sexta-feira, 30 de abril de 2010

Italianità - Da Puglia para São Paulo: a devoção a San Vito Mártir

"Vito era filho de Illa, guerreiro e perseguidor de cristãos e foi criado por um casal de cristãos, servos do pai. Ao descobrir que o filho crescera cristão, Illa mandou prender e açoitar os três. Ajudado por um anjo, Vito conseguiu fugir, mas acabou preso pelo Imperador Dioclesiano, torturado e morto em 15 de junho de 303 d.C.

No ano 801 d.C., apareceu para a princesa Florência de Salerno, pedindo-lhe que enterrasse seus ossos na cidade Polignano a Mare, onde foi erguida a atual Igreja de São Vito. O milagre de suas aparições se espalhou e sua devoção ganhou o sul da Itália e a cidade de São Paulo. É considerado o protetor dos artistas, das doenças nervosas e dependentes de drogas.

A Associação Beneficente São Vito Mártir foi fundada por italianos e descendentes, em 1919. Ano que aconteceu a primeira festa, inaugurando uma nova e autêntica manifestação cultural italiana em São Paulo.

Desde então, a Associação realiza esta manifestação em homenagem a São Vito Mártir, o padroeiro da cidade de Polignano a Mare,  na Puglia  Foi desta região que veio a maioria dos imigrantes que se instalaram e formaram o Brás em 1889". (FonteAssociação Beneficente São Vito Mártir)"

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Italianità: A devoção à Madonna di Achiropita

“Em 580 D.C., o capitão Maurício, desviado pelos ventos, chegou a uma aldeia calabresa, na Itália. O monge Éfrem foi-lhe ao encontro e lhe disse:  '"Não foram os ventos que te conduziram para cá, mas Nossa Senhora, para que tu - uma vez Imperador - lhe construas um templo'.

Em 582, Maurício tornou-se de fato Imperador e, cedendo à insistência do monge, decretou a construção do Santuário, que bem depressa chegou ao término. Um fato estranho chamou a atenção da comunidade. A imagem de Nossa Senhora que era pintada durante o dia, de noite desaparecia da parede. Uma noite, de improviso, apareceu uma belíssima senhora que falou com o vigia e pediu para entrar no santuário. E como ela demorasse para sair, preocupado, ele entrou e não encontrou mais aquela senhora, mas viu que estava pintada no fundo da parede interna do templo, uma imagem lindíssima de Nossa Senhora. Ao saber disso, o povo acorreu àquele local e, entre lágrimas e cantos, aclamava: Achiropita! Achiropita!... O que significa: imagem não pintada pela mão do homem.

Seja lenda ou história, o fato é que desde o século doze, em Rossano Cálabro, esta devoção passou a ser oficialmente celebrada no dia 15 de agosto. Até hoje, no mundo inteiro, há somente duas igrejas dedicadas a Nossa Senhora Achiropita: uma na Itália, que atualmente é catedral; a outra é a Paróquia de Nossa Senhora Achiropita, no bairro Bela Vista (Bixiga), em São Paulo. As bochechas são cheinhas e levemente rosadas. Os dedos roliços seguram uma criança que em tudo se parece com a mãe. O rosto tem uma tonalidade escura, queimado pelo sol.

A devoção a Nossa Senhora deve despertar no coração dos fiéis o amor filial a Maria, mãe de Jesus, o filho de Deus. Os vários títulos que ela recebeu são devidos aos lugares onde apareceu, ou aos pedidos particulares que Ela fez. Deus escolheu Maria para ser mãe do seu filho Jesus. Por ela ser Cheia de Graça, nenhum artista jamais conseguirá retratar numa tela sua beleza interior”. (Fonte: Paróquia Nossa Senhora Achiropita )

Italianità: A devoção à Madonna di Casaluce

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“A História de Nossa Senhora de Casaluce vem do sul da Itália (século XlI).Casaluce significa "CASA DE LUZ". Na cidade de Aversa, em um dia de temporal muito forte, uma linda moça de cor negra bateu a porta de um seminário para pedir abrigo, porém, naquele tempo, não era permitida a entrada de mulheres nessas instituições. Então, os padres pediram que a moça fosse a um convento de freiras na cidade mais próxima, "CaslLuce". As freiras a acolheram e a instalaram num quarto.


