quarta-feira, 16 de junho de 2010

Italiani - Padre Vicente Schiena e a Basílica de Nossa Senhora de Nazaré

No site da TV Liberal, encontramos referências ao padre Vicente di Schiena que durante muitos anos trabalhou na Basílica de Nossa Senhora de Nazaré. Padre Vicente nasce em 16 de novembro de 1929, em Andria, Itália, sendo ordenado sacerdote em 4 de abril de 1955, em Roma. Faleceu na Itália em 1991. No site da TV Liberal.

"Segundo o padre Vicente, a construção foi difícil. Durante a primeira guerra mundial, com as obras em pleno andamento, grande parte do mármore foi encomendado à Marmífera Lígure, italiana. A encomenda chegou, mas como houve o "crack" econômico, não foi possível enviar o valor do pagamento. Assim, quando a guerra terminou e a dívida pôde ser saldada, a Marmífera havia pedido falência. Uma das causas foi a falta de pagamento da encomenda da Basílica. 'São inconvenientes internacionais', explica o padre. Durante a segunda guerra, com o cruzeiro valorizado, foi possível adquirir os materiais necessários à construção. Naquela época, conta o padre, para se comprar um cruzeiro gastava-se 64 liras.

Mas, com o acirramento da luta, o comércio teve que ser interrompido. O atraso só não foi maior porque a maior parte das obras estava pronta. Todos os mosaicos e vitrais haviam chegado, e faltava pouco para completar o templo. Segundo o padre Vicente, o padre Luiz Zoia, que só esteve uma vez em Belém, acreditou que seria fácil construir a Basílica nova, porque nesta época vivia-se o fausto provocado pelo "boom" da borracha. Já então, em 1908, começava o declínio deste comércio, mas na época todos pensavam que a euforia iria continuar por muito mais tempo. Quando aqui esteve, o padre Zoia admirou-se do rico Teatro da Paz e dos gastos que a sociedade local tinha, importando "shows" de outros países. "Se havia dinheiro para isso, porque não haveria dinheiro para construir igreja?", perguntou-se ele.

A realidade provou que as facilidades não eram tantas. Graças ao vigário da igreja , padre Emilio Richert, que foi, segundo o padre Vicente, quem administrou a obra do ponto de vista financeiro, e ao padre Afonso Di Giorgio, que se mostraria incansável na coleta de doações, os trabalhos foram desenvolvidos progressivamente. Conta o padre Vicente que, ao findar a semana e ver que o dinheiro arrecadado não fora o suficiente para pagar os trabalhadores, padre Di Giorgio convocava um fiel e ia, de loja em loja, pedir colaborações.

Estas visitas às autoridades locais se faziam freqüentes, também, quando chegavam da Itália os carregamentos de mármore. Adquirido por um bom preço e transportado gratuitamente como lastro do navio, o mármore, ao chegar ao porto de Belém, era taxado pela alfândega. Para liberá-lo, o padre Di Giorgio percorria gabinetes e a Câmara, recorrendo a todos os meios até conseguir isenção parcial ou total do imposto”.(Fonte: TV Liberal)

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