quarta-feira, 28 de abril de 2010

Italiani - Giuseppe Miolo: uva e vinho na serra gaúcha

A história da Família Miolo no Brasil começa em 1897, quando Giuseppe Miolo chegou ao país vindo da Itália. Ao chegar, o imigrante foi para Bento Gonçalves e trocou suas economias por um pedaço de terra no Vale dos Vinhedos, especificamente chamado Lote 43. Naquele mesmo ano, começou a plantar uvas dando início à tradição vitícola da família no Brasil. Na década de 70, a Família Miolo Foi pioneira no plantio de uvas finas, fazendo com que os netos de Giuseppe Miolo, Darcy, Antônio e Paulo ficassem conhecidos na região pela qualidade de suas uvas. Em 1989, a família começa a produzir o seu próprio vinho para venda a granel, era o início da Vinícola Miolo.

Alguns anos depois, em 1994, a empresa evolui para mais uma fase, engarrafando o vinho com a marca da família". O crescimento foi muito rápido, tão rápido que em 1998 a empresa deu início ao Projeto Qualidade, com a intenção de obter um crescimento sustentável, com investimentos constantes na terra, em tecnologia, em recursos humanos e no consumidor".(Fonte Miolo Wine Group)

terça-feira, 27 de abril de 2010

Italianità - Vinicola Aurora e suas raízes italianas

"A história da Vinícoila Aurora tem início em 1875, com a chegada de imigrantes oriundos do norte da Itália. Estabelecidos na Serra Gaúcha, no Sul do Brasil, encontraram paisagens e clima similares aos de seu país de origem. Os hábitos e a cultura europeus não foram abandonados: a antiga arte da vitivinicultura logo teve sua retomada. .

 Estabelecidos na Serra Gaúcha, no Sul do Brasil, encontraram paisagens e clima similares aos de seu país de origem. Os hábitos e a cultura europeus não foram abandonados: a antiga arte da vitivinicultura logo teve sua retomada. No dia 14 de fevereiro de 1931, dezesseis famílias de produtores de uvas do município de Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, reuniram-se para lançar a pedra fundamental do que viria a se transformar no maior empreendimento do gênero do Brasil: A COOPERATIVA VINÍCOLA AURORA .

Um ano mais tarde, contabilizava a produção coletiva de 317 mil quilos de uvas, fixando a base de um empreendimento destinado não só a ser o maior, mas também um dos mais qualificados tecnologicamente. Hoje, bem no coração de Bento Gonçalves, está a maior cooperativa vinícola do Brasil, com mais de 1.100 famílias associadas, responsáveis pela produção média de 50 milhões de Kg de uvas, que resultam em aproximadamente 38 milhões de litros de vinhos anuais. Conta com capacidade de estocagem superior a 70.000.000 de litros de vinhos e a área construída de 110.000 m2". (Fonte: Vinícola Aurora)

História (174) - A vitivinicultura dos pioneiros nas colônias do Rio Grande do Sul

"A uva era colhida em balaios feitos com cipó e esmagada com os pés. A fermentação se processava em pipas de madeira instaladas no porão da casa, onde todas as operações de vinificação eram feitas pela própria família. Logo após o esmagamento da uva, o mosto doce era bebido por todos. Na época também era muito habitual comer-se o pão molhado nesse mosto. Não eram raras as reuniões de famílias, especialmente no dia 6 de janeiro, para comemorar a festa do pão e do vinho, aproveitando o mosto obtido das uvas mais precoces. Fermentado, o mosto era transformado em vinho, quase todo ele tinto, de uva Isabel, e consumido já nos meses de abril e maio, devendo durar até a próxima colheita. O imigrante havia encontrado finalmente um fator importante e decisivo para sua fixação e adoção definitiva da nova Pátria. Uma vez mais a vitivinicultura evidenciava-se como elemento de fixação do homem a uma região, por ser ela um componente da civilização humana ligado à cultura e com características universais". (Fonte: Prefeitura de Bento Gonçalves - Historiadora Assunta De Paris – Arquivo Histórico Municipal)

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Italiani: Família Salton e a vitinivicultura gaúcha

"Em 1878, a Família SALTON, vinda da Itália, foi uma das primeiras a chegar ao Rio Grande do Sul e instalou-se numa localidade fundada com o nome “Vila Izabel”, cidade conhecida atualmente como Bento Gonçalves. No dia 25 de agosto de 1910, unindo os esforços aos sentimentos que os laços fraternos já uniam, Paulo e seus irmãos, Ângelo, João, Cezar, Luiz e Antônio Salton fundaram uma sociedade, com o nome de “Paulo Salton – Armazéns Gerais” tendo como objetivo o ramo de comercialização de cereais, além de fiambreria e secos e molhados em geral.

