sábado, 6 de março de 2010

História (96) - Especial: Influência de socialistas e anarquistas italianos no movimento operário brasileiro (9)

Na luta do movimento operário por melhores condições de trabalho, o papel das chamadas mulheres anarquistas não foi apenas aquele de dar apoio a seus maridos e filhos. Muitas se engajaram como militantes e, na linha de frente, inscreveram seu nome na história. Matilde Magrassi é uma delas. Uma breve biografia dessa libertária é apresentada no livro Mulheres Anarquistas  com texto disponível na Internet.

“Matilde veio da Itália junto com seu companheiro Luigi Magrassi, para continuar no Brasil as atividades anarquistas que já realizava em sua terra. Junto com o companheiro, integrou os primeiros grupos libertários e de teatro social, fundados pelas anarquistas no Rio de Janeiro. Morou no Rio de Janeiro e São Paulo na última década do século XIX e na primeira do século XX. Ajudou a fazer o jornal Novos Rumos, lançado em maio de 1905 e colaborou, entre outros, com o Amigo do Povo e O Chapeleiro, publicados em São Paulo em idiomas italiano e português; o primeiro sob a responsabilidade de Neno Vasco, e o segundo de José Sarmento Marques.

Matilde fez intensa propaganda anticlerical e participou de algumas assembléias. Para o 1o. de Maio de 1904, ela escreveu o texto "Emancipatevi!", que o jornal O Chapeleiro inseriu em idioma italiano na sua terceira página. Neste texto, Matilde lança um grito de alerta às mulheres trabalhadoras para que se libertem do estigma de serem apenas donas de casa. Ela destacava a importância do papel da mãe junto aos/as filhos, concluindo que não basta que só algumas pessoas conquistem direitos iguais, mas que todas consigam, existindo então a libertação do gênero humano”.

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