sexta-feira, 9 de abril de 2010

Italiani: A bem sucedida história de Luigi Papaiz

Em 9 de dezembro de 1924 nascia na cidade de Sesto al Reghena na região Friuli- Venezia- Giulia, Luigi Papaiz que, tempos mais tarde, se tornaria no Brasil um empresário extremamente bem sucedido. Em 1947, ainda na Itália, mas em outra região (Emilia Romagna), Luigi inauguraria uma pequena fábrica na cidade de Bolonha. Cinco anos depois a família Papaiz se mudaria para o Brasil, onde, na cidade de São Paulo, bairro da Vila Prudente, lançaria a pedra fundamental do que viria a se tornar o grupo Papaiz, sinônimo de cadeados e fechaduras.

O site Rede de tecnologia traz um depoimento do próprio fundador (falecido em 2003). : "A história do Grupo Papaiz começou em 1947, quando iniciei uma pequena atividade mecânica na cidade de Bolonha, na Itália. Como eram muitas as dificuldades da economia na Europa após a guerra, em 1952 decidi transferir-me para a América do Sul em busca de melhores oportunidades de desenvolvimento.

Cheguei a São Paulo trazendo algumas máquinas como bagagem, e os primeiros anos no Brasil foram muito difíceis. A Papaiz era na Vila Prudente, e o fornecimento de fechaduras para indústrias de móveis permitiu impulsionar o crescimento inicial da empresa.

Minha filosofia sempre foi direcionar recursos para o desenvolvimento dos negócios, através do contínuo investimento em máquinas e equipamentos industriais de última geração, bem como promover uma constante valorização do elemento humano. Posteriormente, iniciamos a fabricação de cadeados, e na década de 70, passamos a produzir também fechaduras residenciais de alta segurança”.

Italiani: A doce história da família Bauducco

"A história da tradicional fábrica de bolachas e bolos BAUDUCCO tem início em 1948, quando o representante comercial Carlo Bauducco chega ao Brasil vindo da cidade italiana de Turim. O motivo para cruzar o Atlântico de navio não era agradável. Ele vinha cobrar uma dívida de máquinas de torrefação de café, importadas por um amigo, também italiano. Apesar de não falar uma palavra em português, conseguiu recuperar parte do dinheiro. Em vez de voltar à terra natal, o italiano então com 42 anos encantou-se pela cidade e decidiu ficar.

O bom faro para negócios ajudou-o a perceber que o panetone era pouco consumido em São Paulo, onde havia muitos italianos e descendentes. Dois anos depois de sua chegada ao país ele já estava produzindo Panettone artesanalmente, enxergando a possibilidade de ampliar sua produção e comercializar a deliciosa receita italiana em toda a cidade de São Paulo. No ano de 1952 foi inaugurada uma pequena confeitaria chamada DOCERIA BAUDUCCO no bairro do Brás, bairro onde se concentravam os imigrantes italianos em São Paulo, que além dos deliciosos panettones, começou a produzir também biscoitos Champanhe, doces, salgados e petit fours. Carlo logo trouxe de Milão seu único filho Luigi para ajudá-lo. Como as vendas ainda precisavam melhorar, o Sr. Bauducco resolveu inovar mais uma vez. Ele teve a idéia de encher um avião de panfletos e “bombardeou” a cidade de São Paulo.

Conseguiu ao mesmo tempo divulgar o panettone, desconhecido para muita gente, e vender todo o estoque em apenas três dias. Curiosamente, Carlo Bauducco não cozinhava. Para cuidar da preparação das guloseimas, o patriarca convidou o conterrâneo Armando Poppa, um habilidoso confeiteiro. Quando Poppa saiu para abrir sua própria doçaria, a Cristallo, em 1953, Carlo trouxe outros especialistas para substituí-lo, mas tomou o cuidado de preservar a fórmula original do doce recheado de frutas cristalizadas. O grande salto, no entanto, foi dado em 1962 com a inauguração da fábrica em Guarulhos. Começava então a passagem de produção artesanal para a produção industrial e o lançamento de novas linhas de produtos. Três anos depois, observando o hábito brasileiro de querer tocar o produto, a marca decidiu criar uma embalagem mais resistente, feito de papelão. Na caixa o Panettone encontrava-se devidamente protegido. O mesmo aconteceu posteriormente com a linha de biscoitos. P

