Um blog para difundir e aprofundar temas da presença italiana no Brasil, bem como valorizar o Made in Italy. Um espaço para troca de informações e conhecimento, compartilhando raízes comuns da italianidade que carregamos no sangue e na alma. A italianidade engloba a questão das nossas raízes italianas e também reserva um olhar para a linha do tempo, nela buscando e resgatando uma galeria de personagens famosos ou anônimos que, de alguma forma, inseriram seus nomes na História do Brasil.
sexta-feira, 23 de abril de 2010
História (166 ): Jornais italianos no Brasil - 1823-1914
"Influência dos Imigrantes italianos na Imprensa do Grande ABC" é um trabalho de Valdenizio Petrolli que, num determinado trecho de sua pesquisa elenca os jornais italianos editados no Brasil e que no país entre 1823 a 1914. A fonte citada por Petrolli é "o pesquisador Affonso A. de Freitas, do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo relacionou no seu trabalho A Imprensa Periódica de São Paulo, relacionou de 1496 periódicos que circularam de 1823 até 1914, sendo que 135 eram redigidos em italianos ou bilíngües. Embora as suas redações situavam na Capital, muitos circulavam entre os colonos do Grande ABC".
Italiani - Cinema e TV na vida de Gianni Ratto
O portal da Funarte assim descreve a participação de Gianni Rato no cinema e na TV
"No cinema, atuou como ator, diretor de arte e cenógrafo em vários filmes. Os mais recentes foram o documentário A Mochila do Mascate – Gianni Ratto, de Gabriela Greeb, que dividiu o roteiro com Antonia Ratto, filha de Gianni, que foi o narrador do filme (2006); Por trás do Pano, de Luiz Villaça (1999); e Sábado, de Ugo Giorgetti (1995), no qual interpretou o cadáver de um velho nazista, encontrado no sótão de um prédio decadente de São Paulo.
Na televisão, foi o responsável pelos cenários da novela A Morta sem Espelho, de Nelson Rodrigues, dirigida por Sergio Britto e Fernando Torres, em 1963, na TV Rio. Fez a direção de arte, na TV Bandeirantes, da novela, Os Imigrantes, de Benedito Ruy Barbosa, direção de Henrique Martins, Atílio Riccó, Emilio di Biasi e Antônio Abujamra, em 1981.
Participou de bancas universitárias de defesa de tese, comissões de julgadores de dramaturgia, e de festivais de teatro. Foi colaborador da Revista da USP e do Corriere Del Sudamerica, semanário de língua italiana para a América do Sul e Itália. Trabalhou como Diretor de Criação de Fotografias na Bloch Editores. Muito ligado às experiências de ensino, logo que chegou ao Brasil criou um departamento de teatro no Museu de Arte de São Paulo. Entre 1955 e 1956, convidado por Alfredo Mesquita, deu aulas na Escola de Arte Dramática de São Paulo (EAD).
Em 1958, lecionou durante um ano na Universidade Federal da Bahia, época em que Martim Gonçalves organizou um curso de teatro exemplar. Em 1966, tornou-se professor do Conservatório Nacional de Teatro (hoje UNIRIO). Entre os anos 60 e 80 colaborou, entre outros, com os diretores Ruggero Jacobbi, Ziembinski, Ivan de Albuquerque, João das Neves, Paulo Afonso Grisolli; com os autores Gianfresco Guarnieri, Ariano Suassuna, Dias Gomes, Consuelo de Castro, João Bethencourt; com os atores Paulo José, Othon Bastos, Sérgio Mamberti, Renato Borghi, Beatriz Segall e Tônia Carrero, e com as companhias Teatro Nacional de Comédia e Teatro Cacilda Becker. Em 1993, dirigiu a peça Porca Miséria, de Marcus Caruso e Jandira Martini, considerada um fenômeno estrondoso de bilheteria.
Alguns de seus últimos trabalhos como iluminador e cenógrafo foram Selvagem como o Vento, de Tereza Freire, direção de Denise Stocklos, Casa de Cultura Laura Alvim, Rio de Janeiro (2002); Novas Diretrizes em Tempos de Paz, de Bosco Brasil, Espaço Ágora, São Paulo (2002); O Dia do Redentor, de Bosco Brasil, Teatro Sesc-Copacabana, Rio de Janeiro (2003) e Sábado, Domingo e Segunda, de Eduardo di Filipo, Teatro das Artes, São Paulo (2003).
Premiadíssimo e dono de um extenso currículo, recebeu o Prêmio Shell, em 2003, por sua contribuição ao Teatro Brasileiro. Integrante da primeira geração de encenadores no Brasil, colaborou para o surgimento de outra primeira geração de encenadores brasileiros. Reverenciado por seus talentos múltiplos, Gianni Ratto revelou também o seu lado de escritor ao publicar quatro livros: A Mochila do Mascate; Antitratado de Cenografia ; Crônicas Improváveis; Hipocritando. Faleceu em 30 de dezembro de 2005. No prefácio de A Mochila do Mascate, Sábato Magaldi soube como definir seu perfil: “De todos os encenadores estrangeiros que decidiram, a partir da Segunda Guerra, atuar entre nós, Gianni Ratto foi, sem dúvida, quem mais se identificou com o Brasil. [...] Ninguém como ele se associou de forma tão consciente e consequente à dramaturgia brasileira”.
Assinar:
Postagens (Atom)