Após o naufrágio, Garibaldi e o seus que sobreviveram contaram com a ajuda de republicamos para seguir por terra rumo a Laguna. Naquela cidade o destino o colocaria à frente do grande amor de sua vida: Ana Maria de Jesus Ribeiro, que entraria para história como Anita Garibaldi.
O site Caderno de História Memorial do Rio Grande do Sul aborda o encontro de Garibaldi e Anita dessa maneira.
"Em Santa Catarina, Garibaldi e os Farrapos proclamam, em 29
de julho de 1839, a República Juliana, na gloriosa imprudência de
quem sonhava transformar todas as províncias do Império Brasileiro
em Repúblicas autônomas, porém, federadas. Sua atuação e dos
barcos imperiais, que tomou como presa de guerra e colocou sob o
seu comando na campanha de Santa Catarina, foi notável em todos os
aspectos, revelando-se mais que um simples comandante de barco de
guerra, mas um verdadeiro almirante, capaz de traçar estratégia naval,
com uma visão abrangente do teatro de guerra, operando em conjunto
com as forças terrestres.
Então, numa tarde, da amurada de seu
navio, viu uma jovem senhora, quase uma menina, que apanhava
água numa fonte, porque se recusara, ao contrário do marido, a fugir
para as montanhas, diante da fúria dos combates. Seu nome – ANA
MARIA DE JESUS RIBEIRO, natural dos arredores de Laguna, uma
brasileira típica, toda feita de aço e de seda, em cujo semblante nobre
brilhavam dois olhos que podiam ser termos como de uma corsa e
faiscantes como os de uma pantera. Garibaldi tem 32 anos, é alto,
fortíssimo e alourado, com cabelos e barba crescidos.
É uma mulher pequena, mas forte"
Garibaldi, encantado com a presença da jovem brasileira pronuncia a célebre frase: "Vergine, tu sarai mia" ("Virgem, tu serás minha")
"O amor foi imediato e fulminante. Perduraria sem
estremecimentos nos poucos anos que viveram lado a lado. Por dez
anos esse amor iluminou a História de dois continentes, igualando-se
aos grandes romances da História universal. Garibaldi diminuiu
carinhosamente o nome de sua amada - Ana, Aninha, ANITA em
italiano, verdadeiro símbolo da mulher brasileira. Brava e terna,
corajosa e apaixonada, valente e leal, realmente uma mulher à altura
do homem da sua vida".
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