terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Italianitá– O jeito de ser italiano na literatura do modernismo brasileiro:as sátiras de Juó Bananére (2)


No ano em que nascia Juó Bananére (1911), o Brasil era governado por um militar, o marechal Hermes da Fonseca. A ação política do periódico “O Pirrallho” foi extremamente crítica em relação ao governo do marechal.  E tal crítica se sustentava no humor e na ironia de Bananére.
Artigo publicado por Sérgio Amaral Silva no site Digestivo Cultural faz menção à crítica política de Juó Banaére.

Seu alvo preferencial, o presidente da República entre 1910 e 1914, marechal Hermes da Fonseca (que tratava por "Maresciallo", "Hermese" ou "Dudú"), a quem não poupava também a noiva, a caricaturista Nair de Teffé (a "Nairia"). Ironizava ainda a eminência parda do governo, o político gaúcho Pinheiro Machado (o "Pignêro"). Essas três personagens aparecem no poema O Dudú, que no trecho final os denuncia como responsáveis pelo desvio de dinheiro público:

"O Maresciallo co'a Nairia i co Pignêro
Azuláro cos dignêro
Gá du Banco da Naçô.
I un restigno che scapô distu pissoalo
O ermó du Maresciallo
Passô a mó, abafô !

I o Brasile goitado !
Ficô pilado, pilado !!..."

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