"No livro especialmente escrito para a Coleção Aplauso, editado pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, a atriz Nydia Licia afirma que foi no TBC, como ficou conhecido o Teatro Brasileiro de Comédia, que ganhou disciplina, respeito pelo trabalho, honestidade em cena e coleguismo; lições que lhe serviram de guia para o resto da vida.
Em uma época em que os palcos fervilham em São Paulo, é importante lembrar que a cidade deve a Franco Zampari, um engenheiro italiano que chegou ao Brasil em 1922, grande parte desta efervescência teatral. Foi este admirador da arte dramática quem fundou, em 1948, o Teatro Brasileiro de Comédia, o TBC, do qual também seria o diretor administrativo. No livro Eu Vivi o TBC, da Coleção Aplauso, editada pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, a atriz Nydia Licia rememora a época em que a cidade só contava com três grupos amadores e o público só estava acostumado a dramalhões ou comédias leves.
A inauguração do TBC trouxe para o palco textos clássicos e modernos, diferentes, de autores como Luigi Pirandello, Tennessee Williams, Oscar Wilde e Anton Tchekov, relata a atriz. Para ela, trabalhar no Teatro Brasileiro de Comédia era um privilégio; além do salário mensal Franco Zampari fornecia todo o guarda-roupa, algo incomum nas companhias da época.
Com a experiência de quem viveu o TBC de corpo e alma, Nydia Licia traça a história da companhia desde que ela foi fundada até ser extinta, no início dos anos 1960.
A atriz refaz o percurso do cenógrafo italiano Aldo Calvo, que viria a se tornar diretor técnico do TBC, e dos diretores teatrais, também italianos, que trabalharam na companhia: Luciano Salce, Flaminio Bollini Cerri, Ruggero Jacobbi e o exigente Adolfo Celi, que imprimiu um ritmo intenso de trabalho e entusiasmou os atores. Em 1950, a companhia já se tornara 100% profissional.
Escrito em primeira pessoa, Eu vivi o TBC é um tributo aos atores que se forjaram na grande escola que foi o Teatro Brasileiro de Comédia, como Rubens de Falco, Paulo Autran, Cacilda Becker, Sérgio Cardoso, Walmor Chagas, Cleyde Yaconis e a própria Nydia Licia, entre tantos outros".(Fonte: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo)
Um blog para difundir e aprofundar temas da presença italiana no Brasil, bem como valorizar o Made in Italy. Um espaço para troca de informações e conhecimento, compartilhando raízes comuns da italianidade que carregamos no sangue e na alma. A italianidade engloba a questão das nossas raízes italianas e também reserva um olhar para a linha do tempo, nela buscando e resgatando uma galeria de personagens famosos ou anônimos que, de alguma forma, inseriram seus nomes na História do Brasil.
terça-feira, 20 de abril de 2010
Italiani - A dramarturgia de Adolfo Celi
“Adolfo Celi (Messina Itália 1922 - Roma Itália 1986). Diretor. Encenador italiano que chega ao Brasil nos anos 50 para tornar-se o primeiro e mais bem-sucedido diretor artístico do Teatro Brasileiro de Comédia. Permanece no Brasil até 1961, sendo um dos fundadores e mentores da Companhia Tônia-Celi-Autran. Volta para seu país de origem, desenvolvendo profícua carreira como ator de cinema.
Forma-se em 1945 na Academia Nacional de Arte Dramática de Silvio D'Amico, onde é colega de futuras celebridades como Luigi Squarzina e Vittorio Gassman, e de Luciano Salce, que mais tarde será um de seus parceiros de trabalho no TBC. Inicia sua carreira profissional como diretor, assistente de direção (de Luchino Visconti, entre outros), ator de teatro e de cinema. É participando de um filme com Aldo Fabrizzi, que viaja em 1948 para Buenos Aires e lá permanece após as filmagens, encenando uma versão de Antígone, de Sófocles, para o Teatro Experimental de Buenos Aires. Sendo indicado pelo cenógrafo Aldo Calvo a Franco Zampari, empresário que começa a implementar o TBC, é convidado a tornar-se diretor artístico da companhia, ainda em vias de profissionalização.
Aos 27 anos, em janeiro de 1949, Celi desembarca em São Paulo para assumir a responsabilidade pesada de gerir artisticamente aquela que se tornará a companhia estável de maior importância na década de 50 no teatro brasileiro. Sua primeira realização paulista, também a primeira do elenco profissional que Zampari acaba de contratar, estréia em junho de 1949: Nick Bar...Álcool, Brinquedos, Ambições, de William Saroyan, já encenada por Celi na Itália, projeto piloto de um padrão que o TBC seguirá nos próximos anos: um texto interessante, capaz de fornecer interpretações marcantes, reunindo num ambiente levemente exótico um punhado de figuras humanas marcadas por alguma característica diferenciada.
