segunda-feira, 1 de março de 2010

História (86 ) - "Far l'America (52 )": Veneti na construção de Colombo, Paraná

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No Estado do Paraná, a cidade de Colombo tem marcas italianas nas suas origens (Foto: Fábrica de Massas em 1906 - Fonte Associação Italiana Padre Alberto Casavecchia). Em novembro de 1877 um grupo de imigrantes italianos, chefiados pelo Padre Angelo Cavalli, vindos do Norte da Itália, região do Veneto, de cidades como Nove, Maróstica, Bassano del Grapa, Valstagna, etc, chega ao Paraná. Primeiramente, esses imigrantes se estabeleceram em Morretes na Colônia Nova Italia e mais tarde, abandonaram as terras e subiram a Serra do Mar, em direção a Curitiba.

Em setembro de 1878, esse grupo, composto por 162 italianos: 48 homens, 42 mulheres, 42 meninos e 30 meninas, recebeu do Governo Provincial terras demarcadas em 80 lotes, 40 urbanos e 40 rurais, localizados a 23 Km de Curitiba, sendo denominada de Colônia “Alfredo Chaves”.

Este nome se deu em homenagem ao então Inspetor Geral de Terras e Colonização, Dr. Alfredo Rodrigues Fernandes Chaves. Em 1880 o imigrante italiano Francesco Busato, em conjunto com os demais colonos, construiu o primeiro moinho de cereais com roda d’água, represando o rio Tumiri. O mesmo teve a iniciativa de instalar a primeira fábrica de louças artísticas no país. Ainda no fim do século XIX, as terras que originariam o município de Colombo receberam novos contingentes de imigrantes.

No ano de 1886 foi criada a Colônia Antonio Prado, com imigrantes italianos e polacos, também no mesmo ano, criou-se a Colônia Presidente Faria somente com imigrantes italianos; um ano depois anexo a Colônia Presidente Faria, surgiu a Colônia Maria José (atualmente município de Quatro Barras); e finalmente em 1888 surgiu a Colônia Eufrazio Correia (atualmente Bairro do Capivari), sendo as duas últimas colônias somente de imigrantes italianos. Porém, a Colônia que mais se destacou foi a Colônia Alfredo Chaves que assumiu o papel de sede do futuro município.

A mudança oficial do nome Colônia Alfredo Chaves para Colombo, deve-se a uma medida do Governo Provisório Republicano, pelo Decreto n.º 11 de 8 de janeiro de 1890. Este nome foi dado em homenagem ao descobridor das Américas – Cristóvão Colombo. Em 5 de fevereiro de 1890 foi instalado o Município, sendo o seu primeiro Presidente de Intendência o Sr. Francisco de Camargo Pinto e em 1891 assumiu João Gualberto Bittencourt.




Uma época que se destaca pelo grande progresso de Colombo é a década de 1920, quando houve um surto industrial de grande importância. Nessa década Colombo já contava com duas fábricas de louças, uma delas considerada a melhor do país.

Na mesma época funcionava também uma grande fábrica de vidros. A partir de 14 de julho de 1932, através do Decreto Estadual n.º 1703, Colombo passa a se chamar Capivari, tendo o seu território anexado a Bocaiúva do Sul. Em 9 de agosto de 1933, por força do Decreto Estadual n.º 1831, volta a se chamar Colombo. Em 20 de outubro de 1938, os colombenses receberam uma triste notícia, através do Decreto Estadual n.º 7573 que extinguiu o Município, anexando-o à capital Curitiba. Somente em 30 de dezembro de 1943, pelo Decreto Estadual n.º 199, foi restaurado o poder político e administrativo de Colombo. Hoje a maioria da população mora em áreas loteadas, contínuas a Curitiba em bairros como Alto Maracanã, Guaraituba e Jardim Osasco, porém preserva uma grande característica agrícola herdada dos imigrantes italianos que aqui chegaram no final do século XIX. (Fonte: Prefeitura Municipal de Colombo)

Relação das famílias italianas de Colombo 

Alberti, Andreatta, Antonelli, Antoniacomi, Arsie, Baldan, Battiston, Benvenutti, Berlese, Bernardi, Berro, Berton, Bobbato, Bonato, Bontorin, Borato, Brotto, Busato, Capellari, Caron, Cavalli, Cavassin, Ceccon, Cechetti, Chemin, Collere, Comin, Comis, Coradin, Corletto, Corradazzi, Costa, Dal Prà, Dalla Gaza, Dalla Vecchia, Dallazuana, Del Santa, Fabris, Fantinato, Ferrarini, Fiorese, Fracaro, Frazon, Furlan, Gasparin, Giacometti, Gioppa, Giuliani, Guarise, Gueno,Lazzarini, Lazzarotto, Marangoni, Maschio, Migliolaro, Milani, Mocelin, Mottin, Nodari, Ongaro, Pavoni, Perissuti, Polli, Pontarolo, Rasoto, Riva, Ruzenente, Santi, Scandolari, Schena, Scremin, Scuccato, Sforza, Simioni, Speranzeta, Strapasson, Taverna, Tonin, Toniolo, Tosin, Trevisan, Turcato, Vaneli, Vidolin, Visentin, Zaniolo e Zanon

Um comentário:

  1. gostaria da saber se os imigrantes depois da parada em Rio e SP vinham para o RS COM OS VAPORES DA cOSTEIRA, COMPANHIA DE nAVEGAÇÃO nACIONal ou se vinham com os mesmos vapores que os traziam.qual era o transporte.

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