No dia seguinte, as freiras não a encontraram e no seu lugar havia apenas um quadro - era a figura da moça, com uma criança nos braços. A partir daí, vários milagres foram atribuídos àquela santa. Por isso, os padres de Aversa reclamaram o quadro por ter sido lá que a santa havia estado primeiro. Para evitar discórdia, ficou resolvido que o quadro ficaria quatro meses em Aversa e oito em Casaluce. 'Todas as gerações me felicitarão porque o todo-poderoso realizou em mim grandes obras’ (Lc. I,48-49)'.

Devoção no Brasil

No final do século XIX os imigrantes italianos concentraram-se no bairro do Brás em São Paulo. Os napolitanos instalaram-se preferencialmente na Rua Caetano Pinto e ai revelaram a devoção a Casaluce. Eles trouxeram uma replica do quadro, cuja copia fiel da imagem se encontra na Itália. Fundaram então, a Igreja em 1900 e continuaram ligados assim, mais fortemente, a terra natal. Até hoje, no mundo inteiro, só existem duas igrejas dedicadas a Nossa.Senhora Casaluce, a de Nápoles e a de São Paulo. Através desse sentimento religioso, nasceu a primeira festa italiana de São Paulo, com comidas típicas, muita musica e alegria. Inúmeros são os milagres de Nsa. Sra. de Casaluce. O povo vem agradecer a intercessão da Mãe de Jesus pelas graças recebidas e pedir sempre. ‘Peça a Mãe de Deus que o filho atende’. O nome de Maria está unido aos lugares onde ela viveu ou onde é venerada; daí os nomes de Maria de Nazaré, Nsa. Sra. Aparecida, Nossa. Senhora. de Casaluce, etc. Festejamos Nossa. Senhora de Casaluce no mês de maio”. (Fonte: Região Episcopal Sé)

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Italianità: Dança e raízes italianas em Carazinho, Rio Grande do Sul

A Associação Italiana Giuseppe Garibaldi foi fundada em 21 de maio de 1996 na cidade de Carazinho, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil, com o objetivo de promover a interação entre as culturas italiana e a brasileira, mais especificamente a gaúcha, devido a sitação geográfica da imigração.
A entidade mantém o  Grupo Folclorístico de Danças Italiana Giuseppe Garibaldi que é composto atualmente por dois grupos: o juvenil de 9 a 11 anos que conta com 16 integrantes e o adulto com alunos acima de 11 anos e possui 20 dançarinos.

Formado por alunos das escolas municipais e criado em 2002, vem desenvolvendo desde a sua formação, atividades que ultrapassam os passos da dança. Alem de encantar a comunidade local e regional com coreografias de cada região da Itália, a essência desde projeto cultural encantou, também, cada um dos integrantes do grupo. O alunos estão envolvidos com a dança e com ampliação do conhecimento que o contato com a cultura italiana proporciona.  O resultado deste trabalho pode ser observado tanto no desempenho escolar dos integrantes do grupo como na convivência familiar. Os alunos possuem uma rotina de quatro horas de ensaio semanal e estão bem preparados não só na parte técnica, como no conhecimento da cultura italiana. 