Nesse trabalho, dirige sua futura mulher, Cacilda Becker, primeira atriz profissional a ser contratada pela companhia. A repercussão serve de cartão de visitas ao evidente preparo técnico do jovem diretor, além de revelar sua tendência a um tratamento expansivo, teatral aos espetáculos que abraça. O grande trunfo da encenação, todavia, é a homogeneidade do elenco, hábil e correto nos desempenhos. Seguem-se, ainda em 1949, as direções de Arsênico e Alfazema, comédia americana de Joseph Kesselring, e Luz de Gás, um policial de Patrick Hamilton, última incursão da atriz Madalena Nicol no conjunto, cuja liderança fora abalada pela chegada de Celi. Outro diretor italiano é contratado por indicação de Celi, Ruggero Jacobbi, e todos os espetáculos da temporada de 1949 são bem recebidos pelo público, resultando em um sucesso de bilheteria para o empreendimento.
O início de 1950 traz a primeira realização mais ambiciosa de Celi, Entre Quatro Paredes, de Jean-Paul Sartre, que alcança grande repercussão e polêmica, provocando reações adversas do Partido Comunista e da Cúria Metropolitana. Acompanha a montagem a comédia curta de Anton Tchekhov, Um Pedido de Casamento. Intensamente envolvido na instalação da companhia cinematográfica Vera Cruz, em que dirige seu primeiro filme, Caiçara, roteiro de Alberto Cavalcanti, seu e de Ruggero Jacobbi, 1950 - só em 1951 Celi volta para o TBC, assinando um dos maiores êxitos da casa, Seis Personagens à Procura de Um Autor, de Pirandello, encenação de uma frenética teatralidade. A crítica enaltece o espetáculo, apesar de fazer restrições, novamente, à liberdade do diretor em relação ao texto, modificando o final, em que Cacilda Becker encontra-se às gargalhadas num balanço, rompendo uma tela de papel. Em 1955, despede-se do TBC, salvando-o num momento de grave crise econômica, através do seu maior sucesso de bilheteria até então, Santa Marta Fabril S. A., o mais polêmico texto de Abílio Pereira de Almeida.
Ao lado de Franco Zampari e Cacilda Becker, Celi é uma das pessoas que mais contribuíram para fazer do TBC o que ele foi. Durante toda a primeira fase, é o principal responsável pela definição dos seus rumos artísticos, do seu repertório e estilo, pela formação dos seus atores e pelo aprimoramento do acabamento técnico das suas realizações.
Em 1955, o declínio econômico da companhia, os conflitos internos de ordem pessoal e a natural ambição de estar à frente de um conjunto próprio o levaram a dar por encerrado o seu ciclo na casa, mudar-se para o Rio de Janeiro e fundar, junto com dois dos seus mais íntimos colaboradores, a Companhia Tônia-Celi-Autran, CTCA. Em 1960, Dois na Gangorra, de William Gibson, se mantém em cartaz, resultando num sucesso razoável de público. Já em 1961, a companhia instaura um segundo concurso, cujo vencedor, Lisbela e o Prisioneiro, de Osman Lins, é dirigido por Celi e Carlos Kroeber. Efetiva uma remontagem de Arsênico e Alfazema, de Joseph Kesselring, e a sua despedida da companhia, que se desfará poucos meses depois, com Um Castelo na Suécia, de Françoise Sagan, na qual Celi está também em cena como ator.
A essa altura, porém, a sua participação na CTCA já é menos intensa, e ele exerce paralelamente as funções de diretor do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. A partir do ano seguinte, a CTCA começa a se dissolver, enfraquecida por dissidências internas, pelas remontagens que tentam preencher as lacunas de seu planejamento e pelo descompasso de seu projeto em relação ao gosto do novo público e dos ares que sopram no Brasil da década de 60.
Desiludido, em 1961 Celi dá por encerrado o seu trabalho no Brasil e volta à Itália, onde construirá uma próspera carreira como ator de cinema. Retornará ao Rio em 1978, a convite de Paulo Autran, para dirigir a comédia Pato com Laranja, inaugurando o Teatro Villa-Lobos, e ainda, para Tônia Carrero uma outra comédia, Teu Nome é Mulher, seu último trabalho no Brasil. Na Itália, retoma seu ofício de ator e diretor de teatro e inicia carreira cinematográfica, com participação em filmes nacionais e estrangeiros". (Fonte: Enciclopédia Itaú Cultural)
Forma-se em 1945 na Academia Nacional de Arte Dramática de Silvio D'Amico, onde é colega de futuras celebridades como Luigi Squarzina e Vittorio Gassman, e de Luciano Salce, que mais tarde será um de seus parceiros de trabalho no TBC. Inicia sua carreira profissional como diretor, assistente de direção (de Luchino Visconti, entre outros), ator de teatro e de cinema. É participando de um filme com Aldo Fabrizzi, que viaja em 1948 para Buenos Aires e lá permanece após as filmagens, encenando uma versão de Antígone, de Sófocles, para o Teatro Experimental de Buenos Aires. Sendo indicado pelo cenógrafo Aldo Calvo a Franco Zampari, empresário que começa a implementar o TBC, é convidado a tornar-se diretor artístico da companhia, ainda em vias de profissionalização.
