terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

História (76 ): 'Far l'America (44): lavoura de subsitência e laços afetivos no colonato na região Noroeste do Rio de Janeiro

No sistema de colonato  da Fazenda na Região Noroeste do Estado Rio de Janeiro, os imigrantes italianos plantavam para sua subssitência e procuravam manter-se próximos a seus conterrâneos. É o que mostra o trabalho  Imigrante italiano na nova fronteira do café 1897-1930 , Rosane Aparecida Bartholazzi , da Faculdade Federal Fluminense,

"Ao colono, era permitido plantar lavoura de subsistência: uma outra fonte de renda importante. Paralela à produção de café, esses colonos cultivavam o milho e o feijão. A produção paralela era permitida sem que fosse necessário dividir a metade com os proprietários. Por ser uma área de expansão do café, o plantio entre os cafezais novos permitiu aos italianos vantagens, pois ao mesmo tempo em que cuidava do café, poderia cultivar outros produtos sem perda de tempo"

"Os colonos procuravam fixar-se junto a seus conterrâneos de modo a se sentirem psicologicamente confiantes. A união e a ajuda mútua se fizeram presentes; dessa forma, sentiam mais segurança para seguir em frente. Podemos concluir que esta também foi uma das estratégias utilizadas na luta pela sobrevivência para aumentar os seus rendimentos. A necessidade do estreitamento dos laços familiares contribuía para aumentar os ganhos.

A família unida trabalhava com um único objetivo: comprar um lote de terra, por isso os membros não se dispersavam. Ter terra significava ter liberdade, significava a realização de um sonho que na Itália foi interrompido com o avanço do capitalismo no campo e conseqüentemente a desagregação da unidade familiar. Portanto, era aqui que os italianos sentiram a possibilidade de se transformarem em proprietários rurais. Para isso, não pouparam esforços no sentido de acumular certo capital que lhes favorecessem o acesso à terra"

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