Distante 196 Km de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, a cidade de Ilópolis (cerca de 5 mil habitantes) guarda importante testemunho da imigração italiana em terras gaúchas. Em 1905 iniciou-se a colonização do atual município de Ilópolis, com a chegada de imigrantes. Em 1911, começavam a chegar os primeiros colonizadores italianos, filhos e netos de imigrantes italianos vindos de Caxias do Sul, Bento Gonçalves e Veranópolis. Vinham atraídos pela grande concentração de pinhais, pois eram madeireiros de ofício. Em março de 1914, recebeu a denomiação de Figueira.
Um ano após, em março de 1915, passou a denominar-se Ilópolis, nome escolhido pelo Dr. Alfredo Mutzel, engenheiro chefe da então Comissão de Terras e Colonização que significa: Ilo - do latim - Erva e Polis - do grego - Cidade, "Cidade da Erva-Mate", em virtude da grande abundância dadivosa espécie florestal no seu território.
A principal marca da italianidade de Ilópolis é a rota Caminho dos Moinhos, é uma verdadeira viagem nostálgica ao passado das colônias italianas no sul do país, em meio a uma privilegiada paisagem.
Os moinhos do Vale do Taquari na Serra Gaúcha são admiráveis registros da imigração italiana no começo do século passado.
Engenhosas construções de madeira, cheias de poesia, sofisticação técnica, lições de arquitetura: testemunhos do trabalho humano. Para as famílias recém-chegadas, estes moinhos significavam a conquista de uma vida auto-sustentável, com o pão e a massa como base culinária e econômica.
Novamente integrados ao dia-a-dia das comunidades, os moinhos ganham novo fôlego e assumem novos papéis. A professora e ambientalista Judith Cortesão, no ano 2000, foi quem primeiro apelou para a urgência da restauração, pesquisa e divulgação dos moinhos coloniais.
De lá para cá, já voltaram a funcionar alguns dos moinhos, como o Moinho Vicenzi, situado ao lado de uma magnífica cachoeira. No coração do Caminho, em Ilópolis, funciona desde Fevereiro de 2008 o conjunto do Museu do Pão, compreendo o Moinho Colognese, a Oficina de Panificação e o museu propriamente dito.
O roteiro turístico e cultural dos moinhos leva o visitante a uma região de belíssimas paisagens: suaves vales e montanhas, rios e regatos, cachoeiras e lagos, densas matas de araucária, grutas, arquitetura rural dos imigrantes e um povo acolhedor.
Não seria interessante colocar a fonte de certos trechos inteiros? Faço esta observação como crítica construtiva porque sentia falta de um espaço que "ajuntasse" boa parte do que tem publicado sobre os italianos. Sds. Lea Beraldo
ResponderExcluirCiao Lea
ResponderExcluirJá pensei em criar um espaço para sinalizar a rica bibliografia sobre italianidade, mas quero consultar professores da USP para avançar academicamente nesse trabalho. E aqui me inspiro no saudoso frei Rovilio Costa que catalogou uma a uma as fontes de consulta sobre imigração italiana no Rio Grande do Sul, o que resultou num importantíssimo livro.
Saluti
Eduardo Fiora
Desculpe-me, mas me referi apenas à citação da fonte do texto, ainda que seja outro site da internet. Preocupa-me o febre do "copy/paste" sem os referidos créditos. Sds. Lea Beraldo
ResponderExcluir