"A idéia foi lançada quando um grupo de imigrantes italianos sentiram a necessidade da fundação de uma escola para seus filhos, de uma casa de caridade para atender seus conterrâneos e de ensinamentos para a mocidade. Enfim, seria um centro recreativo, cultural e beneficente para a comunidade italiana situada na cidade de Campinas.
Principal Fundador: Sr. Attilio Bucci
1ª Assembléia para criação do Circolo: 17/04/1881
Diretoria Provisória : Presidente – Attilio Bucci
Secretário - Fernando Carina.
"O primeiro livro de Atas foi aberto em 30/07/1881, cuja ata foi redigida em italiano, comunicando a fundação da Sociedade Italiana em Campinas, em 17/Abril/1881, reunião realizada no Teatro São Carlos. Depois disso, as reuniões passaram a ser feitas nas residências dos Presidentes.
Em 28/Junho/1882, o Circolo Italiani Uniti passou a funcionar em local próprio: Rua Regente Feijó, 58, com médico, farmacêutico para dar assistência aos associados.(aluguel).
Em 10/Junho/1884, atendendo pedido da Diretoria do Circolo, a Câmara Municipal de Campinas concedeu-lhe o terreno pedido, onde seriam erguidos um hospital e uma escola . A pedra fundamental da sede própria foi lançada em 20 de Setembro de 1884, a partir de um projeto idealizado pelo engenheiro Samuele Malfatti, com a colaboração do conceituado engenheiro-arquiteto Ramos de Azevedo.
Assim, no terreno situado à Praça Riachuelo, lentamente o prédio começou a ser levantado com os auxílios: monetário, em espécie e braçal dos italianos.
Mesmo inacabado, o prédio começou a ser usado, com muito orgulho, como sede social do Circolo.
Em 13/Janeiro/1883, a cidade estava ameaçada com os primeiros casos de febre amarela, e o centro recreativo, num estado de emergência, é transformado em hospital, prestando serviços à comunidade assolada pela epidemia, fechando-se, provisoriamente a escola.
Passada finalmente a difícil luta contra a febre amarela, os italianos continuavam com a inspiração de tornar a associação em Hospital.
Em fevereiro de 1889, a população passa por nova e grande provação: é a volta da febre amarela.
A epidemia aumentava de tal maneira que, 16 dias depois, o Conselho encontrava-se impossibilitado de reunir-se. A Sociedade prestava assistência médica, distribuía remédios, gêneros, dinheiro e cuidados.
O Sr. José Paulino Nogueira – então Presidente da Câmara Municipal, muito apoiou e contribuiu para se abrir nova enfermaria no edifício inacabado da Sociedade.
E assim, outra ala é transformada em Enfermaria Municipal. Até o salão de aulas da escola foi dividido em diversas enfermarias.
O Dr. Costa Aguiar, à testa do serviço hospitalar, cai doente no hospital improvisado, sendo transferido para Itu, onde mais tarde veio a falecer.
Em 1897, retorna a febre amarela, provocando mortes, arrasando a cidade, em especial a colonia italiana onde o surto era maior, criando nova fase de dificuldades para o Circolo. Felizmente o Dr. Emílio Ribas descobre e isola o transmissor da terrível doença, saneando Campinas, acabando de vez com a febre amarela.
Entre 1917 e 1918 a colonia esteve a ponto de fechar a agremiação em virtude de conseqüências pós guerra, criando ambiente de desunião, finalmente vencido.
Em 1918 a cidade é novamente abalada pela gripe espanhola e o então presidente – Sr. Irineo Checchia passa a viver do ideal de transformar o então “Circolo Degli Italiani Uniti” num verdadeiro hospital. Unindo seus esforços aos Drs. Clemente de Toffoli e de Mario Gatti, esse acontecimento passou a ser obsessão.
Em 1938, as conseqüências da guerra abalaram o Circolo. Seu nome, por força do Decreto Lei nº383, da República Brasileira, estabelecia normas a respeito de estabelecimentos estrangeiros, com alteração em seus Estatutos, e deveria ser cumprido para que não se fechasse suas dependências.
Em 29/01/1939 foi convocada reunião extraordinária para ajustarem-se as primeiras providências.
Esta ata foi lavrada pelo Secretário: Ettore Garofallo – a última escrita em língua italiana.
Aos poucos, inteirando-se dos termos do Decreto Lei nº383, o Circolo, em 20/09/1942, realizou uma Assembléia Geral – presidida pelo Dr. Cunha Campos, destinada à fundação de uma sociedade civil, com fins filantrópicos, para se manter e fundar nesta cidade um hospital brasileiro, passando a ser denominado – CASA DE SAÚDE CAMPINAS, em homenagem à cidade, não deixando, porém, de constar ‘Antigo Circolo Italiani Uniti'.
Quando da posse da Diretoria em 26/01/47, Irineo Checchia fez ver aos presentes a necessidade de se ampliar os trabalhos da construção da Casa de Saúde Campinas, iniciando a edificação do pavimento superior aos apartamentos femininos.
Em 26/janeiro/1958, a Assembléia Legislativa Paulista, através do Decreto nº4.253 de 31/12/1957, em virtude de lei assinada pelo Dr. Jânio da Silva Quadros, referendada pelo seu Secretário da Justiça – Sr. Antônio Ferraz Filho, a CASA DE SAÚDE CAMPINAS é declarada de Utilidade Pública Estadual.
E através do Decreto nº 63.557 de 06/11/1968 é declarada de Utilidade Pública Federal e de Utilidade Pública Municipal pela Lei nº1973 de 24/12/1958.
Hoje, a Casa de Saúde Campinas é um hospital reconhecido e respeitado nacionalmente. É o pioneiro no transplante renal do interior do Estado de São Paulo.
O Hospital conta atualmente com os seguintes departamentos:
Anestesia, Anatomia Patológica, Clínica Médica, Cardiologia, Cirurgia Geral, Cirurgia Pediátrica, Cirurgia Cardiovascular, Cirurgia Plástica, Cirurgia Torácica, Ginecologia e Obstetrícia, Hemoterapia, Nefrologia, Neurologia/Neurocirurgia, Oftalmologia, Oncologia, Ortopedia/Traumatologia, Otorrinolaringologia, Patologia Clínica, Pediatria, Pneumologia, e Urologia, UTI Adulto e UTI Pediátrica e Neonatal.
Oi sou bisneto do Ettore Garofalo, gostaria de saber mais sobre ele...
ResponderExcluirheitor_garofalo@hotmail.com