sábado, 9 de janeiro de 2010

História 15- Presença italiana no Brasil de Dom João VI

Em novembro de 1807, a real família portuguesa via-se obrigada a embarcar para o Brasil, fugindo das tropas napoleônica, que naquele mês invadiram Portugal, governada pelo príncipe regente dom João. A permanência da corte lusitana no Rio de Janeiro, favoreceu a vinda de vários cientistas europeus, interessados nas exóticas fauna e flora brasileiras. Um deles foi o fiorentino Guiseppe Raddi (1770– 1829), que desembarcaria em 1817, tendo chegado na comitiva que trouxe para o Rio de Janeiro, Carolina Josefa Leopoldina, filha do imperador da Áustria e futura imperatriz do Brasil, já que se casara por procuração com o então príncipe dom Pedro, filho do regente de Portugal.

Depois de uma minuciosa pesquisa, Raddi viria a catalogar milhares de espécies entre plantas, insetos, peixes, aves e répteis. "Quando de seu regresso por motivo de doença à Europa, ao que parece em 1818, Raddi enviou para publicar o que viria a ser o trabalho mais antigo baseado no estudo de material de algas (Raddi, 1823). Neste trabalho, o botânico italiano descreve e documenta a ocorrência de quatro espécies de algas marinhas macroscópicas bentônlcas no litoral brasileiro, as quais
foram por ele identificadas com Fucus natans L., Fucus bacciferus Turn., Fucus flagellifornis
Tum. var. tortilis e Ulva undulata Raddi. Esse material foi coletado no litoral do Estado do Rio
de Janeiro pelo próprio Raddi.Outro cientista italiano que viajou nessa época foi Francesco Zani. Durante vários anos, Zani estudou, o que hoje chamamos de biodiversidade amazônica" (do site Biota).

Outro cientista italiano que viajou nessa época foi Francesco Zani. Durante vários anos, Zani estudou, o que hoje chamamos de biodiversidade amazônica.

No site da Università di Bologna existe uma página dedicada a Giuseppe Raddi. A seguir, trecho do texto que resume a vida do botânico italiano.

"Ma la svolta decisiva alla attività scientifica di Giuseppe raddi avvenne in occasione del viaggio della Arciduchessa Leopoldina d’Austria in Brasile in quanto sposa promessa a Don Pedro di Braganza, Principe ereditario del Brasile e Portogallo. Giuseppe Raddi si affiancò all’equipaggio che salpò da Livorno il 13 Agosto 1817 con destinazione Rio de Janeiro.

Dopo 82 giorni di navigazione ed una breve sosta all’Isola di Madera, Giuseppe Raddi sbarcò a Rio de Janeiro il 5 Novembre 1817. La permanenza di Giuseppe Raddi in Brasile durò 8 mesi, durante i quali raccolse molto materiale non solo vegetale, ma anche animale.

Il ritorno in Italia avvenne il 1 Giugno 1818. Il materiale raccolto in Brasile da Giuseppe Raddi proviene dai dintorni di Rio de Janeiro. La collezione principale è quella delle Pteridophyta, seguita da altre piante afferenti a fanerogame più disparate, tra cui: Melastomataceae (Melastome Brasiliane, 1828), Poaceae e Cyperaceae (Agrostografia brasiliensis, 1823).

Giuseppe Raddi studiò il proprio materiale in collaborazione con botanici italiani e non. Tra i primi si ricorda Antonio Bertoloni (Sarzana, 12 Febbraio 1775 – Bologna, 17 Aprile 1869), che nel 1819 ricevette da Giuseppe Raddi molto materiale attualmente conservato nell’Hortus Siccus Exoticus. Giuseppe Raddi morì a Rodi nel Settembre 1829 al suo ritorno da una spedizione naturalistica in Egitto. Le sue collezioni botaniche sono conservate presso gli Erbari delle Università di Pisa, Bologna e Firenze, nonché in diversi Erbari stranieri".

Nenhum comentário:

Postar um comentário