O pintor, gravador, desenhista, ilustrador Enrico Bianco é outro nome italiano inserido na célebre galeria de artistas estrangeiros que deram copro e alma ao modernismo no Brasil.
Nascido em Roma em 18 de julho de 1918, veio para o Brasil em 1937 segundo conta o site oficial .
“Desenvolveu sua arte em meio à efervescência do modernismo brasileiro. Conviveu com grandes mestres brasileiros da pintura, como Cândido Portinari, de quem foi discípulo, privou da amizade de Burle Max e recebeu rasgados elogios de gente de proa no mundo artístico, como Antônio Bento e Pietro Maria Bardi”.
O site do artista conta que “Havia seis meses que Bianco estava no Brasil quando o pintor Paulo Rossi lhe sugeriu visitar uma obra que Portinari estava preparando na sede do Ministério da Educação. Ele foi, mas só encontrou lá três ajudantes: Burle Marx (1909-1994), Inês e Ruben Cassa (1905). Percebendo as dificuldades que os três estavam tendo com a ampliação, em afresco, da mão de um garimpeiro, pediu que o deixassem tentar e, contando com o assentimento, pintou sozinho aquele detalhe”.
“Pouco depois chega Portinari e, com intuição de mestre, percebeu a interferência, perguntando com irritação: «Quem é que fez aquela mão ali?» Os discípulos apontaram para Bianco, encolhido a um canto, a quem o mestre, aparentemente, deu pouca ou nenhuma atenção. Bianco, se soubesse, nem teria ido lá mas, já que estava, deixou-se ficar, apreciando o desenvolvimento da obra. Pela hora do almoço, decidiu voltar à casa, despedindo-se de Portinari, que lhe perguntou, com a energia de sempre: «Mas, aonde vai?» «Vou para casa», respondeu Bianco.
O mestre estendeu-lhe a mão, com a mesma cara de zangado e lhe perguntou: «Mas amanhã você volta, não volta?»
Foi assim que, aos poucos, o jovem pintor foi se integrando à equipe de Portinari, tornando-se, por muitos e muitos anos, um valoroso colaborador.
A «mão do garimpeiro», a primeira intervenção de Bianco na pintura do mestre, continua lá, onde foi pintada. E a influência de Portinari em Bianco é visível em muitos de seus quadros. O pintor cresceu, ganhou vida própria, mas nunca se afastou do estilo que assimilou e aprendeu a respeitar".
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