Aos 27 anos, em janeiro de 1949, Celi desembarca em São Paulo para assumir a responsabilidade pesada de gerir artisticamente aquela que se tornará a companhia estável de maior importância na década de 50 no teatro brasileiro. Sua primeira realização paulista, também a primeira do elenco profissional que Zampari acaba de contratar, estréia em junho de 1949: Nick Bar...Álcool, Brinquedos, Ambições, de William Saroyan, já encenada por Celi na Itália, projeto piloto de um padrão que o TBC seguirá nos próximos anos: um texto interessante, capaz de fornecer interpretações marcantes, reunindo num ambiente levemente exótico um punhado de figuras humanas marcadas por alguma característica diferenciada.
Nesse trabalho, dirige sua futura mulher, Cacilda Becker, primeira atriz profissional a ser contratada pela companhia. A repercussão serve de cartão de visitas ao evidente preparo técnico do jovem diretor, além de revelar sua tendência a um tratamento expansivo, teatral aos espetáculos que abraça. O grande trunfo da encenação, todavia, é a homogeneidade do elenco, hábil e correto nos desempenhos. Seguem-se, ainda em 1949, as direções de Arsênico e Alfazema, comédia americana de Joseph Kesselring, e Luz de Gás, um policial de Patrick Hamilton, última incursão da atriz Madalena Nicol no conjunto, cuja liderança fora abalada pela chegada de Celi. Outro diretor italiano é contratado por indicação de Celi, Ruggero Jacobbi, e todos os espetáculos da temporada de 1949 são bem recebidos pelo público, resultando em um sucesso de bilheteria para o empreendimento.
O início de 1950 traz a primeira realização mais ambiciosa de Celi, Entre Quatro Paredes, de Jean-Paul Sartre, que alcança grande repercussão e polêmica, provocando reações adversas do Partido Comunista e da Cúria Metropolitana. Acompanha a montagem a comédia curta de Anton Tchekhov, Um Pedido de Casamento. Intensamente envolvido na instalação da companhia cinematográfica Vera Cruz, em que dirige seu primeiro filme, Caiçara, roteiro de Alberto Cavalcanti, seu e de Ruggero Jacobbi, 1950 - só em 1951 Celi volta para o TBC, assinando um dos maiores êxitos da casa, Seis Personagens à Procura de Um Autor, de Pirandello, encenação de uma frenética teatralidade. A crítica enaltece o espetáculo, apesar de fazer restrições, novamente, à liberdade do diretor em relação ao texto, modificando o final, em que Cacilda Becker encontra-se às gargalhadas num balanço, rompendo uma tela de papel. Em 1955, despede-se do TBC, salvando-o num momento de grave crise econômica, através do seu maior sucesso de bilheteria até então, Santa Marta Fabril S. A., o mais polêmico texto de Abílio Pereira de Almeida.
Ao lado de Franco Zampari e Cacilda Becker, Celi é uma das pessoas que mais contribuíram para fazer do TBC o que ele foi. Durante toda a primeira fase, é o principal responsável pela definição dos seus rumos artísticos, do seu repertório e estilo, pela formação dos seus atores e pelo aprimoramento do acabamento técnico das suas realizações.
Em 1955, o declínio econômico da companhia, os conflitos internos de ordem pessoal e a natural ambição de estar à frente de um conjunto próprio o levaram a dar por encerrado o seu ciclo na casa, mudar-se para o Rio de Janeiro e fundar, junto com dois dos seus mais íntimos colaboradores, a Companhia Tônia-Celi-Autran, CTCA. Em 1960, Dois na Gangorra, de William Gibson, se mantém em cartaz, resultando num sucesso razoável de público. Já em 1961, a companhia instaura um segundo concurso, cujo vencedor, Lisbela e o Prisioneiro, de Osman Lins, é dirigido por Celi e Carlos Kroeber. Efetiva uma remontagem de Arsênico e Alfazema, de Joseph Kesselring, e a sua despedida da companhia, que se desfará poucos meses depois, com Um Castelo na Suécia, de Françoise Sagan, na qual Celi está também em cena como ator.
A essa altura, porém, a sua participação na CTCA já é menos intensa, e ele exerce paralelamente as funções de diretor do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. A partir do ano seguinte, a CTCA começa a se dissolver, enfraquecida por dissidências internas, pelas remontagens que tentam preencher as lacunas de seu planejamento e pelo descompasso de seu projeto em relação ao gosto do novo público e dos ares que sopram no Brasil da década de 60.
