quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Italiani: Francesco Matarazzo, ícone da imigração italiana no Brasil (3)

Na Revista de História, publicação da Biblioteca Nacional, Ronaldo Costa Couto complementa assim, um breve quadro sobre quem foi Francesco Matarazzo.


"Seu pragmatismo político se manifesta de novo durante a Guerra Paulista de 1932, que queria depor Getulio Vargas (1882-1954). Matarazzo mantém relação apenas formal com o presidente, mas resolve não se envolver diretamente na revolução que mobiliza toda São Paulo. Realista, não vê qualquer chance de vitória.
Já seu sobrinho Ciccillo Matarazzo, da gigantesca Metalúrgica Matarazzo, fabrica artefatos militares para os revoltosos. Francesco Matarazzo vira símbolo da industrialização no Brasil.  Em 1928, junta-se a outros empresários – como Roberto Simonsen, Jorge Street, José Ermírio de Moraes e Horácio Lafer – para criar o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), do qual será o primeiro presidente. Em 1931, nasce a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), de novo tendo Matarazzo como primeiro presidente.

Principal empresário da República, o italiano mais rico do mundo, morre em 1937, aos 82 anos, deixando como principal legado o maior e mais sólido conglomerado empresarial da história brasileira. Uma fortuna mítica, quinta do planeta em seu tempo, amealhada em 55 anos de trabalho, tecnicamente estimada em mais de 20 bilhões de dólares de 1992.

Nas palavras de Assis Chateaubriand (1892-1968), magnata da imprensa, o Brasil ganhara um novo estado: o 'Estado Matarazzo', com faturamento muito superior às receitas de qualquer outra unidade federativa, exceto São Paulo.

Já o amigo e admirador Monteiro Lobato definiu sua trajetória de maneira mais simples: ‘um permanente rush para cima’.

E o próprio conde tinha um segredo para o sucesso? ‘Alguma inteligência, certa capacidade gerencial, muito trabalho e sorte.’" (na foto Memorial Matarazzo em Castelabate).

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