Além dos ensaios eles estudam e pesquisam o folclore regional da Itália, bem como estão aprendendo o idioma no curso de língua italiana oferecido pelo Instituto. Todos os gastos com viagens e produção dos trajes são custeados pelo Instituto e empresas da comunidade.(Fonte: Associação Italiana Giuseppe Garibaldi)

Italiani - Giuseppe Miolo: uva e vinho na serra gaúcha

A história da Família Miolo no Brasil começa em 1897, quando Giuseppe Miolo chegou ao país vindo da Itália. Ao chegar, o imigrante foi para Bento Gonçalves e trocou suas economias por um pedaço de terra no Vale dos Vinhedos, especificamente chamado Lote 43. Naquele mesmo ano, começou a plantar uvas dando início à tradição vitícola da família no Brasil. Na década de 70, a Família Miolo Foi pioneira no plantio de uvas finas, fazendo com que os netos de Giuseppe Miolo, Darcy, Antônio e Paulo ficassem conhecidos na região pela qualidade de suas uvas. Em 1989, a família começa a produzir o seu próprio vinho para venda a granel, era o início da Vinícola Miolo.

Alguns anos depois, em 1994, a empresa evolui para mais uma fase, engarrafando o vinho com a marca da família". O crescimento foi muito rápido, tão rápido que em 1998 a empresa deu início ao Projeto Qualidade, com a intenção de obter um crescimento sustentável, com investimentos constantes na terra, em tecnologia, em recursos humanos e no consumidor".(Fonte Miolo Wine Group)

terça-feira, 27 de abril de 2010

Italianità - Vinicola Aurora e suas raízes italianas

"A história da Vinícoila Aurora tem início em 1875, com a chegada de imigrantes oriundos do norte da Itália. Estabelecidos na Serra Gaúcha, no Sul do Brasil, encontraram paisagens e clima similares aos de seu país de origem. Os hábitos e a cultura europeus não foram abandonados: a antiga arte da vitivinicultura logo teve sua retomada. .

 Estabelecidos na Serra Gaúcha, no Sul do Brasil, encontraram paisagens e clima similares aos de seu país de origem. Os hábitos e a cultura europeus não foram abandonados: a antiga arte da vitivinicultura logo teve sua retomada. No dia 14 de fevereiro de 1931, dezesseis famílias de produtores de uvas do município de Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, reuniram-se para lançar a pedra fundamental do que viria a se transformar no maior empreendimento do gênero do Brasil: A COOPERATIVA VINÍCOLA AURORA .

Um ano mais tarde, contabilizava a produção coletiva de 317 mil quilos de uvas, fixando a base de um empreendimento destinado não só a ser o maior, mas também um dos mais qualificados tecnologicamente. Hoje, bem no coração de Bento Gonçalves, está a maior cooperativa vinícola do Brasil, com mais de 1.100 famílias associadas, responsáveis pela produção média de 50 milhões de Kg de uvas, que resultam em aproximadamente 38 milhões de litros de vinhos anuais. Conta com capacidade de estocagem superior a 70.000.000 de litros de vinhos e a área construída de 110.000 m2". (Fonte: Vinícola Aurora)

História (174) - A vitivinicultura dos pioneiros nas colônias do Rio Grande do Sul

"A uva era colhida em balaios feitos com cipó e esmagada com os pés. A fermentação se processava em pipas de madeira instaladas no porão da casa, onde todas as operações de vinificação eram feitas pela própria família. Logo após o esmagamento da uva, o mosto doce era bebido por todos. Na época também era muito habitual comer-se o pão molhado nesse mosto. Não eram raras as reuniões de famílias, especialmente no dia 6 de janeiro, para comemorar a festa do pão e do vinho, aproveitando o mosto obtido das uvas mais precoces. Fermentado, o mosto era transformado em vinho, quase todo ele tinto, de uva Isabel, e consumido já nos meses de abril e maio, devendo durar até a próxima colheita. O imigrante havia encontrado finalmente um fator importante e decisivo para sua fixação e adoção definitiva da nova Pátria. Uma vez mais a vitivinicultura evidenciava-se como elemento de fixação do homem a uma região, por ser ela um componente da civilização humana ligado à cultura e com características universais". (Fonte: Prefeitura de Bento Gonçalves - Historiadora Assunta De Paris – Arquivo Histórico Municipal)