quinta-feira, 1 de abril de 2010

História (141 )- O fenômeno do grande êxodo sob olhares italianos (5)

O site do Museo dell’Emigrazione della Gente di Toscana  traz um pequeno mas interessante arquivo fotográfico sobre a imigração toscana no Brasil. São imagens como esta de um "Gruppo di emigranti della Garfagnana impiegati come operai in una fabbrica di mattoni. Tipo documento: fotografia Datazione: 1903 ca Soggetto: lavoro Città: San Paolo Nazione: Brasile"

História (140 )- O fenômeno do grande êxodo sob olhares italianos (4)

Na Itália, outro centro de preservação da memória do grande êxodo é o Museo dell’Emigrazione della Gente di Toscana. Seu site conta que essa iniciativa nasceu em 2004 “con l’obiettivo di conoscere e valorizzare il fenomeno dell’emigrazione toscana nel mondo.

E’ stato pensato ed è organizzato su due livelli: uno fisico ed uno virtuale. Nel primo, ospitato tra le mura del Castello di Lusuolo, c’è la biblioteca, la mediateca, una sala conferenze, uno spazio per la visione o l’ascolto di audiovisivi e si sviluppa l’allestimento museale che propone il percorso della mostra 'Gente di Toscana', con le storie di chi ebbe la necessità e il desiderio di partire verso terre lontane, arricchito da oggetti e documenti dell’epoca ed “animato” dalla proiezione di videodocumentari dal forte coinvolgimento emotivo.

Il secondo livello è invece costituito dal sito del museo, attraverso il quale è possibile la consultazione on-line delle informazioni e del materiale recuperato attraverso il lavoro di ricerca (testimonianze, lettere, fotografie, documenti che gli emigrati toscani hanno messo a disposizione del Museo e dei suoi utenti).

História 139- Italianos e fundação da Casa de Saúde em Campinas

"A idéia foi lançada quando um grupo de imigrantes italianos sentiram a necessidade da fundação de uma escola para seus filhos, de uma casa de caridade para atender seus conterrâneos e de ensinamentos para a mocidade. Enfim, seria um centro recreativo, cultural e beneficente para a comunidade italiana situada na cidade de Campinas. Principal Fundador: Sr. Attilio Bucci 1ª Assembléia para criação do Circolo: 17/04/1881 Diretoria Provisória : Presidente – Attilio Bucci Secretário - Fernando Carina.

"O primeiro livro de Atas foi aberto em 30/07/1881, cuja ata foi redigida em italiano, comunicando a fundação da Sociedade Italiana em Campinas, em 17/Abril/1881, reunião realizada no Teatro São Carlos. Depois disso, as reuniões passaram a ser feitas nas residências dos Presidentes. Em 28/Junho/1882, o Circolo Italiani Uniti passou a funcionar em local próprio: Rua Regente Feijó, 58, com médico, farmacêutico para dar assistência aos associados.(aluguel). Em 10/Junho/1884, atendendo pedido da Diretoria do Circolo, a Câmara Municipal de Campinas concedeu-lhe o terreno pedido, onde seriam erguidos um hospital e uma escola . A pedra fundamental da sede própria foi lançada em 20 de Setembro de 1884, a partir de um projeto idealizado pelo engenheiro Samuele Malfatti, com a colaboração do conceituado engenheiro-arquiteto Ramos de Azevedo.

Assim, no terreno situado à Praça Riachuelo, lentamente o prédio começou a ser levantado com os auxílios: monetário, em espécie e braçal dos italianos. Mesmo inacabado, o prédio começou a ser usado, com muito orgulho, como sede social do Circolo. Em 13/Janeiro/1883, a cidade estava ameaçada com os primeiros casos de febre amarela, e o centro recreativo, num estado de emergência, é transformado em hospital, prestando serviços à comunidade assolada pela epidemia, fechando-se, provisoriamente a escola. Passada finalmente a difícil luta contra a febre amarela, os italianos continuavam com a inspiração de tornar a associação em Hospital.

