segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Italianità – O jeito de ser italiano na literatura de Alcântara Machado (2)


Antes de aprofundar a análise sobre a obra mais importante de Antonio de Alcântara Machado, vale registrar uma breve biografia do autor retirada da Enciclopédia Itaú cultural de Liiteratura Brasileira.

“Antonio Castilho de Alcântara Machado d'Oliveira (São Paulo25/05/1901 - 14/04/1935). Contista, cronista, crítico literário, romancista e jornalista. Filho do jurista, político e escritor José de Alcântara Machado d'Oliveira (1875 - 1941) e de Maria Emília de Castilho Machado. Seguindo os passos do pai e do avô, ingressa na Faculdade Direito do Largo de São Francisco em 1919. Ainda estudante, escreve artigos jornalísticos, crítica literária e teatral no Jornal do Commercio. Embora não participe da Semana de Arte Moderna (1922), apóia as novas idéias, aproximando-se dos escritores Oswald de Andrade (1890 - 1954) e Mário de Andrade (1893 - 1945) e do crítico Sérgio Milliet (1898 - 1966).

Em 1924, torna-se redator-chefe do Jornal do Commercio. Vai para Europa em 1925 e reúne as impressões de viagem em seu primeiro livro, Pathé-Baby, publicado um ano depois. Seu envolvimento com as idéias modernistas e a imprensa leva-o a fundar, com o ensaísta Paulo Prado, a revista Terra Roxa e Outras Terras; com Oswald de Andrade, a Revista de Antropofagia, em 1928, e com Paulo Prado e Mário de Andrade a Revista Nova, que dura de 1931 a 1932. Estréia com o livro de conto de Brás, Bexiga e Barra Funda, em 1927, e lança Laranja da China, em 1928. 

Na década de 1930 intensifica suas atividades políticas - apóia o movimento constitucionalista de 1932, e se transfere para o Rio de Janeiro como secretário-geral da bancada paulista na Assembléia Constituinte. Em 1934, assume a direção do Diário da Noite e é eleito deputado federal, mas não chega a ser empossado: morre no ano seguinte por complicações de uma apendicite. Deixa inédita a peça teatral A Ceia dos Não Convidados e o romance inacabado Mana Maria, publicados postumamente. Sua obra, baseada numa prosa coloquial, aborda a rápida modernização da cidade de São Paulo, com seus automóveis, indústrias e imigrantes, principalmente os italianos".

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