Com o início da I Guerra Mundial, houve na Europa, a fragmentação do movimento operário devido a os caminhos nacionalistas tomados por parte do movimento, alimentando a guerra fratricida. No Brasil, os operários formaram Comitês de Luta Contra a Guerra.
Com o agravamento do conflito na Europa, as condições de vida no Brasil, principalmente para os trabalhadores ficaram piores, com falta de alimentos, roupas e habitação. Com isso, e os constantes reajustes de preços, fizeram disparar a carestia. O movimento operário formou Comitês de Agitação Contra a Carestia da Vida, fomentando reivindicações e organizando e esclarecendo os trabalhadores a respeito da situação.
A agitação se acirrou no 1° Maio de 1917 com fortes manifestações contra a carestia e pela redução da jornada de trabalho (neste período era comum jornadas diárias de 14, 16 horas).
Em junho os funcionários do Cotonifício CRESPI (fundado pelo imigrante italiano Rodolfo Crespi) entram em greve por melhores salários e outras reivindicações. A intransigência patronal leva a uma greve de solidariedade crescente.
No começo de julho as agitações operárias aumentam e culminam em confrontos com a polícia, onde foi morto o operário-sapateiro José A. I. Martinez (foto: dia dia cortejo fúnebre) deflagrando uma onda de protestos e greves que param a cidade de São Paulo levando a greve a outras cidades do estado (Campinas, Santos, etc.).
Cada categoria, cada trabalhador solidariamente paralisa suas atividades em uma onda espontânea e organizada em torno de reajustes salariais, redução da jornada de trabalho entre outras. Foi criado o Comitê de Defesa Proletária, que organizou as ações dos grevistas. Do lado do governo, foi decretado toque de recolher e proibida qualquer reunião pública, levando a grandes conflitos, com muitos feridos e mortos. Ao final de uma semana, a força grevista, isto é, os trabalhadores conseguem que suas reivindicações sejam aceitas. (Fonte: Midia Independente )
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