segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

História 30- Italianos na Revolução Farroupilha – Especial Garibaldi (9)


Após o naufrágio, Garibaldi e o seus que sobreviveram contaram com a ajuda de republicamos para seguir por terra rumo a Laguna. Naquela cidade o destino o colocaria à frente do grande amor de sua vida: Ana Maria de Jesus Ribeiro, que entraria para história como Anita Garibaldi. O site Caderno de História Memorial do Rio Grande do Sul aborda o encontro de Garibaldi e Anita dessa maneira.

"Em Santa Catarina, Garibaldi e os Farrapos proclamam, em 29 de julho de 1839, a República Juliana, na gloriosa imprudência de quem sonhava transformar todas as províncias do Império Brasileiro em Repúblicas autônomas, porém, federadas. Sua atuação e dos barcos imperiais, que tomou como presa de guerra e colocou sob o seu comando na campanha de Santa Catarina, foi notável em todos os aspectos, revelando-se mais que um simples comandante de barco de guerra, mas um verdadeiro almirante, capaz de traçar estratégia naval, com uma visão abrangente do teatro de guerra, operando em conjunto com as forças terrestres.

Então, numa tarde, da amurada de seu navio, viu uma jovem senhora, quase uma menina, que apanhava água numa fonte, porque se recusara, ao contrário do marido, a fugir para as montanhas, diante da fúria dos combates. Seu nome – ANA MARIA DE JESUS RIBEIRO, natural dos arredores de Laguna, uma brasileira típica, toda feita de aço e de seda, em cujo semblante nobre brilhavam dois olhos que podiam ser termos como de uma corsa e faiscantes como os de uma pantera. Garibaldi tem 32 anos, é alto, fortíssimo e alourado, com cabelos e barba crescidos.  É uma mulher pequena, mas forte"

Garibaldi, encantado com a presença da jovem brasileira pronuncia a célebre frase: "Vergine, tu sarai mia" ("Virgem, tu serás minha")
 
"O amor foi imediato e fulminante. Perduraria sem estremecimentos nos poucos anos que viveram lado a lado. Por dez anos esse amor iluminou a História de dois continentes, igualando-se aos grandes romances da História universal. Garibaldi diminuiu carinhosamente o nome de sua amada - Ana, Aninha, ANITA em italiano, verdadeiro símbolo da mulher brasileira. Brava e terna, corajosa e apaixonada, valente e leal, realmente uma mulher à altura do homem da sua vida".

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