ouco tempo depois, também foi fundamental para a expansão da marca a entrada do produto em supermercados, onde o consumidor comprava por impulso. Nos anos seguintes a BAUDUCCO lançou no mercado brasileiro vários produtos inovadores como a linha de torradas e grissinis, a Colomba Pascal e o panettone com gotas de chocolate, que fisgou os fãs do tradicional doce incapazes de comer frutas cristalizadas. Os produtos BAUDUCCO cruzaram as fronteiras internacionais em 1979 com as primeiras exportações para os Estados Unidos. A década de 80 começou com grandes novidades, como a construção da segunda fábrica em 1983 e os lançamentos de dois grandes sucessos da marca: biscoitos amanteigados e Wafers. Foi também nesta época que Massimo, neto do fundador da empresa, assumiu o comando da empresa e deu partida em um ambicioso plano de diversificação. Na ocasião, os panetones garantiam quase a totalidade do faturamento.


Hoje, eles representam apenas 25%. Num primeiro momento, os Bauducco definiram dois mandamentos. O primeiro: não abandonariam sua vocação, isto é, “produtos de forno”. O segundo: “A gente não admite fazer nada que já existe no mercado”. Foi assim com os sabores inéditos da bolacha wafer, setor no qual a BAUDUCCO se tornou o segundo maior fabricante do mundo. No ano de 1997, após uma série de pesquisas em profundidade, a BAUDUCCO faz a maior mudança de identidade visual já realizada por uma empresa de alimentos. Modernizando a sua logomarca, adota o amarelo como cor predominante em todas as suas embalagens. O amarelo, entre outras coisas, simboliza a luz do sol e o trigo, base de todos os produtos. Junto com a mudança das embalagens, foi veiculado um filme publicitário contando a chegada da família Bauducco ao Brasil.

No ano seguinte a BAUDUCCO recebe, em Londres, o prêmio Design Effectiveness Awards com a embalagem desenvolvida para a sua lata especial de Natal do Panettone. É a primeira vez que uma empresa brasileira de alimentos recebe este prêmio. Em 1999, com um produto de grande qualidade e versões com recheio, torna-se líder de mercado na categoria de bolos no Brasil. Em 2001, a empresa comprou sua principal concorrente, a Visconti. Essa aquisição consolidou a BAUDUCCO na liderança, com uma fatia de 70% do mercado de panettones. Recentemente, a BAUDUCCO concluiu uma ampla pesquisa para mensurar a aceitação de novos produtos.

Sete categorias foram avaliadas. O resultado revela o vigor da marca. Algumas das categorias estão “prontas” para receber a assinatura BAUDUCCO. É o caso de pães, massas e, um pouco depois, chocolates. Itens como molhos prontos não estão descartados. Conquistando o mundo A partir de 2000 a BAUDUCCO começou uma forte expansão internacional para vários países. Mas a grande sedução vem do mercado americano. Lá, a BAUDUCCO inaugurou em 2005 uma subsidiária, a Bauducco Foods, responsável pela coordenação de oito distribuidores locais. O principal objetivo é atender as grandes redes de supermercados americanas. A Wal-Mart fechou um contrato para abastecer suas lojas da Flórida.

Também é possível encontrar torradas, biscoitos e panetones BAUDUCCO na Walgreens, maior rede de lojas de farmácia e conveniência do país. A menina dos olhos da família, porém, é o contrato com a Target, segunda maior empresa de varejo dos Estados Unidos. A BAUDUCCO será a primeira marca brasileira a ocupar espaço nas gôndolas da gigante. A marca no mundo A empresa comercializa seus produtos através de 200 mil pontos de venda no Brasil.

Atualmente a BAUDUCCO possui quatro fábricas (três em São Paulo e uma em Minas Gerais) e nove centros de distribuição, nos quais trabalham 3.000 funcionários. Os produtos da marca são vendidos em cinqüenta países, entre os quais Estados Unidos, Japão, Portugal e Argentina. As exportações representam hoje 10% do faturamento da empresa. O grupo ainda mantém em seu portfólio a marca Visconti". (Fonte: Blog Empreendedorismo)