domingo, 10 de janeiro de 2010

Oriundi (Música) – A obra Radamés Gnatalli


Considerado um dos mais completos músicos brasileiros, o gaúcho Radamés Gnatalli (1906-1988) Tornou-se célebre por transpor a fronteira que, até então, separava a música erudita da popular, e acabou por influenciar uma geração de compositores. Filho do músico italiano Alessandro Gnatalli (natural de Verona) e da pianista gaúcha Adélia Fossati Gntalli (neta de piemontoses – Torino), começou a estudar piano aos seis anos.

O site de Radamés Gnatalli apresenta sua autobiografia e detalhes de sua origem, além de um belo álbum de fotos. “O pai, imigrante operário, marceneiro de ofício, chegou ao Brasil com 20 anos, em 1896. Na bagagem, o desejo ferrenho de tornar-se músico. Aida, sua filha, esclarece: ‘Não havia nenhum Gnattali músico até então. Os músicos eram os Fossati. Ao chegar a Porto Alegre, papai foi informado de que havia lá uma família de músicos e professores de música. Eram os Fossati' ”

Em 1920, Radamés ingressou no Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul (atual Instituto da Artes da UFRGS). Concluiu aos 18 anos o curso de piano, recebendo o grau máximo, e na mesma ocasião foi entregue ao precoce músico a medalha de ouro no curso de piano Araújo Viana. Deixou extensa obra, com destaques para a Sinfonia Miniatura, Sinfonia Popular, Azulão, Casinha Pequenina e Prenda Minha.

Apesar de ser exímio pianista e compor para os mais variados instrumentos, Gnattali se imortalizou por causa das composições para violão. As obras vão desde solos, música de câmara com violão, quatro concertos para violão e orquestra, dois concertos para dois violões e orquestra, além de um concerto para flauta, violão e orquestra.

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