Um dos mais significativos semanários libertários de cunho anarquista editado no Brasil foi o La Battaglia, fundado pelo ativista toscano Oreste Ristori, em junho de 1904. Duarnte nove anos, o La Battaglia ganhou as ruas semanlamente, tendo mudado de nome em 1912 para La Barricata. Segundo o pesquisador Luigi Biondi no trabalho "La stampa anarchica italiana in
Brasile. 1904-1915" (Tesi di Laurea, Università degli studi di Roma "La Sapienza)", o La Battaglia era editado em quatro páginas com uma tiragem de 5 mil exemplares.
"Foi favorecido por ser um jornal anarquista que funcionava também como espaço de discussão entre todas as tendências libertárias presentes em São
Paulo, e com os grupos socialistas e de sindicalistas italianos”
“A estratégia de propaganda do jornal concentrou-se sobretudo nas críticas às duras
condições de vida e de trabalho das classes populares italianas no estado
de São Paulo, seja no campo seja na cidade.
Em particular, concentrou-se
numa extenuante campanha contra a imigração para o Brasil, alertando os
camponeses que a vinda às fazendas de café só teria aumentado o número
da mão-de-obra e, por conseguinte, teria causado a queda do poder de
barganha na contratação de todos os trabalhadores, tanto nas fazendas como
na cidade para onde acabavam se dirigindo os colonos que fugiam da
lavoura.
Em torno desse grupo editor havia, na cidade de São Paulo, vários
outros grupos anarquistas de apoio ao à publicação ; ademais, as inúmeras viagens
de propaganda de Ristori para o interior do estado fizeram com que uma
parte relevante dos que apoiavam o jornal pertencesse às camadas de
artesãos e operários italianos, presentes em todos os centros urbanos
paulistas de médias dimensões”.
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