Entretanto, com as mudas de vinhas, algumas trazidas da saudosa Itália pela própria família, tiveram uma adaptação muito boa ao nosso clima, pouco tempo depois mudavam de ramo, passando a dedicar-se à cultura de uvas e a elaboração de vinhos, espumantes e vermutes, com a denominação social de “Paulo Salton & Irmãos”. E nesse ritmo foi crescendo, acumulando patrimônio, vencendo concursos, levantando muitas vezes prêmios de honra pela qualidade de seus vinhos.

Sua fama foi crescendo e espalhou-se por todo o Rio Grande do Sul e por todo território nacional. Localizada no Extremo Sul do País, logo viu-se em situação de não poder atender aos constantes aumentos de pedidos vindos dos quatro cantos da Pátria. E foi por este motivo que em 10 de Outubro de 1948, a Salton fundou uma filial, estabelecida na cidade de São Paulo. Atualmente, a matriz está localizada em Tuiuty, distrito de Bento Gonçalves e a Filial continua em São Paulo". (Fonte: Site do Vinho Brasileiro)

História (173 ) - "Far l'America (95)": A casa de pedra do pioneiro GIuseppe Lucchese em Caxias do Sul

"Os imigrantes europeus no Rio Grande do Sul criaram uma arquitetura popular, aproveitando sempre a madeira e a pedra abundantes. Um exemplar que resistiu ao tempo para testemunhar esta história foi a casa erguida pelo imigrante italiano Giuseppe Lucchese, no final do século XIX, na então denominada 9ª Légua de Caxias ,(hoje bairros Santa Catarina, São José e Vila Cohab).

Em 1974, após servir a outros moradores: famílias Brunetta e Tomazzoni , e ter abrigado atividades comerciais tão diversas quanto armazém, ferraria e abatedouro de suínos, foi desapropriada para tornar-se museu. O Museu Casa de Pedra foi aberto ao público em 14 de fevereiro de 1975, tornando-se desde então, um espaço de referência para a comunidade e para visitantes. Popularmente conhecido como Casa de Pedra, edificação que merece cuidados constantes.

Uma completa restauração foi realizada em 2001, com apoio da iniciativa privada-Viação Santa Tereza, garantindo sua preservação. A denominação que passou a ser utilizada, Museu Ambiência Casa de Pedra, reflete o conceito aplicado ao bem cultural. À própria edificação- feita com pedras assentadas e rejuntadas com barro, aberturas em pinho falquejado e janelas afixadas em tijolos artesanais-, une-se o mobiliário interno que reconstitui o modo vida doméstico do final do século XIX. No piso inferior, sala, cozinha e forno para assar pão(externo) e no superior, quarto. É possível visitar este espaço e reconhecer as principais características da formação cultural de Caxias do Sul, centrada no trabalho familiar, na moradia e terreno como fonte de sobrevivência". (Fonte: Prefeitura de Caxias do Sul)

domingo, 25 de abril de 2010

História (172 ) - "Far l'America (94)": A religiosidade do pioneiro Giuseppe Giacomelli

Marcas da presença italiana em Caxias do Sul estão conservadas até hoje. Uma delas é a Capela dos Sagrados Corações de Jesus e Maria á localizada na comunidade de mesmo nome, no travessão Santa Rita da 3ª Légua.

"Foi inaugurada em 1892, depois de 11 anos de trabalho comunitário para a construção. A capela foi fruto de uma promessa realizada pelo imigrante italiano Giuseppe Giacomelli, que antes de migrar para o Brasil lutou na guerra do Império Austro - Hungárico durante sete anos. Giacomelli esteve três anos na Marinha e quatro no Exército como tenente de artilharia. Foi ferido oito vezes, perdendo meio calcanhar do pé esquerdo. Viu seus dois irmãos e suas irmãs freiras enfermeiras morrerem.