Desiludido, em 1961 Celi dá por encerrado o seu trabalho no Brasil e volta à Itália, onde construirá uma próspera carreira como ator de cinema. Retornará ao Rio em 1978, a convite de Paulo Autran, para dirigir a comédia Pato com Laranja, inaugurando o Teatro Villa-Lobos, e ainda, para Tônia Carrero uma outra comédia, Teu Nome é Mulher, seu último trabalho no Brasil. Na Itália, retoma seu ofício de ator e diretor de teatro e inicia carreira cinematográfica, com participação em filmes nacionais e estrangeiros". (Fonte: Enciclopédia Itaú Cultural)
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Italiani: Franco Zampari e as primeiras temporadas do TBC
"A estréia do TBC dá-se em 1948, com as apresentações de La Voix Humaine, de Jean Cocteau, por Henriette Morineau, em francês, e A Mulher do Próximo, de Abílio Pereira de Almeida, pelo Grupo de Teatro Experimental - GTE, dirigido por Alfredo Mesquita Seguem-se outras produções de amadores até que, em 1949, o conjunto se profissionaliza, lançando Nick Bar...Álcool, Brinquedos, Ambições, de William Saroyan, sob a direção de Adolfo Celi.
A contratação do encenador italiano, formado pela Academia Nacional de Arte Dramática de Silvio D'Amico, é decisiva para o futuro da companhia. Com Celi, o elenco permanente inicia um longo aprendizado técnico e artístico, submetendo-se às exigências de uma montagem moderna, esteticamente sofisticada. Aldo Calvo, o primeiro cenógrafo contratado, ratifica essa opção. Cacilda Becker é a primeira atriz profissionalizada e à sua contratação seguem-se as de: Paulo Autran, Madalena Nicoll, Marina Freire, Ruy Affonso, Elizabeth Henreid, Nydia Licia, Sergio Cardoso, Cleyde Yáconis, entre outros.
Os textos são escolhidos em função das dificuldades técnicas oferecidas mas, igualmente, de olho na bilheteria, no gosto do público. Na temporada de 1949, são apresentados Arsênico e Alfazema, de Joseph Kesselring, e Luz de Gás, de Patrick Hamilton, ambos dirigidos por Celi, exercícios que antecedem as montagens de Ele, de Alfred Savoir; e O Mentiroso, de Carlo Goldoni, primeiras direções de Ruggero Jacobbi na casa. Os tecidos dos figurinos são especialmente confeccionados na tecelagem Matarazzo; armas e adereços são forjados em metalúrgicas, contribuindo para o brilho e o sucesso, sem precedentes, até então". (Fonte:Enciclopédia Itaú Cultural)
A contratação do encenador italiano, formado pela Academia Nacional de Arte Dramática de Silvio D'Amico, é decisiva para o futuro da companhia. Com Celi, o elenco permanente inicia um longo aprendizado técnico e artístico, submetendo-se às exigências de uma montagem moderna, esteticamente sofisticada. Aldo Calvo, o primeiro cenógrafo contratado, ratifica essa opção. Cacilda Becker é a primeira atriz profissionalizada e à sua contratação seguem-se as de: Paulo Autran, Madalena Nicoll, Marina Freire, Ruy Affonso, Elizabeth Henreid, Nydia Licia, Sergio Cardoso, Cleyde Yáconis, entre outros.
Os textos são escolhidos em função das dificuldades técnicas oferecidas mas, igualmente, de olho na bilheteria, no gosto do público. Na temporada de 1949, são apresentados Arsênico e Alfazema, de Joseph Kesselring, e Luz de Gás, de Patrick Hamilton, ambos dirigidos por Celi, exercícios que antecedem as montagens de Ele, de Alfred Savoir; e O Mentiroso, de Carlo Goldoni, primeiras direções de Ruggero Jacobbi na casa. Os tecidos dos figurinos são especialmente confeccionados na tecelagem Matarazzo; armas e adereços são forjados em metalúrgicas, contribuindo para o brilho e o sucesso, sem precedentes, até então". (Fonte:Enciclopédia Itaú Cultural)
Italiani: Franco Zampari e o Teatro Brasileiro de Comédia
Na história do Teatro no Brasil, o nome do napolitano Franco Zampari está associado à criação de uma importante companhia paulistana: o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC)
fundado em 1948.
“O Teatro Brasileiro de Comédia é o grande modernizador do teatro no país. No comando do TBC está Franco Zampari, italiano radicado no Brasil desde 1922. Em 1945, Franco Zampari escreve uma peça de teatro chamada 'A Mulher de Braços Alçados'.
Napolitano, engenheiro das Indústrias Matarazzo e amante das artes, Zampari apresenta sua peça numa festa da alta sociedade de São Paulo. Essa brincadeira entre amigos é a semente que brota e acaba motivando Zampari para uma dedicação mais profunda ao teatro.
Nas décadas de 30 e 40 predominavam, no teatro brasileiro, espetáculos humorísticos centrados em um ator principal, valorizado por sua capacidade de comunicação direta com o público e suas habilidades de improvisador. O ator era, em geral, o dono da companhia e sua principal atração. Procópio Ferreira, Jaime Costa e Dulcina de Morais são exemplos.
Nos anos 40, uma vontade geral de transformar esse modo de fazer teatro se propaga por grupos amadores, formados por universitários, intelectuais e profissionais liberais. Décio de Almeida Prado funda o Grupo Universitário de Teatro. Alfredo Mesquita dirige o Grupo de Teatro Experimental e funda a primeira escola de atores do Brasil, a EAD - Escola de Arte Dramática, em São Paulo. Esta febre de mudanças tem dois alvos prioritários: o repertório dos textos encenados e a técnica. Movidos pela força da paixão, os amadores brasileiros viabilizam parte desse projeto.
Em 1948, Franco Zampari, associado a um grupo de empresários de São Paulo, cria o TBC - Teatro Brasileiro de Comédia. Transforma um velho casarão em teatro aparelhado com 18 camarins, duas salas de ensaio, uma sala de leitura, oficina de carpintaria e marcenaria, almoxarifados para cenografia e figurinos, além de modernos equipamentos de luz e som. Um luxo para a época. Na noite de 11 de outubro , o TBC estréia com espetáculo duplo. "A Voz Humana", monólogo de Jean Cocteau, interpretado em francês pela atriz Henriette Morineau. Completa a apresentação a peça "A Mulher do Próximo", escrita e dirigida por Abílio Pereira de Almeida. No elenco está a jovem atriz Cacilda Becker, que mais tarde se torna um dos maiores mitos do teatro brasileiro. A estréia é um sucesso.
O TBC renova a sistemática do trabalho teatral. Monta uma equipe fixa, com encenadores estrangeiros como Adolfo Celi, Ziembinski, Ruggero Jacobi, Luciano Salce e Flamínio Bollini Cerri. Além de cenógrafos, iluminadores e cenotécnicos, contrata um corpo de atores que inclui Cacilda Becker, Sérgio Cardoso, Nydia Lícia, Cleyde Yáconis, Paulo Autran, Tônia Carrero e muitos outros nomes importantes para o teatro brasileiro.
A partir de 1949, Zampari expande suas atividades nas artes e inicia a Companhia Cinematográfica Vera Cruz. As histórias da Vera Cruz e do TBC se misturam. Diversos artistas e técnicos trabalham para as duas companhias. Ao longo de sua existência, o TBC alterna grandes sucessos com fracassos de público. As constantes crises econômicas da companhia levam-na ao fechamento em 1964. O TBC é um marco na história do teatro brasileiro.
Formou toda uma geração de atores, diretores e dramaturgos. Suas encenações estão documentadas nestas fotos de Fredi Kleemann, ator do TBC e fotógrafo de teatro. Diversas companhias teatrais têm origem no TBC, como as de Nydia Lícia e Sérgio Cardoso; de Tônia Carrero, Adolfo Celi e Paulo Autran; e de Cacilda Becker. Também o Teatro de Arena e o Teatro Oficina, que apesar de terem propostas diferentes, partem do TBC como referência. O TBC fez uma das mais importantes revoluções no teatro brasileiro ao estabelecer um novo conceito de profissionalismo. Encenou textos de qualidade, com montagens bem cuidadas e renovou o ambiente cultural brasileiro". (Fonte: Tv Cultura)
“O Teatro Brasileiro de Comédia é o grande modernizador do teatro no país. No comando do TBC está Franco Zampari, italiano radicado no Brasil desde 1922. Em 1945, Franco Zampari escreve uma peça de teatro chamada 'A Mulher de Braços Alçados'.
Napolitano, engenheiro das Indústrias Matarazzo e amante das artes, Zampari apresenta sua peça numa festa da alta sociedade de São Paulo. Essa brincadeira entre amigos é a semente que brota e acaba motivando Zampari para uma dedicação mais profunda ao teatro.
Nas décadas de 30 e 40 predominavam, no teatro brasileiro, espetáculos humorísticos centrados em um ator principal, valorizado por sua capacidade de comunicação direta com o público e suas habilidades de improvisador. O ator era, em geral, o dono da companhia e sua principal atração. Procópio Ferreira, Jaime Costa e Dulcina de Morais são exemplos.
Nos anos 40, uma vontade geral de transformar esse modo de fazer teatro se propaga por grupos amadores, formados por universitários, intelectuais e profissionais liberais. Décio de Almeida Prado funda o Grupo Universitário de Teatro. Alfredo Mesquita dirige o Grupo de Teatro Experimental e funda a primeira escola de atores do Brasil, a EAD - Escola de Arte Dramática, em São Paulo. Esta febre de mudanças tem dois alvos prioritários: o repertório dos textos encenados e a técnica. Movidos pela força da paixão, os amadores brasileiros viabilizam parte desse projeto.
Em 1948, Franco Zampari, associado a um grupo de empresários de São Paulo, cria o TBC - Teatro Brasileiro de Comédia. Transforma um velho casarão em teatro aparelhado com 18 camarins, duas salas de ensaio, uma sala de leitura, oficina de carpintaria e marcenaria, almoxarifados para cenografia e figurinos, além de modernos equipamentos de luz e som. Um luxo para a época. Na noite de 11 de outubro , o TBC estréia com espetáculo duplo. "A Voz Humana", monólogo de Jean Cocteau, interpretado em francês pela atriz Henriette Morineau. Completa a apresentação a peça "A Mulher do Próximo", escrita e dirigida por Abílio Pereira de Almeida. No elenco está a jovem atriz Cacilda Becker, que mais tarde se torna um dos maiores mitos do teatro brasileiro. A estréia é um sucesso.
O TBC renova a sistemática do trabalho teatral. Monta uma equipe fixa, com encenadores estrangeiros como Adolfo Celi, Ziembinski, Ruggero Jacobi, Luciano Salce e Flamínio Bollini Cerri. Além de cenógrafos, iluminadores e cenotécnicos, contrata um corpo de atores que inclui Cacilda Becker, Sérgio Cardoso, Nydia Lícia, Cleyde Yáconis, Paulo Autran, Tônia Carrero e muitos outros nomes importantes para o teatro brasileiro.
A partir de 1949, Zampari expande suas atividades nas artes e inicia a Companhia Cinematográfica Vera Cruz. As histórias da Vera Cruz e do TBC se misturam. Diversos artistas e técnicos trabalham para as duas companhias. Ao longo de sua existência, o TBC alterna grandes sucessos com fracassos de público. As constantes crises econômicas da companhia levam-na ao fechamento em 1964. O TBC é um marco na história do teatro brasileiro.
Formou toda uma geração de atores, diretores e dramaturgos. Suas encenações estão documentadas nestas fotos de Fredi Kleemann, ator do TBC e fotógrafo de teatro. Diversas companhias teatrais têm origem no TBC, como as de Nydia Lícia e Sérgio Cardoso; de Tônia Carrero, Adolfo Celi e Paulo Autran; e de Cacilda Becker. Também o Teatro de Arena e o Teatro Oficina, que apesar de terem propostas diferentes, partem do TBC como referência. O TBC fez uma das mais importantes revoluções no teatro brasileiro ao estabelecer um novo conceito de profissionalismo. Encenou textos de qualidade, com montagens bem cuidadas e renovou o ambiente cultural brasileiro". (Fonte: Tv Cultura)
domingo, 18 de abril de 2010
Oriundi - A poesia de Décio Pignatari
A poesia moderna brasileira tem em Décio Pignatari um de seus grandes nomes.
"Poeta, ensaísta, ficcionista, tradutor e publicitário, nasceu na cidade paulista de Jundiaí, em 1927 e formou-se pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.
Estréia como poeta em fevereiro de 1949 nas páginas da Revista de Novíssimos, juntamente com os irmãos Haroldo e Augusto de Campos, com os quais também colaborou na Revista Brasileira de Poesia, porta-voz da geração de 45.
Em 1950 publicou seu primeiro livro, O carrossel. Em 1952, ainda com os irmãos Haroldo Campos, fundou o Grupo Noigandres, entrando em contato com os músicos e pintores do grupo Ruptura, ligado ao concretismo. Em janeiro de 1954 leciona em Teresópolis o curso "Raízes da Poesia Moderna", enfatizando as contribuições da literatura européia e americana (Rimbaud, Laforgue, Corbière, Mallarmé, Joyce, entre outros) e colocando criticamente a situação da poesia brasileira.
Entra em contato com músico francês Pierre Boulez e parte para Europa, onde vive até 1956, tendo conhecido vários músicos e intelectuais de vanguarda, dentre eles, Tomás Maldonado e o poeta suiço-boliviano Eugen Gombringer. Quando retorna ao Brasil, propõe a Gombringer adotar o nome "poesia concreta" para a designação dos novos trabalhos que estavam sendo feitos no país pelos poetas concretos como Ferreira Gullar e os participantes do Grupo Noigandres, proposta que foi aceita pôr Gombringaer. Com o Grupo Noigandres, participa da Exposição Nacional de Poesia Concreta nos museus de Arte Moderna (Mam-SP) e de Arte Contemporânea de São Paulo (Mac-Usp). Faz conferência, juntamente com Oliveira Bastos, no Mam-SP, sobre a nova poesia, e, em fevereiro de 1957, a propósito da edição carioca da exposição, fala na sede da União Nacional dos Estudantes (UNE), em palestra que acirra o debate sobre a arte concreta.
Ainda neste mesmo ano publica artigos teóricos no "Suplemento Dominical" do Jornal do Brasil, trabalha como redator publicitário e planejador de lay-outs. Em 1958 assina o Plano-Piloto para poesia concreta. Em 1960 publica Organismo e colabora com a composição da página "Invenção", do Correio Paulistano. Em 1961, apresenta a tese "Situação Atual da Poesia no Brasil" no II Congresso Brasileiro de Crítica e História Literária de Assis, em São Paulo, na qual anunciou o "salto participante" da poesia Noigandres.
