piques" (O Estado de São Paulo,
1915, p.7). Parecia claro que, à parte as desavenças pessoais que ajudavam a
fermentar o conflito, o anarquismo lingüístico de Juó Bananére não se
enquadrava facilmente em fórmulas e manifestos, que pediam um mínimo de
clareza, renunciando a qualquer tipo de ambigüidade.O episódio é muito
revelador dos compromissos que a jovem intelligentsia de São Paulo
tinha com aquele nacionalismo algo difuso mas, que se nutria de uma única
certeza: sua raiz paulista, ávida por construir e reforçar uma hegemonia e, se
possível, estendê-la ao campo das letras e da cultura. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Após a saída de O Pirralho, o cronista macarrônico chegou a
escrever, a partir de 1916, muito esporadicamente nas revistas semanais O
Queixoso e A Vespa. Na primeira, Marcondes Machado comparece com uma coluna
intitulada "Sempr'avanti! - e na segunda revista, com a sua coluna
"Cartas d'Abax'o Piques." Mas será em "O Queixoso", no
final do ano de 1916, que Bananére irá detonar seu segundo desentendimento com
o então jovem estreante nas letras, Oswald de Andrade”. </div>Eduardo Fiorahttp://www.blogger.com/profile/12176291173151427439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5302905728488546534.post-49538055403501158532010-12-25T12:01:00.001-02:002010-12-25T12:02:04.017-02:00História (227) - "Far l´America (132 )": Imigração e o desenvolvimento das colônias na Serra Gaúcha<div class="MsoNormal">
“Uma gama de legislações, Provincial e Imperial, regulava a
colonização das terras desocupadas, criando uma administração central em cada
colônia. Um corpo funcional foi designado para a administração dos projetos de
colonização e urbanização das áreas antes devolutas. A localização desta sede
era escolhida em um lugar conveniente, que posteriormente se transformaria no
centro do município. As primeiras instalações destas sedes (havia uma
para cada uma das quatro colônias italianas) foram a casa da Comissão de Terras
e Colonização, o Barracão para receber os imigrantes, um depósito de materiais
e almoxarifado, o cemitério e as residências dos funcionários do governo.
Posteriormente eram construídas uma igreja e uma escola (MACHADO e HERÉDIA,
2003). Logo estes núcleos foram sendo ampliados com a construção de mais
moradias para os imigrantes que não se adequavam ou não queriam se dedicar às
atividades agrícolas,surgindo assim os primeiros estabelecimentos de serviços,
como oficinas, funilarias, botequins, casas de negócios etc.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Machado e Herédia (2003) apontam que no final do século XIX,
toda a região dava sinais de prosperidade. Muitas pequenas indústrias já tinham
sido instaladas. Em Caxias havia 65 moinhos, 41 serrarias, 35 alambiques, 27
ferrarias, 17 engenhos de cana, 9 curtumes, duasfunilarias, além de um sem
números de outros estabelecimentos. Como resultado do crescimento econômico que
as colônias vinham alcançando, em 1884 foram emancipadas as colônias de Caxias,
Dona Isabel e Conde D’Eu, passando à condição de distritos.
