Carlos Alberto Avila Santos autor do trabalho Construtores italianos no ecletismo arquitetônico do Sul do Rio Grande do Sul traça perfis dos arquitetos e construtores italianos que ajudaram a urbanizar cidades gaúchas, no final do século XIX.
"O italiano José Isella contribuiu para a introdução da estética eclética nas fachadas edificadas no espaço urbano de Pelotas. Aos vinte e um anos veio para a América do Sul com o pai e um irmão, no ano de 1864, como fizeram vários imigrantes que se dirigiram ao Novo Mundo em busca de trabalho. Depois de um período em Buenos Aires, o construtor italiano chegou a Pelotas juntamente com o irmão Bartolomeo, provavelmente em 1867. Os dois irmãos se engajaram nas obras de edifícios ecléticos erguidos na cidade. José executava os projetos e Bartolomeo trabalhava como construtor. Uma das primeiras obras realizadas foi a residência do charqueador Felisberto Gonçalves Braga, em 1871, mais tarde adquirida pelo Clube Comercial e transformada em sede social".
"O italiano Guilherme Marcucci nasceu em San Geminiano, na região da Toscana, no ano de 1838. Estabelecido em Pelotas, colaborou em reformas e acréscimos nos Hospitais da Santa Casa e da Beneficência Portuguesa.14 Na Santa Casa de Misericórdia, como já foi assinalado, entre os anos de 1877 e 1884, trabalhou juntamente com José Isella na edificação da capela de São João Batista, que apresenta cúpulas de características da Renascença e frontão ornamentado com o brasão imperial e esculturas alegóricas da Fé e da Caridade. Guilherme Marcucci faleceu em Pelotas em maio de 1901".
"Os irmãos Davi e Carlos Zanotta migraram da Itália para o Brasil em 1870, aportaram em Montevidéu e dirigiram-se em seguida para Pelotas, onde firmaram contrato com a Intendência Municipal no mês de maio de 1871. O mais velho, Davi, era engenheiro hidráulico. Carlos era especialista em cantaria. Logo em seguida se somou aos primeiros o irmão caçula, Luis. Os Zanotta participaram da implantação de parte das canalizações das redes de água da Hidráulica Pelotense, das colocações de penas nas casas e da instalação dos chafarizes no espaço urbano da cidade".
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