quarta-feira, 7 de abril de 2010

História ( 149)- Associativismo em Santos nos séculos XIX e XX

 “Em 22 de agosto de 1897, sob a coordenação do Sr. Paolo Santucci, os peninsulares Silvério Maimone, Domingos Spinelli, Antônio Aulicino, Emílio Christiani, Carlos Usiglio e C. Fiorani reuniram uma centena de compatriotas domiciliados em Santos e fundaram a Società di Beneficenza Italiana (SIC), com a finalidade precípua de prestar assistência aos emigrantes da Itália que chegavam ao Brasil, pelo porto de Santos, e difundir a língua italiana.

Sua primeira sede foi na própria Rua do Rosário, hoje João Pessoa, nº. 122, endereço este que hoje abriga a Procuradoria Geral do Estado de São Paulo, contando com um edifício diferente do da época da primeira sede. Seu primeiro presidente foi o Sr. Silvério Maimone. Mais tarde a transferiu-se para sua nova sede, em belo edifício da Rua Eduardo Ferreira nº. 79 (hoje ocupado pelo Sindicato dos Estivadores de Santos), na qual teve grande esplendor, com bailes, eventos culturais, festividades típicas e uma excelente escola primária, pela qual passaram muitas personalidades da sociedade santista.

Com o advento da beligerância fascista da Itália, à qual o Brasil declarou guerra, conjuntamente com o Japão e a Alemanha, a 22 de agosto de 1942, todas as entidades que congregavam os súditos desses países foram fechadas e o prédio da Società Italiana, em Santos, foi entregue à guarda do Consulado da Suíça, como representante dos direitos italianos, até o fim do conflito, a 8 de maio de 1945. Após a guerra, o incremento da emigração trouxe novas diretrizes e novo calor à coletividade italiano-santista, fazendo com que a sede social necessitasse de ampliação, surgindo, então, o projeto e a construção de uma nova sede na Av. Ana Costa, nº. 311 - a qual proporcionou um novo fastígio a esse sodalício e à sua comunidade, motivando disputas entre as grandes lideranças da colônia em Santos, nos anos 1960, especialmente entre os Srs. Ricardo Fracaroli, Francesco Savério Chirico, Urbano Ferrari e Paulo Leone. A entidade já alterara sua denominação para Societá Italiana di Santos.

Nos anos 70 e 80 houve grande mudança social e os descendentes italianos foram se nacionalizando, deixando de freqüentar a sede, que já se apresentava superada em suas instalações. A necessidade de novamente criar novos rumos para a entidade despertou a idéia da construção de uma outra sede, dentro dos padrões e exigências atuais e com a amplitude necessária a garantir um futuro promissor.

O então vice-cônsul da Itália em Santos, Sr. Cláudio Capurso, acionou esse projeto, que havia sido gerado em conjunto com o seu antecessor, comendador Paolo Leone, e contando com a valiosa colaboração da diretoria da Societá Italiana, presidida pelo Sr. Domenico Antônio Di Iório, coadjuvada por todo o quadro associativo, passou a executá-lo, derrubando a antiga sede e dando início, no mesmo local, à construção do Edifício Itália - com nove andares, dos quais seis destinados a conjuntos comerciais e ao próprio Consulado Italiano, e três andares e meio (33,33% de toda a construção) destinados, exclusivamente, à Società Italiana di Santos, compreendendo em suas dependências salões sociais, área administrativa, piscina, sauna, restaurante panorâmico, cozinhas e seus complementos, salas de aulas e zeladoria.

O belo Edifício Itália, construído em curto período, foi inaugurado a 21 de agosto de 1993, com a presença do embaixador italiano no Brasil, Sr. Paolo Tariny, do cônsul geral adjunto em São Paulo , Sr. Pierfrancesco Sacco, e do cônsul em Santos, Dr. Cláudio Capurso. A entidade mantém cursos de Língua e Cultura Italiana, para todos os níveis. Em 23 de agosto de 1996, esteve nesta cidade o cônsul geral da Itália, ministro Stefano Alberto Canavésio, para assinar um acordo cultural com a municipalidade, objetivando o ensino da língua italiana em todas as escolas do município em caráter opcional. O treinamento dos professores municipais que se inscreverem nesse programa ficou a cargo do corpo docente da Società Italiana de Santos".

História (148) - Salesianos e o Ensino Superior

 A ordem salesiana, fundada na itália por São João Bosco no século XIX, se solidificou no Brasil. Hoje, os salesianos, no País são aproximadamente 1000 e dirigem cerca de 160 casas. Há seis Inspetorias: Belo Horizonte; Campo Grande; Manaus; Porto Alegre; Recife; e São Paulo, com sede no Liceu Coração de Jesus. E assim tem caminhado a Congregação de Dom Bosco, dedicando-se os salesianos ao ensino fundamental, médio e superior, aos oratórios, às obras assistenciais, às paróquias, às casas de formação, à continuidade das missões junto aos índios no Norte e Centro-Oeste do Brasil, e missão na África, em Angola, desde 1981.

