Em novembro daquele ano, sem ter como conter o avanço liberal, os conservadores são, finalmente, derrotados quando a Assembléia Geral Legislativa do Brasil, declarava a maioridade de D. Pedro II. Depois da coroação do jovem monarca em 1841, a diplomacia brasileira redobrava os esforços na tentativa de encontrar uma esposa para o imperador, de preferência da família real austríaca, os Habsburgo. No livro As Barbas do Imperador, Lilia Moriztz Schwarcz, afirma que a missão “não era fácil, já que D.Pedro, imperador de um território distante e desconhecido, era considerado, além do mais, pobre.” A solução encontrada foi negociar com o rei de Nápoles, Fernando II, um Bourbon sem grandes fortunas, já que uma de suas filhas, Teresa Cristina Maria, tinha uma avó do ramo dos Habsburgo. Acertado o valor do dote, o casamento seria realizado na corte napolitana, por procuração, em julho de 1843.
Em seguida, a jovem imperatriz brasileira, de apenas 20 anos de idade, embarcaria rumo ao Rio de Janeiro, onde conheceria o seu marido em setembro daquele ano. Ainda segundo Lilia Moriztz Schwarcz, “malgrado as informações que lhe haviam chegado sobre as virtudes da imperatriz, d.Pedro só pôde notar-lhe os defeitos: Teresa Cristina era baixa, gorda, e além de tudo coxa e feia. A decepção estampou-se no rosto do jovem monarca, que, dizem, chorou nos braços da condessa de Belmonte".
O casal viria a ter quatro filhos, dois meninos que logo morreriam, e duas meninas, as princesas Isabel e Leopoldina. Teresa Cristina, ao longo de sua vida ao lado de D.Pedro II, sempre procurou ficar ao lado do marido, seja viajando com ele diversas vezes para a Europa, seja acompanhando e apoiando o mecenato do monarca em favor das artes, em particular a música.
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