Apenas seis anos depois, em 1890, foi criado o município de Caxias,
tendo por sede</div>
<div class="MsoNormal">
a Vila de Caxias” (de Cláudio
Vinícius Silva Farias autor de <a href="http://www.rbgdr.net/022009/artigo3.pdf">A indústria
vitivinícola e o desenvolvimento regional no RS: uma abordagem
neoinstitucionalista da imigração italiana aos dias atuais".</a> ) <a href="http://www.rbgdr.net/022009/artigo3.pdf"></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
</div>Eduardo Fiorahttp://www.blogger.com/profile/12176291173151427439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5302905728488546534.post-1988816660721543482010-12-24T00:12:00.002-02:002010-12-24T00:12:00.332-02:00História (226) – “Far l’America” (131): Vitivinicultura em Caxias do Sul nos primeiros tempos da grande imigração<br />
<div class="MsoNormal">
Um relato do trabalho dos imigrantes italianos nas férteis
terra da Serra Gaúcha pode ser conferido no texto de de Cláudio
Vinícius Silva Farias, do Programa de Pós-Graduação em Economia, Universidade do
Vale do Sinos – UNISINOS. O título do artigo é <a href="http://www.rbgdr.net/022009/artigo3.pdf">“A indústria
vitivinícola e o desenvolvimento regional no RS: uma abordagem
neoinstitucionalista da imigração italiana aos dias atuais".</a><a href="http://www.rbgdr.net/022009/artigo3.pdf">
</a><br />
<a href="http://www.rbgdr.net/022009/artigo3.pdf"><br /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxJEjGcw6dcbb7tEfj5y92XjheyRaROQFxXeKRhnFw0ZFrrvWKWS4-Sby7tax0H8j0t_84EuyR7fsuVFD7l-4CX2c-A5vLXbNwC2OwrvWrBJ546wpK6EI8uDr4e57jeaIjGAKqTqhHY8w/s1600/Vale+dos+Vinhedos+I.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="236" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxJEjGcw6dcbb7tEfj5y92XjheyRaROQFxXeKRhnFw0ZFrrvWKWS4-Sby7tax0H8j0t_84EuyR7fsuVFD7l-4CX2c-A5vLXbNwC2OwrvWrBJ546wpK6EI8uDr4e57jeaIjGAKqTqhHY8w/s320/Vale+dos+Vinhedos+I.jpg" width="320" /></a></div>
“Os primeiros colonos trouxeram consigo mudas de novas variedades
de uvas, auxiliando no aperfeiçoamento da qualidade do vinho produzido na
região.Passados as duas primeiras safras, que garantiram a
subsistência dos colonos, começaram a surgir os primeiros excedentes dos
produtos agrícolas e agroindustriais (ainda que de forma rudimentar), dando
início a um comércio inter-regional e, logo a seguir, estadual e nacional, a
despeito de todas as dificuldades logísticas existentes à época. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Além dos
produtos agrícolas tradicionais da subsistência colonial (milho, batata, trigo,
arroz e feijão), as plantações de uvas se adaptaram muito bem ao clima (principalmente
as do tipo Isabel), gerando os maiores excedentes entre os produtos da região. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Em 1883, o cônsul italiano em Porto Alegre relatou: “a videira cresce de modo
surpreendente. Já no segundo ano dá uva e no terceiro a colheita é abundante.
Segundo afirmações de muitos colonos, foi precisamente esta riqueza agrícola
que reteve os nossos imigrantes. Em Conde D’Eu produziu-se em 1881
aproximadamente 5.000 hectolitros de vinho. No presente ano espera-se obter o
triplo” (COSTA et al, 1999)”. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br /></div>Eduardo Fiorahttp://www.blogger.com/profile/12176291173151427439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5302905728488546534.post-76502579266562751032010-12-23T00:14:00.002-02:002010-12-23T00:14:00.398-02:00Italianitá– O jeito de ser italiano na literatura do modernismo brasileiro:as sátiras de Juó Bananére (3)<br />
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
Os textos no dialeto macarrônico criado por Juó Bananére
(pseudônimo de Alexandre Marcondes Machado) ganharam
fama na revista O Pirralho, a partir de 1911. Posteriormente foram reunidos no
livro La Divina Increnca, cuja primeira edição data de 1924 (Irmãos Marrano, Editores).</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O poema Migna Terra, por exemplo,
