Na portuária cidade de Genova, no dia 27 de Novembro de 1851 nascia Giovanni Battista Castagneto, que anos mais tarde escreveria seu nome nas páginas da arte brasileira.
Castagneto desembarcou no Rio de Janeiro em 1874 e, quatro anos mais tarde ingressava na Academia Imperial de Belas Artes.
O verbete da Enciclopédia Itaú Cultural de Artes Visuais assim o define:
"O artista revela uma sensibiblidade romântica, por meio da qual interpreta a natureza.
Assim, suas representações do mar ou dos botes a seco, são carregadas de sentimento. O
tratamento pictórico é impulsivo e quase violento, percebe-se a pincelada cortante e o
empastamento farto. Representa embarcações de pesca, simples canoas, que adquirem
dignidade e imponência, como em Canoa a Seco na Praia em Angra dos Reis (1886). Em 1887, pinta o quadro Uma Salva de Grande Gala na Baía do Rio de Janeiro, concebido nos modelos da Academia, para concorrer ao prêmio de viagem. A recusa do quadro pela Aiba e as críticas publicadas nos jornais, causaram profunda amargura no artista, cuja produção, nos anos seguintes, torna-se irregular. Viaja para a França em 1890, com o auxílio de amigos. ".
O Ministério das Relações Exteriores (Itamarty), em Brasília, tem em seu acervo uma tela de Castagento. Assim, o site do Itamaraty também publica um verbete sobre o artista, que faleceu no Rio de Janeiro em 1900. ' “Para Castagneto, o pintor do mar, o mar era um estado de alma e a pintura, uma forma de vida. Vivia na
praia de Santa Luzia, numa casa que parecia um barco. Qualquer objeto lhe servia para fi xar a lembrança
de um trecho de praia ou para copiar um tema. Apoderava-se, então, do tema com o traço febril da mão
e com grande economia de meios, até transfigurá-lo numa imagem simplificada e rápida, a fi m de não
perder a força da sensação', escreveu Luciano Migliaccio". ' "Em certos pontos, percebem-se a violência do gesto, o uso de instrumentos improvisados e até mesmo
do polegar, à maneira dos escultores. Os botes a seco de Castagneto ultrapassam os limites de gênero,
atingindo, não raro, o domínio da expressão lírica, como nos cascos–hieróglifos de De Fiori, Volpi, ou nas
areias deslumbrantes de Pancetti' , como definiu o crítico.
(Mostra do Redescobrimento, 2000, São Paulo. Arte do século XIX. São Paulo: Fundação Bienal de São
Paulo: Associação Brasil 500 anos Artes Visuais, 2000. p. 129-130)".
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