Nos dias atuais, vem consolidando sua estrutura administrativa e patrimonial por vigorosos investimentos na área da Educação, o que ocasionou uma significativa expansão de suas instituições. Este crescimento teve maior ênfase nas escolas de ensino fundamental e médio, em função do próprio carisma salesiano - educação de jovens - lema maior e inspirador de todas as ações do seu fundador, São João Bosco. Desde 1952, a congregação no Brasil vem instituindo e mantendo, também, cursos superiores.

Os Salesianos e o CENTRO UNISAL Em Americana, o Instituto Salesiano Dom Bosco, inaugurado no dia 26 de novembro de 1950 pelos salesianos, evoluiu e desenvolveu-se, numa frutífera caminhada de educação e ensino. Em 1972 criou os cursos de Administração de Empresas, Pedagogia e Serviço Social, no então Instituto de Ciências Sociais de Americana, atual Centro Universitário Salesiano - UNISAL. Às vésperas do ano 2000, o Centro Unisal, no dia 09 de outubro de 1999, lançou o marco inicial de seu novo campus em Americana. Em uma área de 442.000 m², onde haverá toda a infra-estrutura para abrigar os atuais e os novos cursos do Centro Unisal. Os câmpi do Centro Unisal ficam nas cidades de Americana, Campinas, Lorena e São Paulo.

Os Salesianos em Piracicaba Em janeiro de 1950, chegaram a Piracicaba os padres salesianos, a convite do bispo desta diocese, dom Ernesto de Paula, que estava preocupado com a falta de um colégio católico para rapazes. Nessa época, a cidade contava com o Colégio Nossa Senhora da Assunção, que mais tarde passou a se chamar Colégio Salesiano Dom Bosco Assunção, voltado para a educação feminina e o Colégio Piracicabano, de orientação metodista, que funcionava na cidade há mais de 70 anos e atendia a um grande número de rapazes de famílias católica. A pedra fundamental do Colégio Dom Bosco foi colocada em 20 de agosto de 1950, na presença de autoridades eclesiásticas, do prefeito, dos vereadores e estudantes vindos do colégio Nossa Senhora Auxiliadora de Campinas, numa área que abrigava o Clube Tênis, na antiga Chácara Laport, de propriedade da prefeitura. Desde então, o colégio cuida da formação intelectual e religiosa de seus alunos.

Junto ao colégio, os salesianos assistem os mais pobres, através do oratório festivo, com atividades esportivas e religiosas. Com a educação centrada na razão, religião e carinho, o “Dom Bosco”, como era chamado o colégio, passou a ser referência de ensino na cidade. Solidificando esse reconhecimento público de pujança cultural atribuída a Piracicaba, formou gerações de cidadãos, atuantes nas mais diferentes áreas, inclusive, ligados à vida política municipal, estadual e federal. Sempre presentes e atentos à vida social, política e econômica da cidade e às suas necessidades, os salesianos fundaram na década de 60 o Oratório São Mário, entidade assistencial, no bairro operário da Vila Rezende, atendendo até os dias de hoje, gratuitamente, crianças carentes. Esses laços tão profundos com os problemas sociais de Piracicaba, participação ativa na comunidade, exercício efetivo de cidadania, além da presença marcante na área educacional, na cidade e municípios vizinhos, deram às obras salesianas respeito, carinho e reconhecimento.

Em 1988 a Congregação das Irmãs de São José de Chambéry, impossibilitadas de continuarem com sua missão educadora em Piracicaba, na Escola Nossa Senhora da Assunção, fundada em 15 de agosto de 1893, ofereceram aos salesianos essa responsabilidade. A partir dessa data, os salesianos assumiram mais essa obra educacional que passou a se chamar Colégio Salesiano Dom Bosco Assunção. No ano 2002 os Salesianos iniciaram o processo de instalação de cursos superiores em Piracicaba.

Em 2004 foi autorizada a instalação dos cursos de Administração, Normal Superior e Sistemas de Informação na Faculdade Salesiana Dom Bosco de Piracicaba. Em 2006, os cursos de Administração e Normal Superior foram reconhecidos pelo MEC. Em 2007, o curso Normal Superior foi transformado em Pedagogia. Neste mesmo ano, formaram-se as primeiras turmas de Administração e Pedagogia.(fonte: Faculdade Dom Bosco)