sábado, 24 de abril de 2010

História (169 ) - "Far l'America (91)": Pioneiros da Colônia Conde D'EU

"As colônias de Conde d'Eu e Dona Isabel pertenciam ao território de São João de Montenegro, elevado à categoria de Municipio em 5 de maio de 1873. Nos começos de 1875, chegava a Conde d'Eu uma leva de imigrantes, cerca de 40 casais ou famílias suíço-francesas, que se instalaram nos lotes situados na Estrada Geral. Formou-se assim o primeiro núcleo colonizador, destacando-se as famílias de João Jurdissi, Francisco Bouvier, João Dachery, João Blange, Luís Antônio Menetrier, Déchamps, Chevalier, Srasin, Sussie, Calixte, José Grandeau, Buvê, Aleixo Girand, Francisco Gotteland, Chapa, Fragnon e diversas outras. Convém notar que, antes dos suíços, vários brasileiros haviam se fixado no local. Por não se adaptarem ao meio, emigraram para outras plagas, assim como os estrangeiros. O precursor dos moradores brasileiros de Conde d'Eu foi João Carlos Rodrigues da Cunha.

A primeira família italiana que teve acesso à colônia foi a de Cirilo Zamboni. Em 1876, chegaram 700 imigrantes italianos oriundos do Tirol austríaco, acompanhados pelo jovem e zeloso sacerdote Pé Bartolomeu Tiecher. A história guarda carinhosa lembrança de João Batista Tamanini, Batista Tomasi, Fortunato Amadeu Manica, Jorge Srott João Batista Nicolodi, Pedro Weber, Leopoldo Mafei, Carlos Miorando, Arcadio Consatti, Batista Camini Felipe Turatti e Osvaldo Consatti, dentre outros. Esses fixaram-se na linha Figueira de Mello, ao passo que foram instalar-se na linha Estrada-Geral: Manuel Peterlongo, Pedro Palaver, José Lora Francisco Rosa, Camilo Lorenzi, Luís Senter, Luís Casacurta, José Sciecere, Luís Fonin, Jacó Faraon, Arcàngelo Faraon, Luís Faraon, Antônio Segue e muitos outros. Para a colônia Dona Isabel foram Henrique Enriconi, David Manica, Valduga, Escer, Gasperetti, Fontana, Giacomoni e Decarli.

Ainda em 1876, chegaram algumas famílias polonesa s, que bem depressa se entrosaram com os elementos latinos, merecendo especial destaque os nomes de Paulo Ciarnowski, João Cabowiski e Sbeguen. Esse excelente potencial humano viria a ser um dos fatores preponderantes do enriquecimento e progresso do Município. Iniciada, em 1879, a construção da importante rodovia Buarque de Macedo, conbe ao Dr. Joaquím Rodrigues Antunes, chefe da Comissão de Terras, a honra de ultimar os trabalhos.

A estrada atravessava as colônias Conde d'Eu e Dona Isabel, ligando os campos de Lagoa Vermelha e Vacaria a São João de Montenegro. Ao tempo em que os imigrantes chegaram a Conde d'Eu, a região era domínio dos aborígenes que aos poncos se foram retirando para outras plagas ainda não devassadas. Contribuiu para isso a abertura da estrada que, de Maratá, no MUNICÍPlO de Montenegro, iria até os campos de Lagoa Vermelha. Tão logo foi concluída a rodovia, construiu-se espaçoso barracão na sede da colônia, destinado a pouso de tropeiros, em suas longas jornadas.

O local recebeu a denominação de Galpão. Em 24 de abril de 1884, a colônia de Conde d'Eu constituiu-se em freguesia, desmembrada da de Estrela, dois anos depois, a 1.° de setembro, era erigida a primeira capela. O progresso da colônia foi se fazendo sentir em todos os setores, o que determinaria sua emancipação em 1900. Recebeu o nome de Garibaldi, em homenagem ao célebre caudilho, herói de dois continentes, que tomou parte ativa na unificação italiana e foi ainda um dos mais vigorosos paladinos da Revolução Farroupilha". (Fonte: IBGE)

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