Aldo Locatelli é assim definido em verbete da Enciclopédia Itaú Cultural de Artes Visuais:
"Embora se dedique também à pintura de cavalete, Aldo Locatelli pode ser considerado um
dos mais profícuos pintores de afrescos - sacros, especialmente -, atuantes no Rio Grande do
Sul, no século XX. Em sua curta trajetória (falece aos 47 anos) Locatelli, em seu país de
origem, pauta-se na arte Renascentista para os afrescos que realiza. No Brasil, notadamente
no projeto da Igreja de São Pelegrino, em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, trabalha com
base nesses padrões tanto nos afrescos quanto nas pinturas da Via Sacra: 'Locatelli, sem
dúvida é um tradicionalista; são visíveis em sua obra as influências, de ordem iconográfica e
técnica, dos grandes mestres do Renascimento (...) Mas o talento do artista é tal que não lhe
permite submeter-se a eles (...) sendo (...) capaz de recriá-los, a partir justamente daquilo
que neles permaneceu em estado germinal'. (ZATTERA, Véra Stedile. Aldo Locatelli. Porto Alegre: Pallotti, 1995. p. 159).
O artista trabalha nos afrescos da Igreja de São Pelegrino de 1951 a 1960 e nos 14 óleos
sobre tela da Via Sacra - executadas em seu ateliê, em Porto Alegre -, entre 1958 e 1960.
Locatelli se faz fotografar nas posições de Cristo para compor a obra. Procura expressar a
dor de Jesus durante o trajeto do Calvário, sendo o 'elemento determinante da
dramaticidade e expressividade da obra (...) sem dúvida alguma, o livro de Pierre Barbet, A
Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo o Cirurgião, no qual estão descritos os
sofrimentos físicos da paixão de Cristo sob o ponto de vista da medicina' (FABRIS, Annateresa. Aldo Locatelli, o Cirineu em São Pelegrino. Insieme: Revista da Apiesp, São Paulo, nº 3, 1992, p. 21)
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