"Entretanto, os italianos não se detiveram em Belém ou mesmo
nas bordas da Amazônia. Não foram poucos aqueles que, no final do século XIX, penetraram ao longo dos rios atrás do comércio
da borracha e identificam as rotas comerciais. Testemunho
desta atividade é Gregorio Ronca, oficial da marinha militar italiana
que, em 1905, com um navio oceânico de guerra de 2.200
toneladas, depois de haver percorrido as Antilhas e as Guianas,
subiu o rio Amazonas até Iquitos e Santa Fé, no Perú, a 2.285 milhas,
ou 4.232 km do mar, encarregado pelo governo italiano de
procurar rotas comerciais e estreitar relações com imigrantes.
O capitão Ronca, no seu longo diário, descreve com pormenores
a comunidade italiana encontrada. E, subindo o rio, entre
Belém e Manaus, encontra as comunidades mais numerosas e florescentes
em Santarém e Óbidos, encruzilhadas comerciais importantes,
não só pela borracha, mas também graças ao cacau, à castanha-
do-pará, ao pirarucu".((Fonte: Vittorio Capelli,
professor-associado de História
Contemporânea na Universidade da Calábria, no ensaio “A
propósito de imigração e urbanização: correntes imigratórias da Itália
meridional às ‘outras Américas’" tradução da
Profa. Dra. Núncia Santoro de
Constantino,docente do Programa de Pós-Graduação em História da
PUCRS.-2006)
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