O Distrito de Quiririm, na cidade de Taubaté, Vale do Paraíba (São Paulo) tem suas origens ligadas à epopeia da imigração italiana, conforme relatado no site da Festa da Colônia Italiana .
"Embarcados em portos da Itália, traziam além da pobreza, os sofrimentos das guerras da unificação italiana. Saíam da terra natal com falsas promessas de que aqui teriam a própria terra para cultivarem, mas somente no Porto de Santos é que souberam que, na verdade, haviam sido trazidos para essa nova terra, com o intuito de substituírem a mão de obra escrava, nas lavouras de café.
Nessa ocasião, os imigrantes foram remanejados para várias colônias brasileiras e, algumas famílias foram então trazidas para o recém fundado Núcleo Colonial de Quiririm, mais precisamente 118 famílias.
Alguns anos depois, ainda entregues à própria sorte, sem assistência do governo, mas já com a terra própria, que era o único incentivo daqueles imigrantes, receberam então o 'Ouro Bendito ' de onde iriam tirar seu sustento e escrever a História de Quiririm.
Os Freis Capuchinhos, instalados no Mosteiro da Fazenda Maristela, em Tremembé, doaram as primeiras sementes de arroz e ensinaram a manejar a terra e a fazer o plantio.
Essa técnica havia sido trazida da França, pelos Freis. Só aí os imigrantes começaram uma nova vida em uma nova terra.
A Colônia cresceu, seus filhos e seus netos encheram-se de orgulho pelo progresso que propiciaram ao País, com seu trabalho digno e laborioso. A chegada dos imigrantes italianos e a formação da Colônia Agrícola de Quiririm abriu uma nova era para a lavoura de Taubaté e região, chegando a liderar a produção de arroz do Estado e assim ganhar destacada posição no conceito social taubateano devido a sua importância, esforço e produtividade.
E assim os anos se passaram, plantio do arroz, do café, da batata, enfim, Quiririm era eminentemente um Distríto Agrícola.
Os monges que viviam na Fazenda Maristela e que cederam as mudas e ensinaram a técnica do plantio de arroz irrigado aos italianos do Quiririm eram os Trapistas, monges que seguiam a Regra de São Bento: orar e trabalhar.
ResponderExcluirSolange Barbosa - Tremembé