Como era devoto do Sagrado Coração de Jesus e Maria, fez uma promessa de que, acaso saísse vivo da guerra, construiria um santuário para os Sagrados Corações, cumprindo sua promessa. A Capela é uma das mais antigas de Caxias, totalmente construída em pedra, com imagens trazidas da Itália. O piso é original em cerâmica feita artesanalmente, com argila trazida em lombos de mulas do vale do Caí. Atrás da Capela está o cemitério dos imigrantes e da comunidade. É um dos pontos turísticos mais visitados do Roteiro Turístico Estrada do Imigrante e fica ao lado da Vinícola Grutinha". (Fonte: Prefeitura de Caxias do Sul)

História (171 ) - "Far l'America (93)": O Início da colonização de Caxias do Sul

"O município de Caxias do Sul (na Serra Gaúcha), como tantos outros da então Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, resultou do agrupamento de imigrantes oriundos da Itália. Em maio de 1875 chegavam a Porto Alegre os primeiros colonos saídos em fevereiro de Olmate, província de Milão.

Em pequenos grupos foram transportados até o porto de Guimarães (atual cidade de Caí, e seguindo o vale do rio Caí, chegaram em setembro, finalmente, ao Campo dos Bugres, paragem assim denominada porque tinha sido habitada pelos índios caáguas e onde hoje se ergue Caxias do Sul. O grupo étnico que compunha a primeira leva de colonizadores era o mais variado possível, constituído de tiroleses, vênetos, lombardos e trentinos, vindos das cidades italianas de Cremona, Beluno e Milão. As facilidades que se apresentavam aos que desejassem emigrar para o Brasil fez com que outros grupos, acrescidos de emigrantes russos. poloneses e suecos, fossem chegando até 1894, época em que terminou a concessão do transporte transoceânico gratuito por parte do governo. Um recenseamento efetuado em dezembro de 1876 acusou a existência de 2.000 colonos concentrados na região.

Ao chegarem eram recebidos por uma comissão governamental, que se incumbia da demarcação dos lotes e da abertura de estrada. Em geral, os colonos permaneciam poucas semanas em barracões. Enquanto aguardavam a demarcação dos lotes. que correspondiam a 63 ha de área para cada família, eram aproveitados nos trabalhos da Comissão. O Governo Imperial dava-lhes, além das terras para cultivar, as ferramentas e sementes necessárias. Em 1877 a sede da Colônia de Campo dos Bugres recebeu a denominação de "Colônia de Caxias". Nesse mesmo ano era rezada a primeira missa pelo padre Antônio Passagi. A 12 de abril de 1884. foi desligada da Comissão de Terras do Império e anexada ao Município de São Sebastião do Caí, do qual ficou constituindo o 5.° Distrito de Paz. Formação Administrativa A freguesia de Caxias do Sul foi criada pela Lei n.° 1.455, de 26 de abril do mesmo ano. A 20 de junho de 1890, pelo Ato n.° 257 foi criado o Município, seguindo-se a instalação, a 24 de agosto. Foi elevada a Paróquia em 20 de maio de 1884, sendo seu primeiro pároco o padre Augusto Finotti.

No dia 5 de dezembro de 1895 foi solenemente lançada a pedra fundamental da igreja Matriz e em meados de 1896 já estava a igreja coberta. A Lei estadual n.° 1.607, de 1.° de junho de 1910. concedeu foros de cidade a sede do município. Pelo Decreto n.° 2.822. de 23 de junho de 1921, foi anexado ao Município o núcleo colonial de São Marcos, que pertencia ao Município de São Francisco de Paula de Cima da Serra. Pelo Conselho Municipal, em 1924, foi autorizado o Governo do Estado a desanexar os territórios abrangidos pelos distrito de Nova Trento e Nova Pádua, bem como o povoado de Marcolina Moura, para com eles constituir o atual Município de Flores da Cunha. Já em 1934 o Município perdeu parte do território que foi anexada a distritos de outros Municípios para constituirem o Município de Farroupilha.

Em 8 de setembro de 1934, a Santa Sé criou a Diocese de Caxias, abrangendo o território de 10 Municípios, com 32 paróquias. Segundo o Departamento Estadual de Estatística, na divisão administrativa vigente em 1.° de janeiro de 1958, o Município aparece com os seguintes distritos: Caxias do Sul, Ana Rech, Criúva, Fazenda Sousa, Forqueta, Galópolis, Santa Lúcia do Piaí, São Marcos, Seca e Oliva" (Fonte IBGE)