sexta-feira, 2 de abril de 2010

História (143) - "Far l´America - (73 ) ": Imigração italiana e industrlização de Valinhos

No portal LTL encontramos um breve relato da participação do imigrante italiano na industrialização da cidade de Valinhos (interior de São Paulo),


“Deve-se destacar a importância os imigrantes italianos no desenvolvimento sócio-econômico de Valinhos, já que atuaram na lavoura, no comércio, na industrialização da cidade e no perfil urbano. Como outros tantos imigrantes italianos, José Milani, em 1897, começou a produzir sabão em tachos de cobre, em seu armazém, na região dos “fundos” da estação de trem, fundado a José Milani & Cia.
Aos poucos, com sua experiência, foi ampliando e melhorando o barracão e diversificando a produção como perfumaria e sabonetes. Em 1909, José Milani lançou o sabonete Gessy, que se tornou sinônimo para sabonete e com as restrições às importações impostas pela I Guerra Mundial (1914-1918), os produtos da indústria valinhense conquistaram o mercado nacional. Da produção artesanal do fundo de armazém, com boa aceitação no mercado consumidor, a Gessy transformou-se numa indústria de grande porte, empregando inúmeras pessoas e estimulando o desenvolvimento urbano próximo a indústria. Em 1932, a indústria passou a se chamar Cia Gessy Industrial e em 1960, para conquistar o mercado consumidor brasileiro o grupo europeu Unilever comprou a indústria de Valinhos, mas o nome Gessy era tão forte junto ao público, que para não perder esta identificação, passou a se chamar Gessy-Lever. Já o Cartonifício Valinhos, instalada em 1934, pelo imigrante italiano Ferrucio Celani, foi uma das primeiras indústrias de papelão da cidade. Dois anos depois começava a usar a reciclagem na produção de papelão, processo que se mantém até outubro de 2001.

Em 1942 era fundada em Valinhos a Ribeiro Gerin SA uma pequena fábrica de papel. Tempos depois reduziria o seu nome para Rigesa (união das duas primeiras letras de cada nome, mais o SA de sociedade anônima) e conquistaria o mercado interno. Na década de 1960 é comprada pela empresa norte-americana Westvaco, mas não mudou o nome da Rigesa. Hoje são diversas unidades pelo país, sendo que a de Valinhos é a maior do que grupo.

Além de produzir embalagens de papelão, desenvolve projetos de reflorestamento para fornecimento de matéria prima para as suas indústrias. Outros italianos dedicaram-se ao comércio e a produção de telhas e tijolos, instalando suas olarias as margens do Ribeirão Pinheirinhos e que atendiam a necessidade de se construir novas casas para as pessoas que se mudavam para Valinhos. Até hoje é significativa a presença das olarias na economia municipal. Neste início do século XXI, Valinhos tem a sua economia baseada nos diferentes segmentos industriais, em cerca de 292 empresas de pequeno, médio e grande porte, e na produção agrícola de figo roxo e goiaba nas quase de 410 chácaras, bem próximas do perímetro urbano”.

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