terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Italiani (Esculura) - O vigor da obra de Brizzolara na cidade de São Paulo


Bem no centro da maior cidade da América Latina, ao lado do Teatro Municipal, o escultor italiano Luigi Brizzolara (Chiavari, 1868 – Gênova,1937) deixou as marcas de seu talento.Trata-se do Monumento a Carlos Gomes, um conjunto de 12 magníficas estátuas (bronze, mármore e granito) em homenagem ao grande maestro brasileiro, autor de consagradas óperas como Il Guarany e Fosca. Inaugurado em 1922, o monumento foi um tributo prestado pela comunidade italiana de São Paulo nas comemorações do Centenário da Independência do Brasil. Uma das figuras criadas pelo artista italiano representa o maestro Carlos Gomes(1836-1895). As outras simbolizam a música, a poesia e figuras de suas óperas mais importantes.O maior destaque do monumento, no entanto, é a chamada Fonte dos Desejos. Com seus cavalos alados e chafarizes é feita de bronze e, em 1957, foi abastecida com água trazida direto de Roma, da Fontana di Trevi, pela escritora italiana Mercedes La Valle. Brizzolara tem outras belas obras espalhadas pela cidade, seja ao ar livre ou em Museus. Uma bastante conhecida é ''Anhanguera''(3,22m em mármore), localizada em plena Avenida Paulista, a mais importante da cidade. A estátua, concebida em 1924, homenageia um dos desbravadores portugueses que percorreram o interior de São Paulo, no século XVII, fundando vilas e cidades. (por Mario Ciccone)

História 12- Presença italiana no Brasil Colonial IV



A ação militar dos italianos que desembarcaram no Brasil colonial às participações nas lutas contra franceses (século XVI) e holandeses (século XVII). Algumas fortificações, erguidas no século XVIII, foram obras de engenheiros que, deixando a Itália, vieram trabalhar no Norte e Centro-Oeste brasileiro. Domenico Sambucetti, chegaria em 1770, e chefiaria, a partir de 1775, da construção da Forte Príncipe da Beira (Rondônia),na margem direita do rio Guaporé, fronteira natural entre o Brasil e a Bolívia. A Fortaleza foi concluída em 1783, mas Sambucetti não a viu completa, pois faleceu em 1780, vítima da malária. O Forte é um quadrado com 970m de perímetro, muralhas de 10m de altura e seus quatro baluartes são armados, cada um, com quatorze canhoneiras.





Outra obra que conta com a assinatura italiana é a Fortaleza de São José, no Macapá, capital do Amapá. Projetada e construída por Antonio Galluzzi, que morreu sem ver a obra finalizada. Presume-se que o arquiteto tenha contraído a malária dos trópicos. Toda a estrutura da fortaleza foi construída por escravos e por índios capturados nas redondezas. Foi concluída em 1792 por outros engenheiros, entre eles Domenico Sambucetti.Desde então, o forte reina imponente, como uma espécie de guardião de Macapá. Fica na margem esquerda do Amazonas, sempre acariciado pelas sossegadas águas do grande rio, que avançam para o Atlântico.



História 11 - Presença italiana no Brasil Colonial III

De 1681 a 1821, Portugal e Espanha assinaram diversos Tratados, que tinham por objetivo estabelecer os limites de cada país nas terra sul-americanas. Alguns desses acordos contaram com a participação italiana, como é o caso do Tratado de Madri, assinado em 1750, que definiria as novas fronteira no Rio Grande do Sul. Nas discussões sobre esse polêmico assunto, uma comissão de astrônomos e geógrafos italianos, chefiados por Michelangelo Blasco, realizaria um ousado trabalho de pesquisa , considerado pela Coroa lusitana uma verdadeira obra de engenharia militar, tanto é que Blasco foi, posteriormente, nomeado marechal (1763). Portugueses descendentes de italianos também participariam das discussões que envolveram a elaboração do Tratado de Santo Ildefonso, em 1777.