Na luta do movimento operário por melhores condições de trabalho, o papel das chamadas mulheres anarquistas não foi apenas aquele de dar apoio a seus maridos e filhos. Muitas se engajaram como militantes e, na linha de frente, inscreveram seu nome na história.
Matilde Magrassi é uma delas. Uma breve biografia dessa libertária é apresentada no livro Mulheres Anarquistas com texto disponível na Internet.
“Matilde veio da Itália junto com seu companheiro Luigi
Magrassi, para continuar no Brasil as atividades anarquistas
que já realizava em sua terra. Junto com o companheiro, integrou os primeiros grupos
libertários e de teatro social, fundados pelas anarquistas no
Rio de Janeiro. Morou no Rio de Janeiro e São Paulo na última década do
século XIX e na primeira do século XX.
Ajudou a fazer o jornal Novos Rumos, lançado em maio de
1905 e colaborou, entre outros, com o Amigo do Povo e O
Chapeleiro, publicados em São Paulo em idiomas italiano e
português; o primeiro sob a responsabilidade de Neno Vasco,
e o segundo de José Sarmento Marques.
Matilde fez intensa
propaganda anticlerical e participou de algumas assembléias.
Para o 1o. de Maio de 1904, ela escreveu o texto
"Emancipatevi!", que o jornal O Chapeleiro inseriu em idioma
italiano na sua terceira página.
Neste texto, Matilde lança um grito de alerta às mulheres
trabalhadoras para que se libertem do estigma de serem
apenas donas de casa. Ela destacava a importância do papel
da mãe junto aos/as filhos, concluindo que não basta que só
algumas pessoas conquistem direitos iguais, mas que todas
consigam, existindo então a libertação do gênero humano”.
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