sábado, 6 de fevereiro de 2010

História 60 - "Far l´' América" (28 ): como os gaúchos prepararam as bases da colonização

A professora Vania Herédia, Doutora em História das Américas - Universidade de Genova, Itália e com atuação no Departamento de Sociologia da Universidade de Caxias do Sul, assim explica no texto intitulado A imigração européia no século passado: o programa de colonização no Rio Grande do Sul assim explica a evolução da colonização das terras gaúchas.


"O Governo Geral havia concedido em 1848 (10), como doação 36 léguas quadradas de terras para a colonização de emigrantes europeus que ocuparam a planície dos Vales do Rio Caí e do Rio dos Sinos.
O Governo Provincial do Rio Grande do Sul solicitava mais terras devolutas do planalto, cobertas de mata virgem, ou seja, dois territórios de quatro léguas em quadro, equivalentes a 32 léguas quadradas para continuar a obra de colonização. Essas terras situavam-se na região da Encosta Superior da Serra do Nordeste da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, localizada entre as bacias dos rios Caí, Antas e Taquari, com os limites geográficos em São João do Montenegro, São Sebastião do Caí, Taquara do Mundo Novo e São Francisco de Paula de Cima da Serra.

O Governo Provincial tinha a pretensão de, além de implantar novas colônias agrícolas, com mão-de-obra européia, abrir estradas que permitissem a ligação do planalto com a Depressão Central. Essa concessão feita no ato de 9/02/1870 pelo Ministério da Agricultura  não fora gratuita, e, era necessário pagar ao Governo Geral o preço de um real por braça quadrada medida.

O núcleo de Conde D’ Eu e de Dona Isabel foram as primeiras colônias provinciais a serem organizadas no ano de 1870, criadas pelo Ato de 24/05 daquele ano pelo presidente da Província João Sertório (12).Essas colônias apresentaram uma série de dificuldades para serem povoadas. Em 1871, os sintomas do fracasso da ocupação dessas terras era visível, pois apenas 37 lotes haviam sido ocupados em Conde D’ Eu e nenhum em Dona Isabel.

Devido a essa situação, o Presidente da Província, Francisco Xavier Pinto, assinou um contrato em 29/04/1871, pela Lei n° 749 com a Companhia Caetano Pinto & Irmãos e Holtzweissig & Cia.de introduzir 40.000 colonos. Em 1872, o número de colonos radicados nas colônias foi de 1.354; em 1873, 1.607; em 1874, 508 e, em 1875, foi de 315" .

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