brinca, no macarronês de Bananére, com o famoso poema Canção do Exíio do poeta romântico Gonçalves Dias. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>MIGNA TERRA <a href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=5302905728488546534&postID=7650257926656275103" name="_ftnref2"></a> </b></div>
<div class="MsoNormal">
(Juó Bananére)</div>
<div class="MsoNormal">
Migna terra tê parmeras,</div>
<div class="MsoNormal">
Che ganta inzima o sabiá,</div>
<div class="MsoNormal">
As aves che stó aqui,</div>
<div class="MsoNormal">
Tambê tuttos sabi gorgeá.</div>
<div class="MsoNormal">
A abobora celestia tambê,</div>
<div class="MsoNormal">
Chi tê lá na mia terra,</div>
<div class="MsoNormal">
Tê moltos millió di strella</div>
<div class="MsoNormal">
Chi non tê na Ingraterra.</div>
<div class="MsoNormal">
Os rios lá sô maise grandi </div>
<div class="MsoNormal">
Dus rio di tuttas naçó;</div>
<div class="MsoNormal">
I os matto si perdi di vista,</div>
<div class="MsoNormal">
Nu meio da imensidó.</div>
<div class="MsoNormal">
Na migna terra tê parmeras,</div>
<div class="MsoNormal">
Dove ganta a galligna dangolla;</div>
<div class="MsoNormal">
Na migna terra tê o Vapr’elli,</div>
<div class="MsoNormal">
Chi só anda di gartolla.<br />
<br />
<b>Canção do Exílio</b><br />
<br />
Minha terra tem palmeiras,<br />
Onde canta o Sabiá;<br />
As aves, que aqui gorjeiam,<br />
Não gorjeiam como lá.<br />
<br />
Nosso céu tem mais estrelas,<br />
Nossas várzeas têm mais flores,<br />
Nossos bosques têm mais vida,<br />
Nossa vida mais amores.<br />
<br />
Em cismar, sozinho, à noite,<br />
Mais prazer encontro eu lá;<br />
Minha terra tem palmeiras,<br />
Onde canta o Sabiá.<br />
<br />
Minha terra tem primores,<br />
Que tais não encontro eu cá;<br />
Em cismar — sozinho, à noite —<br />
Mais prazer encontro eu lá;<br />
Minha terra tem palmeiras,<br />
Onde canta o Sabiá.<br />
<br />
Não permita Deus que eu morra,<br />
Sem que eu volte para lá;<br />
Sem que desfrute os primores<br />
Que não encontro por cá;<br />
Sem qu’inda aviste as palmeiras,<br />
Onde canta o Sabiá.<br />
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Análise acadêmica</b><br />
</div>
<div class="MsoNormal">
No site da Unicamp, uma das mais renomadas Universidades do
Brasil, Cesar Augusto de Oliveira Casella analisa o poema Migna
Terra no texto “<a href="http://www.unicamp.br/iel/site/alunos/publicacoes/textos/l00004.htm">La Divina Insgugliambaçó ou ‘como se lê um poema em português macarrônico</a>” <br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
“Migna Terra’ não é apenas uma paródia cômica do poema de
Gonçalves Dias, mas um canto paralelo, pois ao mesmo tempo em que ironiza seus
aspectos ufanistas e patrioteiros, presentifica o tema, atualizando-o para uma
nova situação. Através do conflito operativo de dois idiomas, o italiano e o
português, e sua resultante na invenção de uma nova linguagem, traz à tona um
momento histórico diverso daquele cantado pelo poema romântico”, analisa
Cristiana Fonseca<a href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=5302905728488546534&postID=7650257926656275103" name="_ftnref10"></a>. Além deste aspecto
histórico e social, e para além também do aspecto literário e estético, podemos
trabalhar o imbróglio de idiomas de que se serve o autor. A oralidade subjacente
à escrita de Juó é evidente. Pode-se ouvir um imigrante italiano que veio,
ignorante e esperançoso, trabalhar braçalmente no Brasil, ou melhor, nas
lavouras de café do interior paulista, território bem conhecido pelo engenheiro
Alexandre Machado, e que por um motivo ou
outro, acabou encravado em um bairro de imigração italiana na cidade de São Paulo.<br />
<br />
Temos a mistura explicita e gráfica dos idiomas em galligna, em dove, em tuttas,
em moltos. Temos índices da suposta ignorância, atribuída aos imigrantes ítalo-paulistanos,
em abobora celestia substituindo abobada celestial, em maise grandi no lugar de
maior. Temos aspectos ligados a sonoridade em abobora, que não possui o acento
para que haja uma maior aproximação com o idioma italiano, em tê e em tambê, quando
o final é alterado para se aproximar foneticamente do linguajar italianado”.
