domingo, 14 de março de 2010

História ( 108)- “Far l´America (59)”: O Núcleo Colonial Barão de Jundiaí (1)

Um breve perfil do Núcleo Colonial Barão de Jundiaí é traçado no site da Prefeitura de Jundiaí.
 
"Depois que o imperador D.Pedro II ordenou às províncias a criação de núcleos coloniais, o então Presidente da Província de São Paulo, Antônio de Queiroz Telles - o Conde do Parnaíba - criou quatro núcleos, entre eles o Núcleo Colonial Barão de Jundiaí, em 4 de outubro de 1886, atual região do bairro da Colônia".
 "Os núcleos deveriam estar situados em locais que permitissem facilidades de transporte dos produtos do mercado, possuir terra fértil para receber as culturas tradicionais das províncias e boas para a pastagem, além de oferecer condições naturais para serem trabalhadas por meios mecânicos. O Núcleo foi implantado numa área de 221 alqueires, denominada Fazendinha".

As estradas foram executadas seguindo as curvas de nível do terreno e na parte central urbana foram destinadas áreas para Praça, Igreja, Escola, além da área municipal. O imigrante destinado ao Núcleo Colonial não passava pela Hospedagem do Imigrante na capital, e contava com passagem livre nas ferrovias e com abrigo no núcleo escolhido.

A Árvore Lendária 

"A Figueira", árvore que existiu na região central da Colônia onde hoje se localizam as cantinas, foi considerada o maior símbolo deste núcleo colonial, e tornou-se lendária ao cumprir, nos primeiros tempos, a função de "alojamento" dos imigrantes. Segundo depoimentos, as famílias permaneciam sob a figueira protegidas por panos, lençóis e barracas, enquanto esperavam a liberação de seus lotes. Citada em versos, livros, história e estórias, a Figueira  permanece na memória da cidade, remetendo aos primeiros tempos dos imigrantes, ao seu contato com as terras novas, depois de uma viagem dura, carregada de emoções e de fatos dramáticos.

Dificuldades

"A vida do imigrante italiano que se fixou no Núcleo de Jundiaí foi difícil. A maioria deles veio da Itália com passagens subsidiadas pelo governo brasileiro e trazia, além da roupa do corpo, os seus poucos bens. Apesar de todas as dificuldades e com falta de dinheiro, os imigrantes conseguiram, às custas do trabalho em família, realizar benfeitorias nas terras próprias por meios das atividades agrícolas, como o cultivo de uva e cereais. Os colonos, que se estabeleceram nos lotes rurais do Núcleo Colonial Barão de Jundiaí eram agricultores. Dentre as principais culturas destacavam-se o milho, o feijão, o arroz, a batata-doce e a inglesa, a mandioca, os legumes e as frutas.

"Cultivavam-se ainda as hortaliças e uvas, ambas de considerável expressão econômica. O milho, um dos principais produtos básicos, era mais cultivado para o consumo doméstico. Com ele, faziam-se a farinha e o fubá (polenta), que servia ainda de alimento para os porcos e galinhas, que conviviam com cabras, cavalos e vacas. Também a criação de porcos teve importância na economia. Eram criados pelas famílias para seu próprio consumo, como também para vender. Com os porcos, tinham a gordura e faziam a lingüiça".

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