O Palestra Itália foi convidado a participar do Campeonato Paulista somente em 1916. A primeira partida oficial da equipe foi contra o Mackenzie, jogo que terminou empatado: 1 a 1. O gol palestrino foi marcado por feito por Vescovin.
No ano seguinte tornou-se vice-campeão paulista. O primeiro título viria em 1920: Campeão Paulista, ao vencer no jogo decisivo o tradicional Paulistano: 2 a 1
O site Palestrinos relata assim esse dia histórico na vida do palestra Itália:
"Terminado o segundo turno, Palestra Itália e Paulistano viram-se incrivelmente empatados em tudo: 26 pontos, 12 vitórias, dois empates e duas derrotas. E se o ataque paulistano havia sido melhor (61 contra 53 gols) sua defesa fora bem pior (19 gols contra 7 dos verdes).
O Corinthians? Bem, o Corinthians ficou apenas em terceiro lugar, um ponto atrás. Mandava o regulamento que em caso de duas equipes terminarem empatadas o título seria decidido em um jogo-extra. E ele foi marcado para 19 de dezembro, no neutro campo da Floresta.
Todas as atenções do Palestra estavam voltadas para Artur Friedenreich, um mestiço filho de alemão e negra que era o melhor jogador de futebol do mundo naquele época. Mas o Paulistano era muito forte, lutava pelo pentacampeonato e mesmo contra um adversário com os brios feridos era considerado favorito.
Do outro lado, todavia, estavam aqueles italianos, contra os quais tanto se tentara e tanto se fizera para que não estivessem ali, disputando a condição de melhor time de São Paulo.
Depois de um primeiro tempo bastante equilibrado, na etapa final o jogo começou quente: logo aos 5 minutos, Martinelli acertou um forte chute no gol defendido por Arnaldo e colocou o Palestra Itália na frente. A alegria verde, porém, durou pouco: apenas um minuto depois, quando a defesa palestrina se preocupava com o mulato genial, Mário aproveitou para, livre, deixar tudo igual.
Daí em diante, chances perdidas pelos dois times mas, também, respeito mútuo prevalecendo em campo. Até que aos 32 minutos da etapa final, Forte se livra da marcação e toca para o fundo das redes paulistanas.
Os 13 minutos restante foram de intensa pressão do Paulistano, mas o goleiro Primo - ora com talento, ora com sorte - conseguiu evitar mais um empate. Ao apito final de Hermann Friese, São Paulo explodiu de alegria.
O sonho, enfim, se realizara: Palestra Itália, campeão paulista de 1920! Na São Paulo as vésperas do Natal, faltou vinho tinto para tanta festa”.
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