Um relato do trabalho dos imigrantes italianos nas férteis
terra da Serra Gaúcha pode ser conferido no texto de de Cláudio
Vinícius Silva Farias, do Programa de Pós-Graduação em Economia, Universidade do
Vale do Sinos – UNISINOS. O título do artigo é “A indústria
vitivinícola e o desenvolvimento regional no RS: uma abordagem
neoinstitucionalista da imigração italiana aos dias atuais".
“Os primeiros colonos trouxeram consigo mudas de novas variedades
de uvas, auxiliando no aperfeiçoamento da qualidade do vinho produzido na
região.Passados as duas primeiras safras, que garantiram a
subsistência dos colonos, começaram a surgir os primeiros excedentes dos
produtos agrícolas e agroindustriais (ainda que de forma rudimentar), dando
início a um comércio inter-regional e, logo a seguir, estadual e nacional, a
despeito de todas as dificuldades logísticas existentes à época.
Além dos
produtos agrícolas tradicionais da subsistência colonial (milho, batata, trigo,
arroz e feijão), as plantações de uvas se adaptaram muito bem ao clima (principalmente
as do tipo Isabel), gerando os maiores excedentes entre os produtos da região.
Em 1883, o cônsul italiano em Porto Alegre relatou: “a videira cresce de modo
surpreendente. Já no segundo ano dá uva e no terceiro a colheita é abundante.
Segundo afirmações de muitos colonos, foi precisamente esta riqueza agrícola
que reteve os nossos imigrantes. Em Conde D’Eu produziu-se em 1881
aproximadamente 5.000 hectolitros de vinho. No presente ano espera-se obter o
triplo” (COSTA et al, 1999)”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário