domingo, 14 de fevereiro de 2010

Oriunidi - Sangue italiano no Modernismo brasileiro: prosa e verso de Menotti Del Picchia (1)



Na célebre Semana de Arte Moderna de 1922, caberia ao poeta e romancista Paulo Menotti Del Picchia, filho do jornalista italiano Luigi Del Picchia e Corina Del Corso, coordenar a segunda noite do evento. Nascido em São Paulo, em 1892 iniciou seus estudos no interior. Em 1906 muda-se para Pouso Alegre, Minas Gerais, onde estudou no Ginásio Diocesano São José. Em 1909 seguiria para São Paulo onde cursou Diretiro na Faculdade do Largo São Francisco. O ano de 1913 marcaria a estréia de Del Picchia no mundo literário com o livro Poemas do Vício e da Virtude. Em Itapira (São Paulo) entra para o mundo jornalístico dirigindo os jornais Diário de Itapira e O Grito.

Em 1917 publica o sua mais importante obra, o poema Juca Mulato. Participa da Semana de Arte Moderna, em 1922, e coordena a segunda noite do evento. Nela fez um discurso expondo os ideais da nova literatura. “"Queremos luz, ar, ventiladores, aeroplanos, reivindicações obreiras, idealismos, motores, chaminé de fábricas, sangue, velocidade, sonho, na nossa Arte E que o rufo de um automóvel, nos trilhos de dois versos, espante da poesia o último deus homérico, que ficou, anacronicamente, a dormir e sonhar, na era do "jazz-band" e do cinema, com a flauta dos pastores da Arcádia e os seios divinos de Helena! " Nessa mesma noite rceitou poemas e versos em prosa.

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