sábado, 13 de fevereiro de 2010

Cultura - Sangue italiano nas veias do Modernismo brasileiro: a Semana de 22

Um dos principais eventos da história da arte no Brasil, a Semana de 22 foi o ponto alto da insatisfação com a cultura vigente, submetida a modelos importados, e a reafirmação de busca de uma arte verdadeiramente brasileira, marcando a emergência do Modernismo Brasileiro. Desta semana tomam parte pintores, escultores, literatos, arquitetos e intelectuais. Durante três dias - entre 13 e 17 de fevereiro - o Teatro Municipal de São Paulo foi tomado por sessões literárias e musicais no auditório, além da exposição de artes plásticas no saguão, com obras de Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Victor Brecheret, Ferrignac, John Graz, Martins Ribeiro, Paim Vieira , Vicente do Rego Monteiro, Yan de Almeida Prado e Zina Aíta ( pintura e desenho ), Hildegardo Leão Velloso e Wilhem Haarberg ( escultura ). As manifestações causaram impacto e foram muito mal recebidas pela platéia formada pela elite paulista, o que na verdade contribuiria para abrir o debate e a difusão das novas idéias em âmbito nacional. Na noite de 17 de fevereiro, no Teatro Municipal, o poeta brasileiro Menotti Del Picchia, (filho de Corina e Luigi Del Picchia, imigrantes vindos da região Toscana) entraria para história da Semana de 22 ao falar sobre romancistas contemporâneos, acompanhado por leitura de poesias e números de dança.
Na foto, Del Picchia parece ao centro, acompanhado de Brecheret, DiCavalcante (a partiir da esquerda) e, na sequência,  por Oswald de Andrade e Helios Seelinger. (Fonte: Museu de Arte Contemporânea USP)

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