Torna-se professor da Escola Superior de Desenho Industrial Esdi) no Rio, e posteriormente da Universidade de Brasília (UnB), que deixou em 1964. Em Brasília organiza a Escola de Publicidade da Faculdade de Comunicação da Unb. Na década de 1960 exerce várias atividades de comunicação: foi cronista de futebol da Folha de S. Paulo; fez crítica política e de costumes num happening no João Sebastião Bar; e fundou o Marda (Movimento de Arregimentação Radical em Defesa da Arte). Em 1967, escreve "Teoria da Guerrilha Artística".
Torna-se professor de Teoria Literária no curso de pós-graduação da PUC-SP; doutora-se, em 1973, sob orientação de Antonio Candido. Escreveu obras teóricas como Semiótica e literatura e reuniu seus poemas em Poesia, pois é, poesia. Publicou ainda o romance Panteros. Sua biografia foi publicada em O Rosto da Memória, de 1986". (Fonte: CPDOC - FGV)
"Poeta, ensaísta, ficcionista, tradutor e publicitário, nasceu na cidade paulista de Jundiaí, em 1927 e formou-se pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.
Estréia como poeta em fevereiro de 1949 nas páginas da Revista de Novíssimos, juntamente com os irmãos Haroldo e Augusto de Campos, com os quais também colaborou na Revista Brasileira de Poesia, porta-voz da geração de 45.
Em 1950 publicou seu primeiro livro, O carrossel. Em 1952, ainda com os irmãos Haroldo Campos, fundou o Grupo Noigandres, entrando em contato com os músicos e pintores do grupo Ruptura, ligado ao concretismo. Em janeiro de 1954 leciona em Teresópolis o curso "Raízes da Poesia Moderna", enfatizando as contribuições da literatura européia e americana (Rimbaud, Laforgue, Corbière, Mallarmé, Joyce, entre outros) e colocando criticamente a situação da poesia brasileira.
Entra em contato com músico francês Pierre Boulez e parte para Europa, onde vive até 1956, tendo conhecido vários músicos e intelectuais de vanguarda, dentre eles, Tomás Maldonado e o poeta suiço-boliviano Eugen Gombringer. Quando retorna ao Brasil, propõe a Gombringer adotar o nome "poesia concreta" para a designação dos novos trabalhos que estavam sendo feitos no país pelos poetas concretos como Ferreira Gullar e os participantes do Grupo Noigandres, proposta que foi aceita pôr Gombringaer. Com o Grupo Noigandres, participa da Exposição Nacional de Poesia Concreta nos museus de Arte Moderna (Mam-SP) e de Arte Contemporânea de São Paulo (Mac-Usp). Faz conferência, juntamente com Oliveira Bastos, no Mam-SP, sobre a nova poesia, e, em fevereiro de 1957, a propósito da edição carioca da exposição, fala na sede da União Nacional dos Estudantes (UNE), em palestra que acirra o debate sobre a arte concreta.
Ainda neste mesmo ano publica artigos teóricos no "Suplemento Dominical" do Jornal do Brasil, trabalha como redator publicitário e planejador de lay-outs. Em 1958 assina o Plano-Piloto para poesia concreta. Em 1960 publica Organismo e colabora com a composição da página "Invenção", do Correio Paulistano. Em 1961, apresenta a tese "Situação Atual da Poesia no Brasil" no II Congresso Brasileiro de Crítica e História Literária de Assis, em São Paulo, na qual anunciou o "salto participante" da poesia Noigandres.
Torna-se professor da Escola Superior de Desenho Industrial Esdi) no Rio, e posteriormente da Universidade de Brasília (UnB), que deixou em 1964. Em Brasília organiza a Escola de Publicidade da Faculdade de Comunicação da Unb. Na década de 1960 exerce várias atividades de comunicação: foi cronista de futebol da Folha de S. Paulo; fez crítica política e de costumes num happening no João Sebastião Bar; e fundou o Marda (Movimento de Arregimentação Radical em Defesa da Arte). Em 1967, escreve "Teoria da Guerrilha Artística".
Torna-se professor de Teoria Literária no curso de pós-graduação da PUC-SP; doutora-se, em 1973, sob orientação de Antonio Candido. Escreveu obras teóricas como Semiótica e literatura e reuniu seus poemas em Poesia, pois é, poesia. Publicou ainda o romance Panteros. Sua biografia foi publicada em O Rosto da Memória, de 1986". (Fonte: CPDOC - FGV)
Italiani – Pietro Maria Bardi e as obras de artistas italianos no MASP (6)
O pintor romano Ciro Ferri (1634 – 1689) é outro artista italiano que faz parte do acervo que Pietro Maria Bardi construiu no Museu de Arte de São Paulo (MASP). O quadro
"Moisés e as Filhas de Jetro"
Óleo é sobre tela tela (123 x 169 cm), obra deste artista do barroco tardio.
