Um breve relato da presença de imigrantes italianos em Valinhos, interior de São Paulo (Região Metropolitana de Campinas), é encontrado no Portal LTL.
"Com a abolição da escravatura, Valinhos aumenta o fluxo de imigrantes europeus que substituiriam a mão de obra escrava nas lavouras de café. E os imigrantes, em sua grande maioria de italianos, acabariam por mudar o perfil agrícola do município, com a introdução de novas culturas e mudariam as relações trabalhistas e até mesmo o traçado urbano.
Ao contrário do que previram os construtores da estação ferroviária, a cidade não cresceu para chamada 'além porteira”, mas sim na parte dos “fundos'. Os italianos preferiram construir suas casas, estabelecimentos comerciais e industriais (dentre eles a Gessy) e até mesmo uma igreja nos “fundos” da estação.
Assim, os católicos italianos, em 1895, começavam a construção da antiga Igreja de São Sebastião, padroeiro de Valinhos.
Em 1889, a então vila de Valinhos escapou da epidemia de febre amarela que atingia a cidade de Campinas, a qual pertencia. Em 31 de abril, a Câmara Municipal de Campinas se reuniu, em sessão extraordinária, na vila de Valinhos, para pedir providências ao governo de São Paulo para o saneamento da cidade como forma de acabar com a epidemia de febre amarela.
Campinas quase foi dizimada pela febre amarela, a população caiu de 20 mil para 4 mil pessoas. Muitos morreram, mas a grande maioria fugiu e vários se transferiram para Valinhos, o que motivaria a instalação de uma seção eleitoral e um distrito policial.
A instalação destes dois órgãos levaria a elevação da vila em Distrito de Paz, em 1896 e a autonomia política-administrativa, com emancipação de Campinas, ocorreria em 30 de dezembro de 1953. O município é oficialmente instalado, com a posse do prefeito e vereadores eleitos, em 1º de janeiro de 1955".
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