“Uma gama de legislações, Provincial e Imperial, regulava a
colonização das terras desocupadas, criando uma administração central em cada
colônia. Um corpo funcional foi designado para a administração dos projetos de
colonização e urbanização das áreas antes devolutas. A localização desta sede
era escolhida em um lugar conveniente, que posteriormente se transformaria no
centro do município. As primeiras instalações destas sedes (havia uma
para cada uma das quatro colônias italianas) foram a casa da Comissão de Terras
e Colonização, o Barracão para receber os imigrantes, um depósito de materiais
e almoxarifado, o cemitério e as residências dos funcionários do governo.
Posteriormente eram construídas uma igreja e uma escola (MACHADO e HERÉDIA,
2003). Logo estes núcleos foram sendo ampliados com a construção de mais
moradias para os imigrantes que não se adequavam ou não queriam se dedicar às
atividades agrícolas,surgindo assim os primeiros estabelecimentos de serviços,
como oficinas, funilarias, botequins, casas de negócios etc.
Machado e Herédia (2003) apontam que no final do século XIX,
toda a região dava sinais de prosperidade. Muitas pequenas indústrias já tinham
sido instaladas. Em Caxias havia 65 moinhos, 41 serrarias, 35 alambiques, 27
ferrarias, 17 engenhos de cana, 9 curtumes, duasfunilarias, além de um sem
números de outros estabelecimentos. Como resultado do crescimento econômico que
as colônias vinham alcançando, em 1884 foram emancipadas as colônias de Caxias,
Dona Isabel e Conde D’Eu, passando à condição de distritos.
Apenas seis anos depois, em 1890, foi criado o município de Caxias,
tendo por sede
a Vila de Caxias” (de Cláudio
Vinícius Silva Farias autor de A indústria
vitivinícola e o desenvolvimento regional no RS: uma abordagem
neoinstitucionalista da imigração italiana aos dias atuais". )
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