terça-feira, 29 de dezembro de 2009

História 2 - A carta de Vespúcio - II


Por ocasião do V centenário da Descoberta da América, um dos vários documentos produzidos pela Universitá di Firenze é um estudo de Ilaria Luzzana Carici,disponível na internet (http://eprints.unifi.it/archive/00000557/01/CARACI_I_navigatori_fiorentini.pdf). A autora destaca que existem duas hipóteses em estudo a respeito da segunda expedição de Vespucci, aquela que segundo o biógrafo Alberto Magnaghi o trouxe para o litoral brasileiro pela primeira vez. Uma dessas hipóteses diz que Vespucci teria alcançado a costa da Guiana (rio Demerara), atingindo depois a foz do rio Berbice,de lá partindo em direção à Venezuela.Ilaria salienta o fato de não exitirem cartas a comprovar tal rota. A segunda hipótese mencionada pela pesquisadora dá conta da carta de Vespucci a Piero Soderini.
"La seconda ipotesi, che segue più fedelmente il racconto della lettera, ammette invece che la spedizione sia scesa fino a 6° lat. S,esplorando anche un tratto del Rio delle Amazzoni, prima di raggiungereTrinidad e le coste venezuelane".


 

História 2 - A carta de Vespúcio I

Dizer que Amerigo Vespucci foi a primeira presença italiana no Brasil é dar crédito a uma corrente de historiadores e biógrafos, que amparados em estudos sustentam  a tese, segundo a qual, em segunda viagem ao Novo Mundo (a serviço da Espanha, entre maio de 1499 e setembro de 1500) o navegante fiorentino percorreu a foz do Rio Amazonas. O principal biógrafo de Vespucci, o italiano Alberto Magnaghi é um dos que sustentam a primazia vespucciana "in Terra Brasilis".
O grande documento que ampara essa teoria é o conjunto de cartas, dadas como sendo de autoria de Vespucci, endereçadas a Piero Soderini, e  publicadas entre 1503 e 1506. Solderini era gonfaloneiro da República de Firenze, ou seja, um dos nove cidadãos eleitos em cada bimestre de forma rotativa, para formar o governo.Era ele que tinha o privilégio de guardar a bandeira da República.
A missiva conta detalhes das quatro  expedições vespuccianas, duas a serviço da Coroa Espanhola (1497-1498 e 1499-1500) e duas a serviço da Coroa Portguesa (1501-1502 e 1503-1504). Continua....

História 1 - Vespúcio, o primeiro visitante


Quarta-feira, 22 de abril de 1500. A data marca oficialmente a descoberta de um vasto pedaço de terra pela esquadra portuguesa, sob o comando de Pedro Álvares Cabral. Um das naus da exposição portuguesa era de propriedade do mercador italiano Bartolomeo di Domenico Marchioni. Porém, três meses antes, Vespucci, segundo o relato de confiáveis fontes da historiografia mundial, desembarcava num ponto ao norte do Barsil, junto à foz do rio Amazonas, no comando de uma expedição financiada pela Coroa Espanhola. E assim, aonde desmbocava um dos maiores cursos de água doce do mundo, nascia, concretamente, a aventura italiana na Terra Brasilis.

Países irmãos

Um gemmellagio (referência a acordos que criam a figura de cidades irmãs) de 500 anos. Essa frase bem que poderia ser o tema de tantos e tantos debates envolvendo o relacionamento ítalo-brasileiro. A bem da verdade, seria um longo debate, pelo qual desfilariam uma ampla galeria de ilustres personagens - encabeçada pelo fiorentino Amerigo Vespucci (Amércio Vespúcio)-, que ao lado de figuras menos conhecidas e de uma infinidade de homens, mulheres e crianças anônimos compõem um rico capítulo da história de dois países: Brasil e Itália. Da então revolucionária indústria naval do século XVI - que seduzia navegadores italianos a aventurarem-se em longas e arriscadas viagens - até a as modernas plataformas dos carros mundiais da Fiat montados em território brasileiro, é plenamente possível teorizar-se sobre um tema atual: a globalização.