Quem pesquisar sobre imprensa anarquista no Brasil irá se deparar, na Internet, com vários textos: resumos históricos, teses de mestrado e doutorado, artigos acadêmicos, matérias jornalística, entre outros documentos.
No site do Arquivo Público do Estado de São Paulo, por exemplo, surge o seguinte verbete sobre imprensa anarquista:
“Os imigrantes anarquistas que vieram para o Brasil em fins do século XIX e começo do XX tiveram um importante papel na imprensa de esquerda daquela época. Eram figuras como Oreste Ristori (editor de L’Alba Rossa), Luigi Damiani (La Battaglia e A Plebe), ou o espanhol Primitivo Raymundo Soares, fundador de Germinal. Para enganar a repressão, Soares se apresentava com o pseudônimo de Florentino de Carvalho. Esses homens já atravessavam o oceano comprometidos com um ideal de luta contra o capitalismo e a exploração do povo".
"Chegando ao Brasil, se improvisaram em jornalistas, editores, distribuidores e gráficos de fundo de quintal. O objetivo era sempre o mesmo: viabilizar seus jornais, chamar à luta contra os patrões, e levar à classe operária da época uma visão de mundo alternativa à da grande imprensa dos patrões.
Germinal (1902–1913) é um exemplo curioso desses periódicos. A partir de 1913, juntou–se ao jornal La Barricata (1912–1913), publicado em italiano por Luigi Damiani, formando assim um veículo duplo que defendia os ideais libertários em duas línguas. O jornal durou vinte números".
"A saga dos anarquistas estrangeiros teve um final melancólico: aos poucos, o governo brasileiro foi forjando leis de expulsão de estrangeiros, cujo o objetivo era combater os "subversivos alienígenas". Assim, muitos deles tiveram que abandonar o país”.
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