</div>Eduardo Fiorahttp://www.blogger.com/profile/12176291173151427439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5302905728488546534.post-32356564208453009862010-12-23T00:06:00.001-02:002010-12-23T00:06:00.802-02:00Italaini - Ottone Zorlini: arte e polêmica<br />
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<span class="style19">Autor do polêmico monumento Travessia do
Atlântico, Ottone Zorlini (Treviso Itália 1891 - São </span><span class="style19">Paulo</span><span class="style19"> SP 1967) é
assim descrito no verbete da </span><span class="style19"> <a href="http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=artistas_biografia&cd_verbete=2971&cd_item=34&cd_idioma=28555">Enciclopédia Itaú Cultural<br />
</a></span><br />
<span class="style19"> .</span></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAKrpgzYg2cqltXzVwtYqe2B2Db9kfqaTPc0K2yW8I1gBYFTFtKilip3CrkNE9lXATldqO6gk-r5gdCsWtor5o0XvuDX27CBzTb_TWebWvquZLoxm3rpdJyoHxNwR8wTxsRb-zz2fEgC4/s1600/002019003013.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAKrpgzYg2cqltXzVwtYqe2B2Db9kfqaTPc0K2yW8I1gBYFTFtKilip3CrkNE9lXATldqO6gk-r5gdCsWtor5o0XvuDX27CBzTb_TWebWvquZLoxm3rpdJyoHxNwR8wTxsRb-zz2fEgC4/s200/002019003013.jpg" width="141" /></a></div>
<span class="style19">“Pintor, escultor, desenhista e
ceramista. Inicia sua trajetória profissional, aos 13 anos de idade,
quando começa a trabalhar em uma fábrica de cerâmica. Muda-se para Veneza, onde
em 1906, cursa a Academia de Belas-Artes e freqüenta os ateliês do escultor
Umberto Feltrin e do ceramista Cacciapuoti. Nessa cidade, executa retratos e
monumentos funerários, por volta de 1919. Em 1927, vem para o Brasil, onde
realiza o Monumento aos Heróis da Travessia do Atlântico no ano seguinte. Passa
a conviver com os pintores Mario Zanini, Francisco Rebolo e Alfredo Volpi,
integrantes do Grupo Santa Helena, em São </span><span class="style19">Paulo</span><span class="style19">. </span><br />
<br />
<span class="style19">Com esses
artistas, viaja constantemente pelos arredores do litoral paulista, entre 1936
a 1943. Além dessas atividades, participa da formação do Sindicato dos Artistas
Plásticos de São </span><span class="style19">Paulo</span><span class="style19">. De 1959 a 1963 dedica-se a escultura elaborando bustos e obras
fúnebres”.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>Eduardo Fiorahttp://www.blogger.com/profile/12176291173151427439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5302905728488546534.post-35271747300942107782010-12-22T15:39:00.000-02:002010-12-22T15:39:23.283-02:00Cultura - A polêmica escultura da Travessia do Atlântico (3)<br />
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuoQeh5PV-8j722I7BuTDqIEJwZHcGLK6ywZUVSsspF-KImz_rkP4vqKcorzNtIq_nlVqzsMlMMfRdb5-4vaX0Xk2M8k-aGoy6RqDxahEqGU0j-h2kVMebcw50esZjG29fMJ1ic_V9Zws/s1600/DSC_00032.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuoQeh5PV-8j722I7BuTDqIEJwZHcGLK6ywZUVSsspF-KImz_rkP4vqKcorzNtIq_nlVqzsMlMMfRdb5-4vaX0Xk2M8k-aGoy6RqDxahEqGU0j-h2kVMebcw50esZjG29fMJ1ic_V9Zws/s320/DSC_00032.jpg" width="119" /></a></div>
Após 25 anos, o monumento
Heróis da Travessia do Atlântico, neste
mês de dezembrro de 2010, voltou para seu lugar de origem: as margens da
Represa de Guarapiranga (Zona Sul da Cidade de São Paulo)
Obra do escultor ítalo-brasileiro Ottone Zorlini foi inaugurada em 1929, por
iniciativa da Sociedade Dante Alighieri, como homenagem aos aviadores italianos
Francesco De Pinedo e Carlo Del Prete, que dois anos antes (mas já cinco anos
depois dos portugueses Gago Coutinho e Sacadura Cabral), a bordo do
Savoia-Marchetti S.55, haviam feito uma das travessias aéreas pioneiras do
Atlântico Sul, bem como ao brasileiro João Ribeiro de Barros, que, pouco tempo
depois, ainda no ano de 1927, realizou a mesma façanha, a bordo do hidroavião
Jahú.</div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
Os mais jovens talvez não saibam que a obra de arte, que nos
últimos 25 anos esteve na Avenida Brasil, foi durante muitos anos um marco do
Distrito do Socorro e registra um dos fatos mais importantes da aviação
brasileira, a travessia d Oceano Atlântico nos anos 20. Um verdadeiro feito
para o início do século passado.</div>
<div class="MsoNormal">
Em 1987, o então prefeito Jânio Quadros determinou que o
monumento fosse movido para os Jardins, para ser protegido de uma série de
depredações que vinha sofrendo, onde permaneceu até meados deste ano. Neste seu
retorno ele ficará dentro do parque municipal da Barragem que é cercado e será
iluminado, além de ficar exatamente em frente a um Distrito Policial, tudo isto
para evitar que ele venha a sofrer qualquer dano no futuro.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>Eduardo Fiorahttp://www.blogger.com/profile/12176291173151427439noreply@blogger.com0