Em fevereiro de 1889, a população passa por nova e grande provação: é a volta da febre amarela. A epidemia aumentava de tal maneira que, 16 dias depois, o Conselho encontrava-se impossibilitado de reunir-se. A Sociedade prestava assistência médica, distribuía remédios, gêneros, dinheiro e cuidados. O Sr. José Paulino Nogueira – então Presidente da Câmara Municipal, muito apoiou e contribuiu para se abrir nova enfermaria no edifício inacabado da Sociedade.

E assim, outra ala é transformada em Enfermaria Municipal. Até o salão de aulas da escola foi dividido em diversas enfermarias. O Dr. Costa Aguiar, à testa do serviço hospitalar, cai doente no hospital improvisado, sendo transferido para Itu, onde mais tarde veio a falecer. Em 1897, retorna a febre amarela, provocando mortes, arrasando a cidade, em especial a colonia italiana onde o surto era maior, criando nova fase de dificuldades para o Circolo. Felizmente o Dr. Emílio Ribas descobre e isola o transmissor da terrível doença, saneando Campinas, acabando de vez com a febre amarela.

Entre 1917 e 1918 a colonia esteve a ponto de fechar a agremiação em virtude de conseqüências pós guerra, criando ambiente de desunião, finalmente vencido. Em 1918 a cidade é novamente abalada pela gripe espanhola e o então presidente – Sr. Irineo Checchia passa a viver do ideal de transformar o então “Circolo Degli Italiani Uniti” num verdadeiro hospital. Unindo seus esforços aos Drs. Clemente de Toffoli e de Mario Gatti, esse acontecimento passou a ser obsessão. Em 1938, as conseqüências da guerra abalaram o Circolo. Seu nome, por força do Decreto Lei nº383, da República Brasileira, estabelecia normas a respeito de estabelecimentos estrangeiros, com alteração em seus Estatutos, e deveria ser cumprido para que não se fechasse suas dependências. Em 29/01/1939 foi convocada reunião extraordinária para ajustarem-se as primeiras providências.

Esta ata foi lavrada pelo Secretário: Ettore Garofallo – a última escrita em língua italiana. Aos poucos, inteirando-se dos termos do Decreto Lei nº383, o Circolo, em 20/09/1942, realizou uma Assembléia Geral – presidida pelo Dr. Cunha Campos, destinada à fundação de uma sociedade civil, com fins filantrópicos, para se manter e fundar nesta cidade um hospital brasileiro, passando a ser denominado – CASA DE SAÚDE CAMPINAS, em homenagem à cidade, não deixando, porém, de constar ‘Antigo Circolo Italiani Uniti'. Quando da posse da Diretoria em 26/01/47, Irineo Checchia fez ver aos presentes a necessidade de se ampliar os trabalhos da construção da Casa de Saúde Campinas, iniciando a edificação do pavimento superior aos apartamentos femininos.

Em 26/janeiro/1958, a Assembléia Legislativa Paulista, através do Decreto nº4.253 de 31/12/1957, em virtude de lei assinada pelo Dr. Jânio da Silva Quadros, referendada pelo seu Secretário da Justiça – Sr. Antônio Ferraz Filho, a CASA DE SAÚDE CAMPINAS é declarada de Utilidade Pública Estadual. E através do Decreto nº 63.557 de 06/11/1968 é declarada de Utilidade Pública Federal e de Utilidade Pública Municipal pela Lei nº1973 de 24/12/1958.

Hoje, a Casa de Saúde Campinas é um hospital reconhecido e respeitado nacionalmente. É o pioneiro no transplante renal do interior do Estado de São Paulo. O Hospital conta atualmente com os seguintes departamentos: Anestesia, Anatomia Patológica, Clínica Médica, Cardiologia, Cirurgia Geral, Cirurgia Pediátrica, Cirurgia Cardiovascular, Cirurgia Plástica, Cirurgia Torácica, Ginecologia e Obstetrícia, Hemoterapia, Nefrologia, Neurologia/Neurocirurgia, Oftalmologia, Oncologia, Ortopedia/Traumatologia, Otorrinolaringologia, Patologia Clínica, Pediatria, Pneumologia, e Urologia, UTI Adulto e UTI Pediátrica e Neonatal.