quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Italiani (Arte) - A marca da escultura de Calabrone em pedra e metal - 2

A Enciclopédia Itaú Culural de Artes Visuais assim se refere, criticamente, a Domenico Calabrone.


"A partir da década de 1960, Domenico Calabrone parece buscar, em sua escultura, expressão artística pela qual é mais conhecido, uma representação que unisse formas orgânicas e mecânicas, concebendo figuras meio homem meio máquina. Para tanto, procura um efeito de movimento semelhante, ainda que mais tímido, àquele produzido pelo escultor futurista italiano Umberto Boccioni em trabalhos como Formas Únicas na Continuidade do Espaço, 1913. Este seria o caso da escultura em bronze, O Jornaleiro (em homenagem ao jornalista Caludio Abramo). O crítico de arte Mário Schenberg nota a busca de Calabrone por essa síntese entendendo suas obras desse período como "símbolos válidos da máquina-instrumento e da criatura robotizada".1

Ao longo dos anos 1970, Calabrone passa a produzir esculturas denominadas "totens", em pedra ou bronze - ou ainda unindo ambos materiais -, algumas remetendo a peças pré-colombianas, todas em grandes dimensões, por vezes monumentais, e visando, provavelmente, espaços públicos, como as que se encontram na Praça da Sé e no Parque Villa-Lobos, ambas em São Paulo.

Mais tarde, o artista interessa-se por produzir esculturas geométricas realizadas com a utilização de um programa de computador para o cálculo das dimensões. Calabrone, assim, abandona as formas orgânicas geometrizadas de anos passados para trabalhar, daí em diante, apenas com figuras geométricas sobrepostas ou empilhadas, geralmente de cores fortes em plexiglass, um plástico de aparência semelhante à do acrílico. Na década de 1990, produz pinturas sob a influência das idéias da arte fractal. Nota 1 SCHENBERG, Mário. Calabrone. In: ______. Pensando a arte. 2ª ed. São Paulo: Nova Stella, 1988.

Italiani (Arte) - A marca da escultura de Calabrone em pedra e metal - 1


No campo das artes no Brasil, em particular da escultura, um nome italiano que se destaca é o doe Domenico Calabrone. Nascido em 1928 na cidade de Aieta (Calábria), Calabrone viveu em no Brasil de 1954 a 200, ano de sua morte (São Paulo). Artista plástico de formação clássica renascentista, ceramista, cenógrafo e designer de objetos e jóias, tem obras expostas em locais públicos tanto no Brasil como no exterior.

O verbete sobre o autor naEnciclopédia Itaú Cultural de Artes Visuais Enciclopédia Itaú Cultural de Artes Visuais assim se refere a Calabrone.

“Entre 1948 e 1951, freqüenta as aulas do Liceu Clássico, em Roma, com especialização em técnicas de fundição, mosaico e cerâmica. Transfere-se em 1954 para São Paulo, onde, dois anos depois, realiza sua primeira mostra individual na Galeria Art's Store. Em 1963, expõe na 1ª Exposição do Jovem Desenho Nacional, em São Paulo. Em 1965, participa do 1º Salão Esso de Artistas Jovens, no Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM/SP e no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo - MAC/USP. Apresenta trabalhos no Panorama de Arte Atual Brasileira do Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM/SP em 1975 e 1978. Em 1986, recebe o Prêmio Internacional da Escultura Contemporânea, em Cassano Jonio, Itália. Ainda na década de 1980, interessa-se pela arte fractal. Em 1991, é agraciado com sala especial no Salão Paulista de Arte Contemporânea e, em 1994, ganha o 41º Prêmio Internazionale di Pinttura Cittá di Pizzo, em seu país natal. Expõe em individuais no Museu de Arte Moderna da Bahia - MAM/BA, em Salvador, em 1963; no MAM/RJ, em 1965 e 1966, e no Museu de Arte Contemporânea de Campinas - MACC, em 1992 - esta sua última individual. Participa da Bienal Internacional de São Paulo de 1963 a 1991”.