No texto Origem, evolução e perspectivas da cadeia de produção vitivinícola no município de Caxias do Su Henry Paulo Dias - enólogo, economista e professor na Faculdade da
Serra Gaúcha (FSG ) - expõe uma divergência de datas no que se refere à fundação de Caxias do Sul (1876 ao invés de 1875) para trabalhar a questão do plantio das primeiras videiras pelos colonos italianos.
"Sendo o início da colonização de Caxias em 1876, é lícito deduzir que
mesmo tendo trazido as primeiras mudas de videiras da Itália, os imigrantes não
puderam plantá-las no primeiro momento provavelmente por uma questão de
época ou pela necessidade de desmatamento e preparação do solo. Também
havia a preocupação com o abrigo e segurança, aspectos que precisavam ser
atendidos nos primeiros momentos.
Assim, mesmo que o plantio das mudas de uvas viníferas trazidas da
Itália tenha ocorrido em 1876, na modalidade de plantio direto ou pé-franco3, a
produção de uvas só pode ter iniciado a partir de 1877, com apenas uma parte
de sua capacidade produtiva, dado à especificidade desta cultura, que necessita de pelo menos três anos para produzir com plena capacidade. Logo, a plena
capacidade produtiva só poderia ter sido atingida a partir do terceiro ou quarto
ano do plantio. Tal situação, no entanto, não deve ter ocorrido, pois devido a
condições climáticas adversas, propícias ao surgimento de pragas e moléstias e
devido à elevada acidez do solo, a produção de castas européias foi abandonada,
sendo substituída pela produção de uvas americanas, a partir de enxertia logo
nos primeiros anos.
Um blog para difundir e aprofundar temas da presença italiana no Brasil, bem como valorizar o Made in Italy. Um espaço para troca de informações e conhecimento, compartilhando raízes comuns da italianidade que carregamos no sangue e na alma. A italianidade engloba a questão das nossas raízes italianas e também reserva um olhar para a linha do tempo, nela buscando e resgatando uma galeria de personagens famosos ou anônimos que, de alguma forma, inseriram seus nomes na História do Brasil.
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
História (68 ) – “Far l´America (36) – vinhas e lotes na colonização do Rio Grande do Sul
Publicado na Internet, trabalho assinado por Henry Paulo Dias - enólogo, economista e professor na Faculdade da Serra Gaúcha (FSG ),em Caxias do Sul, analisa a origem da cadeia de produção vitivinícola em Caxias do Sul, mostrando que sua evolução não foi obra do acaso e sim da elaboração de uma política de assentamento e colonização.
Segundo o autor, de Origem, evolução e perspectivas da cadeia de produção vitivinícola no município de Caxias do Sul“as áreas vendidas, na sua maioria, eram com dimensões de até trinta e cinco hectares, pois 1.427 lotes vendidos, de um total de 1.610, constantes do Mapa Estatístico acima citado, possuíam as dimensões acima destacadas.Se para os padrões da ocupação havida até o século XVIII no Rio Grande do Sul, estes lotes eram pequenos, para os padrões da Itália já naquela época eram razoáveis e permitiam aos imigrantes manter-se produzindo na modalidade que chama até hoje de agricultura de subsistência. O que para o primeiro momento parecia apenas mudança de um problema, com o passar dos anos acabou sendo uma vantagem, pois manteve a comunidade agregada e permitiu que se fortalecesse a sede urbana, propiciando o florescimento das atividades comerciais, industriais e de serviços. Este florescimento auxiliou a consolidação do que viria a se chamar de cadeia produtiva da uva e do vinho.
Segundo o autor, de Origem, evolução e perspectivas da cadeia de produção vitivinícola no município de Caxias do Sul“as áreas vendidas, na sua maioria, eram com dimensões de até trinta e cinco hectares, pois 1.427 lotes vendidos, de um total de 1.610, constantes do Mapa Estatístico acima citado, possuíam as dimensões acima destacadas.Se para os padrões da ocupação havida até o século XVIII no Rio Grande do Sul, estes lotes eram pequenos, para os padrões da Itália já naquela época eram razoáveis e permitiam aos imigrantes manter-se produzindo na modalidade que chama até hoje de agricultura de subsistência. O que para o primeiro momento parecia apenas mudança de um problema, com o passar dos anos acabou sendo uma vantagem, pois manteve a comunidade agregada e permitiu que se fortalecesse a sede urbana, propiciando o florescimento das atividades comerciais, industriais e de serviços. Este florescimento auxiliou a consolidação do que viria a se chamar de cadeia produtiva da uva e do vinho.
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