domingo, 3 de janeiro de 2010

História 8 - Os irmãos Adorno e os primeiros anos da colonização do Brasil


A partir de 1530, Portugal mudaria sua política em relação às terras no Novo Mundo,passando a incentivar expedições colonizadoras,destinadas a fixar o homem português de modo a estabelecer a plena soberania da Coroa. A primeira expedição neste sentido foi comandada por Martim Afonso de Sousa. Dela, ao lado de militares, religiosos, cientistas e comerciantes, faziam parte três italianos: os irmãos genoveses Guiseppe, Francesco e Paolo Adorno.
No livro Italianos no Brasil,  Franco Cenni, conta que os Adorno desembarcaram no Brasil a serviço da família Marchioni, interessada não apenas na construção de naus, mas também na possibilidade de desfrutar vantagens comerciais na exploração de produtos nativos.
Francesco, de fato, participaria da construção do engenho Madre de Deus, regressando para a Europa apenas em 1572. Paolo, depois de envolver-se nas lutas contra os índios hostis em São Vicente, partiria em 1534 para a Bahia. Lá conheceria o governador geral, Mem de Sá, com o qual passaria a colaborar. Por fim, segundo Cenni, Giuseppe ajudaria os portugueses na fundação de Santos, explorando, posteriormente, a cultura canavieira. Seu sucesso como empreendedor, levou-o a estender seus negócios para outras áreas, como Santo André da Borda do Campo, próximo à então aldeia de São Paulo de Piratininga, e até mesmo o Rio de Janeiro, onde teve importante participação na luta contra os huguenotes (protestantes) franceses, que expulsos do seu país, planejaram, em 1555, a fundação de uma colônia na baía da Guanabara.
Comandados pelo Almirante Villegaignon, os invasores apoderaram-se de vastos domínios de terra, iniciando a catequese calvinista dos índios tamoios e tupinambás. Adorno colaborou com os portugueses, armando boa parte das tropas que acabariam expulsando os franceses. Existe na internet um blog dos Adorno no Brasil (http://whertadorno.blogspot.com) onde é possível ler relatos das aventuras dos três irmãos no século XVI.

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