Escultor, pintor, desenhista e gravador, Bruno Giorgi nasceu em São Paulo (bairro da Mooca), filho de imigrantes toscanos. É considerado um dos precursores da escultura moderna no Brasil;
Logo aos 11 anos, Bruno deixa o Brasil, poi seus pais decidem voltar para a Itália.
Estudou em Roma com Loss e em Paris, onde foi aluno do grande mestre Aristide Maillol um dos maiores representantes da escultura francesa do início do século XX, freqüentando as academias de Raçon e Grand-Chaumière.
Em 1931, é preso por motivos políticos e condenado a sete anos de prisão. É extraditado para o Brasil em 1935, por intervenção do embaixador brasileiro na Itália.
Em São Paulo, trava contato com Joaquim Figueira e Alfredo Volpi Em 1937, viaja para Paris e freqüenta as academias La Grand Chaumière e Ranson, onde estuda com Aristide Maillol.
Em 1939, retorna a São Paulo e convive com Mário de Andrade, Lasar Segall Oswald de Andrade (1890 - 1954) e Sérgio Milliet entre outros.
Em 1943, transfere-se para o Rio de Janeiro. A convite do ministro Gustavo Capanema (1900 - 1985) instala ateliê no antigo Hospício da Praia Vermelha, onde orienta jovens artistas. Possui obras em espaços públicos como Monumento à Juventude Brasileira, 1947, nos jardins do antigo Ministério da Educação e Saúde - MES, atual Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro; Candangos, 1960, na praça dos Três Poderes, e Meteoro, 1967, no lago do edifício do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília; e Integração, 1989, no Memorial da América Latina, em São Paulo.
Criador de formas abstratas, (seu trabalho "Prece" no Cemitério da Consolação é o único nesse estilo encontrado em necrópoles paulistanas), comprometido com uma linguagem mais contemporânea, Bruno Giorgi representou a simplificação dos elementos descritivos em proveito de volumes fortes, acentuando a matéria da escultura.
Contemplando-os vem-nos à mente o axioma de Leonardo Da Vinci "L' arte é cosa mentale".
Sob a influência de Maillol sua carreira atravessou várias fases, desde as de maior predomínio naturalista até os volumes abstratos. Assinava BG e Bruno Giorgi. Embora preferisse para seus trabalhos abstracionistas o mármore de Carrara, a partir de 1975 Giorgi voltou à figura humana do início da sua carreira, esculpindo-as com os torsos mutilados, freqüentemente trabalhados no mármore rosa de Estremoz, norte de Portugal, em cujas cercanias instalou um ateliê.Faleceu no Rio de Janeiro em 1993.
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