sábado, 30 de janeiro de 2010

Oriundi: o legado de Rovilio Costa, o frei da italianidade (1)

Nos estudos sobre a imigração italiana no Brasil, o nome do frei "cappuccino" Rovilio Costa (1934-2009) ganha particular destaque não só pelo conjunto da obra que o religioso nos legou, mas também pela forma apaixonada com que ele tratava o tema das raízes italianas no Rio Grande do Sul, estado onde nasceu (cidade de Veranópolis).

Descendente de pai cremonese e mãe nascida em Pádua, , frei Rovilio carregava no sangue e na alma uma italianidade que não cabia em si mesmo. O pulsar na veias desse sentimento o fez compartilhar,globalmente, histórias e segredos da grande imigração italiana nas serras gaúchas, reservando-nos um verdadeiro tesouro literário. Sendo assim, esse blog abre espaço especial para o Frei da Italianinade.

Rovilio Costa era licenciado em Filosofia e Pedagogia, Mestre em Educação e Livre Docente em Antropologia Cultural. Lecionou na Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde fundou e dirigiu por 15 anos a revista Educação e Realidade; e na EST - Escola Superior de Teologia São Lourenço de Brindes, de Porto Alegre, da qual foi diretor. Como sacerdote, foi Vigário Paroquial em Ipê, Antônio Prado e em Porto Alegre - na paróquia Sagrada Família e da Igreja Maronita Nossa Senhora do Líbano.

Atuou na Penitenciária Estadual do Jacuí e no Presídio Central de Porto Alegre como coordenador de grupos, organizador de atividades sociais, religiosas e culturais. Colaborou com centenas de artigos para jornais de seu Estado: Correio Riograndense – de Caxias do Sul; Estafeta e Panorama Regional – de Veranópolis; e do Estado do Paraná: Jornal de Beltrão – de Francisco Beltrão, além das revistas Insieme – de Curitiba-PR, Teocomunicação – da PUC-RS, e Altreitalie – de Torino, Itália.

Responsável por boa parte do registro e do resgate da história da imigração no Rio Grande do Sul, fundou (1973) e dirigiu a EST Edições, pela qual foram se produziram 2.600 edições, com 2.400 títulos, envolvendo mais de três mil autores de textos e/ou livros versando sobre famílias, municípios, escravidão negra, e imigrações judaica, polonesa, italiana, alemã, açoriana e portuguesa, com destaque aos municípios originários de Santo Antônio da Patrulha

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