"Moisés, ainda jovem, refugiado entre os Kenitas depois de haver matado um egípcio, salva de pastores impetuosos as filhas do sacerdote Jetro, que levavam suas ovelhas para a fonte. A tela divide-se em dois momentos: o sereno universo das mulheres, que, apesar da ameaça, pouco se abalam e a violenta luta entre Moisés e os pastores, potencializada pelos corpos robustos e pelo jogo espacial das lanças, com suas diagonais e horizontais ameaçadoras. As variações tonais dos azuis e vermelhos demonstram a grande habilidade de Ferri em compor passagens cromáticas, que evocam diferentes estados de espírito e diversas sensações de texturas matéricas. O poço, momento circular da composição, também estabelece com as ortogonais angulares das lanças um equilíbrio gerado a partir dos contrastes".(fonte: Catálogo do Masp)
"Moisés, ainda jovem, refugiado entre os Kenitas depois de haver matado um egípcio, salva de pastores impetuosos as filhas do sacerdote Jetro, que levavam suas ovelhas para a fonte. A tela divide-se em dois momentos: o sereno universo das mulheres, que, apesar da ameaça, pouco se abalam e a violenta luta entre Moisés e os pastores, potencializada pelos corpos robustos e pelo jogo espacial das lanças, com suas diagonais e horizontais ameaçadoras. As variações tonais dos azuis e vermelhos demonstram a grande habilidade de Ferri em compor passagens cromáticas, que evocam diferentes estados de espírito e diversas sensações de texturas matéricas. O poço, momento circular da composição, também estabelece com as ortogonais angulares das lanças um equilíbrio gerado a partir dos contrastes".(fonte: Catálogo do Masp)
sábado, 17 de abril de 2010
História ( 165) - "Far l´America (88)": As origens de Nova Pádua, no Rio Grande do Sul
"No início de 1886, sete famílias do Vêneto, Itália, chegaram no Rio Grande do Sul para habitar a 16ª Légua do Campo dos Bugres, hoje Nova Pádua. Eram as famílias de Francisco Mantovani, comerciante; Carlos Montavani, seu irmão e professor; João Zanini, ferreiro; Pedro Sartor, Francisco Menegat, Pascoal Pauleti e Pedro Menegat, estes agricultores.
Já em 1890 todas as 307 colônias estavam tomadas por imigrantes que fugiam da miséria que assolava a pátria-mãe, a Itália.
Todos provinham das várias cidades da província do Vêneto e vinham para buscar o seu desenvolvimento, vinham para vencer. Em 02 de julho de 1888 tivera a primeira missa, rezada pelo Padre Alexandre Pelegrini. Em 07 de junho de 1890 foi benta a Imagem de Santo Antônio de Nova Pádua e desde então a 16ª Légua tomou o nome de Nova Pádua. Em 27 de dezembro de 1892, Nova Pádua recebeu seu primeiro Padre na pessoa do Padre Giuseppe Candido Dalmazzi. Devido ao seu rápido desenvolvimento, Nova Pádua foi promovida a 4º Distrito de Caxias do Sul, no dia 13 de abril de 1904, pertencendo a esse município até 1926, quando foi incorporada ao novo município de Nova Trento-Flores da Cunha. Como distrito deste município, Nova Pádua conseguira melhorias como escolas, estradas, pontes e eletrificação rural. Em 10 de novembro de 1991, a população de Nova Pádua decidiu se emancipar através de plebiscito. Sua criação como município foi decretada em 20 de março de 1992, pelo então Governador Alceu de Deus Colares".
Todos provinham das várias cidades da província do Vêneto e vinham para buscar o seu desenvolvimento, vinham para vencer. Em 02 de julho de 1888 tivera a primeira missa, rezada pelo Padre Alexandre Pelegrini. Em 07 de junho de 1890 foi benta a Imagem de Santo Antônio de Nova Pádua e desde então a 16ª Légua tomou o nome de Nova Pádua. Em 27 de dezembro de 1892, Nova Pádua recebeu seu primeiro Padre na pessoa do Padre Giuseppe Candido Dalmazzi. Devido ao seu rápido desenvolvimento, Nova Pádua foi promovida a 4º Distrito de Caxias do Sul, no dia 13 de abril de 1904, pertencendo a esse município até 1926, quando foi incorporada ao novo município de Nova Trento-Flores da Cunha. Como distrito deste município, Nova Pádua conseguira melhorias como escolas, estradas, pontes e eletrificação rural. Em 10 de novembro de 1991, a população de Nova Pádua decidiu se emancipar através de plebiscito. Sua criação como município foi decretada em 20 de março de 1992, pelo então Governador Alceu de Deus Colares".
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